Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dall'Igna, Celso
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Dall'Igna, Daniela Pernigotti, Antunes, Marcelo Barros
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/48962
Resumo: O tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. Forma de estudo: clínico com coorte transversal. Material e Método: Trata- se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. Resultados: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. Discussão: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. Conclusão: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade.
id UFRGS-2_133834134c738bc986b63ce82e7f348b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/48962
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Dall'Igna, CelsoDall'Igna, Daniela PernigottiAntunes, Marcelo Barros2012-05-18T09:18:46Z20050034-7299http://hdl.handle.net/10183/48962000533529O tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. Forma de estudo: clínico com coorte transversal. Material e Método: Trata- se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. Resultados: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. Discussão: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. Conclusão: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade.The treatment of glomic tumors has been controversial since its first description. It can be done with surgery, radiotherapy or just expectation. Aim: The objective of this paper was to evaluate the effectiveness and complications of radiotherapy. Study design: clinical with transversal cohort. Material and Method: It was made a retrospective review in the charts of the patients with glomus jugulare tumors treated with radiotherapy. Disease control was determined by (1) no progression of symptoms or cranial nerve dysfunction or (2) no progression of the lesion in radiological follow-up. It was also evaluated the follow-up period and the sequelae of the treatment. Results: Twelve patients were included, 8 of then women. The follow-up period was from 3 to 35 years, with a media of 11,6 years. The main symptoms were: hearing loss, pulsate tinnitus, dizziness and vertigo. The signs were pulsate retrotympanic mass, facial palsy and cofosis. The tumors were staged using Fisch’s classification. The radiotherapy was performed with linear accelerator with dose ranging from 4500-5500 in 4-6 weeks. In the follow-up period were possible to identify sequelaes like dermatitis, meatal stenosis, cofosis and facial palsy. Discussion: The signs and symptoms were the same found in the medical literature. The type and dosages of the radiotherapy were also the same of others reports. All patients had improvement of the symptoms and only one was not considered as having disease controlled. Complications were, in general, minor complications, with exception of the cofosis and facial palsy. Conclusion: Radiotherapy is a viable alternative to treatment of these tumors because their good response and low level of complications. It should be considered specially in advanced tumors where a surgical procedure could bring a high level of morbidity.application/pdfporRevista brasileira de otorrinolaringologia. Vol. 71, n. 6 (nov./dez. 2005), p. 752-757Osso temporalRadioterapiaTumor glômicoOrelhaSurdezRadiotherapyEarHearing lossParagangliomaQuemodectomaTratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporalRadiation therapy for glomus tumors of the temporal bone info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000533529.pdf000533529.pdfTexto completoapplication/pdf104662http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/1/000533529.pdf75d0e3a81eabf862b95b211ea2217cd4MD51000533529-02.pdf000533529-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf130012http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/2/000533529-02.pdf93ddb8a95304b33b0838db9113cf5045MD52TEXT000533529-02.pdf.txt000533529-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain26817http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/3/000533529-02.pdf.txt3163198bcfeee8f302ea1e9965bea347MD53000533529.pdf.txt000533529.pdf.txtExtracted Texttext/plain29732http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/4/000533529.pdf.txtccd43f688adccfb99f705e53abb756bcMD54THUMBNAIL000533529.pdf.jpg000533529.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2112http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/5/000533529.pdf.jpg9588fc79d8e6aea08f2fb5bc422ba1b5MD55000533529-02.pdf.jpg000533529-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1554http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/6/000533529-02.pdf.jpg352fbd13a0c4c0fff4ee06560df2b9d8MD5610183/489622023-06-01 03:28:10.416669oai:www.lume.ufrgs.br:10183/48962Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-06-01T06:28:10Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Radiation therapy for glomus tumors of the temporal bone
title Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
spellingShingle Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
Dall'Igna, Celso
Osso temporal
Radioterapia
Tumor glômico
Orelha
Surdez
Radiotherapy
Ear
Hearing loss
Paraganglioma
Quemodectoma
title_short Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
title_full Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
title_fullStr Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
title_full_unstemmed Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
title_sort Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
author Dall'Igna, Celso
author_facet Dall'Igna, Celso
Dall'Igna, Daniela Pernigotti
Antunes, Marcelo Barros
author_role author
author2 Dall'Igna, Daniela Pernigotti
Antunes, Marcelo Barros
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dall'Igna, Celso
Dall'Igna, Daniela Pernigotti
Antunes, Marcelo Barros
dc.subject.por.fl_str_mv Osso temporal
Radioterapia
Tumor glômico
Orelha
Surdez
topic Osso temporal
Radioterapia
Tumor glômico
Orelha
Surdez
Radiotherapy
Ear
Hearing loss
Paraganglioma
Quemodectoma
dc.subject.eng.fl_str_mv Radiotherapy
Ear
Hearing loss
Paraganglioma
Quemodectoma
description O tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. Forma de estudo: clínico com coorte transversal. Material e Método: Trata- se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. Resultados: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. Discussão: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. Conclusão: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-05-18T09:18:46Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/48962
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0034-7299
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000533529
identifier_str_mv 0034-7299
000533529
url http://hdl.handle.net/10183/48962
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de otorrinolaringologia. Vol. 71, n. 6 (nov./dez. 2005), p. 752-757
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/1/000533529.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/2/000533529-02.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/3/000533529-02.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/4/000533529.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/5/000533529.pdf.jpg
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48962/6/000533529-02.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 75d0e3a81eabf862b95b211ea2217cd4
93ddb8a95304b33b0838db9113cf5045
3163198bcfeee8f302ea1e9965bea347
ccd43f688adccfb99f705e53abb756bc
9588fc79d8e6aea08f2fb5bc422ba1b5
352fbd13a0c4c0fff4ee06560df2b9d8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447459037446144