Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000600011 |
Resumo: | O tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. FORMA DE ESTUDO: clínico com coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. RESULTADOS: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. DISCUSSÃO: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. CONCLUSÃO: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade. |
id |
ABORL-F-2_98e1dac726af655a2f0c24710aadaac4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-72992005000600011 |
network_acronym_str |
ABORL-F-2 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporalouvidoradioterapiasurdezparagangliomasquemodectomasO tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. FORMA DE ESTUDO: clínico com coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. RESULTADOS: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. DISCUSSÃO: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. CONCLUSÃO: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade.ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000600011Revista Brasileira de Otorrinolaringologia v.71 n.6 2005reponame:Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online)instname:Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)instacron:ABORL-F10.1590/S0034-72992005000600011info:eu-repo/semantics/openAccessDall'Igna,CelsoAntunes,Marcelo B.Dall'Igna,Daniela Pernigottipor2006-07-26T00:00:00Zoai:scielo:S0034-72992005000600011Revistahttp://www.bjorl.org/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@sborl.org.br||revista@aborlccf.org.br1806-93120034-7299opendoar:2006-07-26T00:00Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
title |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
spellingShingle |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal Dall'Igna,Celso ouvido radioterapia surdez paragangliomas quemodectomas |
title_short |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
title_full |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
title_fullStr |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
title_full_unstemmed |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
title_sort |
Tratamento radioterápico dos tumores glômicos do osso temporal |
author |
Dall'Igna,Celso |
author_facet |
Dall'Igna,Celso Antunes,Marcelo B. Dall'Igna,Daniela Pernigotti |
author_role |
author |
author2 |
Antunes,Marcelo B. Dall'Igna,Daniela Pernigotti |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dall'Igna,Celso Antunes,Marcelo B. Dall'Igna,Daniela Pernigotti |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ouvido radioterapia surdez paragangliomas quemodectomas |
topic |
ouvido radioterapia surdez paragangliomas quemodectomas |
description |
O tratamento dos tumores glômicos tem sido motivo de controvérsia desde sua primeira publicação, podendo ser cirúrgico, radioterápico ou apenas expectante. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade e as complicações do tratamento radioterápico para esses tumores. FORMA DE ESTUDO: clínico com coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma coorte histórica de pacientes com tumor glômico jugular submetidos à radioterapia. Os critérios de controle da doença foram não haver progressão dos sintomas ou disfunção de nervos cranianos, sem aumento do tamanho da lesão ao exame físico ou controle radiológico. Avaliamos também a presença de seqüelas do tratamento. RESULTADOS: Foram incluídos 12 pacientes, sendo oito mulheres. O tempo de follow-up variou de 3 a 35 anos, com uma media de 11,6 anos. Os principais sintomas foram: hipoacusia, zumbido pulsátil e tontura ou vertigem. Os achados de exame físico mais freqüentes foram massa pulsátil retrotimpanica, paralisia facial e anacusia, sendo os tumores estadiados segundo a classificação proposta por Fisch. A radioterapia foi realizada com acelerador linear com doses variando de 4500-5500 Rads por 4-6 semanas. As seqüelas mais comuns foram a dermatite, estenose do conduto auditivo externo, anacusia e paralisia facial. DISCUSSÃO: Os sintomas e achados de exame físico e o método e dosagem da radioterapia não diferiram daqueles encontrados na literatura. Todos os pacientes tiveram melhora dos sintomas e apenas um não foi considerado como tendo controle da doença. As complicações do tratamento foram de pouca repercussão, com exceção da anacusia e da paralisia facial. CONCLUSÃO: A radioterapia é uma alternativa viável para o tratamento desses tumores pela boa resposta e baixo índice de complicações. Deve ser considerada especialmente em tumores mais avançados onde um procedimento cirúrgico pode trazer grande morbidade. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000600011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000600011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-72992005000600011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia v.71 n.6 2005 reponame:Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) instname:Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) instacron:ABORL-F |
instname_str |
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) |
instacron_str |
ABORL-F |
institution |
ABORL-F |
reponame_str |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online) - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@sborl.org.br||revista@aborlccf.org.br |
_version_ |
1754820959161810944 |