Memória e tradição : resgate do consumo de alimentos da sociobiodiversidade regional em Mostardas – RS

• Autor(a) principal: Hendler, Vanessa Magnus
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/196690
• topic: Biodiversidade; Dieta saudável; Ingestão de alimentos; Conhecimento; Mostardas (RS); Quilombola communities; Traditional knowledge; Sociobiodiversity foods

Introdução: O atual sistema alimentar transformou o alimento em mercadoria, ocasionando o desaparecimento de sabores, nutrientes, plantas e conhecimentos gastronômicos e colocando em risco a Segurança Alimentar e Nutricional. Objetivo: resgatar e relatar conhecimentos e saberes sobre receitas tradicionais, com base em alimentos produzidos pela agricultura familiar local e pelas comunidades quilombolas, como o Feijão Sopinha e o Milho Catete. Metodologia: o presente trabalho ocorreu, em junho de 2018, no município de Mostardas-RS e consistiu na realização de um momento de socialização, troca de conhecimentos e saberes sobre receitas com a comunidade local, no qual estiveram presentes: trabalhadoras (es) rurais, lideranças comunitárias, manipuladoras de alimentos, representantes de comunidades quilombolas, gestores do município e representantes da Cooperativa dos Povos Tradicionais de Mostardas e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A oficina ocorreu em dois momentos, sendo o primeiro uma roda de conversa, no qual os participantes relataram práticas alimentares que os remetiam as suas origens. O segundo momento compreendeu o compartilhamento e o preparo de receitas à base de alimentos produzidos pelas comunidades quilombolas. Resultados: No decorrer das atividades, os participantes resgataram memórias alimentares, recordaram e partilharam alimentos e receitas que remontam a sua cultura e a sua história de vida. Nos espaços de conversa a comunidade também manifestou as suas concepções acerca do atual modelo de produção de alimentos, as mudanças na alimentação e os impactos sociais, ambientais e culturais, gerados por esse sistema. Conclusão: Promover espaços de troca e diálogo sobre conhecimentos tradicionais e práticas alimentares, constitui-se como uma estratégia capaz de contribuir para o resgate do consumo de alimentos locais, bem como para a ressignificação e reafirmação da identidade das comunidades tradicionais.