O perfil do consumidor de produtos sem glúten : necessidade ou modismo?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fallavena, Lucas Prestes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/141351
Resumo: Doença celíaca é uma enfermidade que afeta cerca de 1% da população global, e nos últimos anos vem recebendo maior enfoque devido ao aumento dos casos reportados. Esse recente aumento gerou um grande movimento mercadológico e diversas publicações surgiram. Tais publicações impulsionaram mesmo a população sem enfermidades a passarem a consumir produtos sem glúten. O presente trabalho verificou o grau de conhecimento acerca do tema pelos consumidores de produtos sem glúten. Foi aplicado um questionário com 14 questões e coletou-se 450 entrevistas, sendo 310 completas por atenderem ao requisito de consumir regularmente produtos sem glúten. Através da análise dos dados obtidos, observou-se que a maioria dos entrevistados consome regularmente produtos sem glúten ou faz alguma dieta com restrição de glúten, sendo a maioria mulheres com faixa etária de 31 a 59 anos e grau escolar variando de superior incompleto à pós-graduação (incompleta ou completa). Desses, a maioria era composta de enfermos, sendo a Doença Celíaca a mais comum, e com diagnóstico majoritariamente por exames médicos. Porém, uma parcela significativa (21,54%) tem diagnóstico incerto ocasionado pela ausência de exames conclusivos. Cerca de metade dos enfermos entrevistados não conhecia todas as doenças relacionadas ao glúten. Os principais veículos de informação relatados foram Sites de Saúde, Blogs e Livros (47,74%). Apesar disso, a maioria (219 entrevistados) obteve pontuação entre correto, mas incompleto e correto para o que é glúten. Surpreendentemente, 34 enfermos relataram ainda continuar consumindo produtos com glúten, sendo os principais produtos relatados pães e massas. Esses, por sua vez, também foram os principais produtos relatados como sendo substituídos por produtos sem glúten. O principal impulsionador relatado para o consumo de produtos sem glúten foi a diminuição de preço, e o principal efeito relatado da troca da dieta por alimentos sem glúten foi de melhoras gastrointestinais. Ainda, metade dos entrevistados demonstrou acreditar que produtos sem glúten são melhores para a saúde humana como um todo. O estudo concluiu que há necessidade de disseminação de informação confiável à população em geral, visto que os meios de informação mais consultados, até mesmo pelos entrevistados enfermos, apresentam informações desatualizadas e tendenciosas, sem o respaldo científico adequado não restritos a parcela não-enferma.
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Através da análise dos dados obtidos, observou-se que a maioria dos entrevistados consome regularmente produtos sem glúten ou faz alguma dieta com restrição de glúten, sendo a maioria mulheres com faixa etária de 31 a 59 anos e grau escolar variando de superior incompleto à pós-graduação (incompleta ou completa). Desses, a maioria era composta de enfermos, sendo a Doença Celíaca a mais comum, e com diagnóstico majoritariamente por exames médicos. Porém, uma parcela significativa (21,54%) tem diagnóstico incerto ocasionado pela ausência de exames conclusivos. Cerca de metade dos enfermos entrevistados não conhecia todas as doenças relacionadas ao glúten. Os principais veículos de informação relatados foram Sites de Saúde, Blogs e Livros (47,74%). Apesar disso, a maioria (219 entrevistados) obteve pontuação entre correto, mas incompleto e correto para o que é glúten. Surpreendentemente, 34 enfermos relataram ainda continuar consumindo produtos com glúten, sendo os principais produtos relatados pães e massas. Esses, por sua vez, também foram os principais produtos relatados como sendo substituídos por produtos sem glúten. O principal impulsionador relatado para o consumo de produtos sem glúten foi a diminuição de preço, e o principal efeito relatado da troca da dieta por alimentos sem glúten foi de melhoras gastrointestinais. Ainda, metade dos entrevistados demonstrou acreditar que produtos sem glúten são melhores para a saúde humana como um todo. O estudo concluiu que há necessidade de disseminação de informação confiável à população em geral, visto que os meios de informação mais consultados, até mesmo pelos entrevistados enfermos, apresentam informações desatualizadas e tendenciosas, sem o respaldo científico adequado não restritos a parcela não-enferma.Celiac disease is an illness that affects 1% of the global population, and in the latter years received a huge focus due increase in cases. This recent increase in cases caused a huge market shift towards gluten free products and many publications, scientific and non-scientific, appeared. Those publications made even the non-ill population to start consuming gluten free products. The present study verified the gluten free consumer’s level of knowledge towards the theme. It was applied a questionnaire comprised of 14 questions and collected 450 answers, being 310 complete because those matched the requisite of being gluten free consumer. Through the data analysis, it was observed that most interviewed regularly consumed gluten free products, being most women under 31 to 59 years with a level of education between incomplete higher education and postgraduate (complete or not). From those, the majority were ill, being celiac disease the most common. The main way of diagnosis used was medical examination, but a considerable portion (21.54%) had uncertain diagnosis because lack of conclusive exams. About half of the ill did not knew all gluten related illness. From all media vehicles, the most related was Books, Blogs and Health-based websites (47.74%). Despite that, most (219 interviewed) were able to score between “correct but incomplete” and “correct” on the question about gluten itself. Surprisingly, 34 of the ill declared to still consume gluten products, with the majority being bread and pasta. Those were also the most changed products by those in a gluten free diet. The main pusher for gluten free products consumption was the price, and the principal effect related to a change between diets was improvement in the gastrointestinal tract. Moreover, half of the interviewed believed that all gluten free products were better for human health. This study concluded that there is a necessity in spread of reliable information to the population, as a result of unequal and outdated information, presence of biased information and that this is not restricted to the non-ill parcel of the population.application/pdfporDoenca celíacaGlutenCeliac diseaseGluten-related illnessO perfil do consumidor de produtos sem glúten : necessidade ou modismo?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências e Tecnologia de AlimentosPorto Alegre, BR-RS2015Engenharia de Alimentosgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000992372.pdf000992372.pdfTexto completoapplication/pdf1410726http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/141351/1/000992372.pdfbc20e809b3ef26541477dcdf19d8a1ceMD51TEXT000992372.pdf.txt000992372.pdf.txtExtracted Texttext/plain150821http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/141351/2/000992372.pdf.txtf9ac517e7e8557ec56bec6af8db6955bMD52THUMBNAIL000992372.pdf.jpg000992372.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1039http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/141351/3/000992372.pdf.jpg8364d573691dff7be24aa829ef6597e7MD5310183/1413512018-10-25 09:56:48.395oai:www.lume.ufrgs.br:10183/141351Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T12:56:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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