Associação entre senso de coerência, comportamentos de saúde bucal e gengivite em escolares do ensino fundamental de Estância Velha, RS : estudo transversal

• Autor(a) principal: Perazzo, Marla Pires
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254692
• topic: Senso de coerência; Gengivite; Odontopediatria; Sense of coherence; Gingivitis; Pediatric dentistry

O senso de coerência (SOC) tem sido sugerido como um conceito aplicável em saúde pública, pois afirma-se que um SOC forte diminui as consequências das situações estressantes e suas implicações nos comportamentos de saúde geral e bucal, diminuindo a probabilidade do desenvolvimento de doenças que tem o comportamento como um dos determinantes. A gengivite é uma doença inflamatória com determinante comportamental. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a associação entre SOC, gengivite e comportamentos em saúde bucal de escolares. Esse estudo faz parte de um projeto maior que investigou a associação entre a prevalência de problemas de saúde em crianças e adolescentes que frequentam a escola (2º ao 9º ano). O estudou contou com uma amostra de xx crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 17 anos, de Estância Velha, Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes obtiveram autorização prévia dos pais, que responderam questionários abrangendo variáveis sociodemográficas e a escala SOC13. Nos escolares, foram realizados exames bucais. A amostra foi dividida em três grupos de acordo com o escore SOC: SOC = fraco (24-44); SOC = moderado (44- 49); SOC 3 = forte (49-61). Análises bivariada e por regressão logística apropriadas foram para avaliar a associação entre os resultados de gengivite e variáveis comportamentais, sociodemográficas e SOC. A prevalência de gengivite foi de 68%, desses, um terço (33%) utilizavam fio dental e 13% nunca tinham consultado com um dentista. A pontuação média do SOC - 13 dos responsáveis foi de 46, variando o escore entre 24 e 61. As variáveis sexo e idade da criança/adolescente, escolaridade do chefe de família e renda familiar não estiveram estatisticamente associadas à gengivite. Assim como as variáveis de comportamento: frequência de higiene bucal, uso de escova dental, uso de pasta dental, uso de fio dental e ida ao dentista. De outro modo, o escore do SOC obteve associação estatisticamente significativa (p = 0,01) com gengivite. No modelo inicial de análise por regressão logística, a associação entre o escore SOC e gengivite não se manteve (p-valor = 0,32). Os achados do presente estudo sugerem associação entre SOC e gengivite. O meio pelo qual a associação acontece precisa ser analisado através de outros modelos. Estudos longitudinais e de intervenção são necessários para colaborar com os achados presentes na literatura.