Fatores perinatais associados ao óbito precoce em prematuros nascidos nos centros da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Maria Fernanda Branco de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Guinsburg, Ruth, Martinez, Francisco Eulógio, Procianoy, Renato Soibelmann, Leone, Cléa Rodrigues, Marba, Sérgio Tadeu Martins, Rugolo, Ligia Maria Suppo de Souza, Luz, Jorge Hecker, Lopes, José Maria de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/56439
Resumo: Objetivo: Avaliar os fatores perinatais associados ao óbito neonatal precoce em prematuros com peso ao nascer entre 400 e 1.500 g. Métodos: Coorte prospectiva e multicêntrica dos nascidos vivos com idade gestacional de 23 a 33 semanas e peso de 400-1.500 g, sem malformações em oito maternidades públicas terciárias universitárias entre junho de 2004 e maio de 2005. As características maternas e neonatais e a morbidade nas primeiras 72 horas de vida foram comparadas entre os prematuros que morreram ou sobreviveramaté o sexto dia de vida. As variáveis perinatais associadas ao óbito neonatal precoce foramdeterminadas por regressão logística. Resultados: No período, 579 recém-nascidos preencheram os critérios de inclusão. O óbito precoce ocorreu em92 (16%) neonatos, variando entre as unidades de 5 a 31%, e tal diferença persistiu controlando-se por um escore de gravidade clínica (SNAPPE-II). A análise multivariada para o desfecho óbito neonatal intra-hospitalar precoce mostrou associação com: idade gestacional de 23-27 semanas (odds ratio - OR = 5,0; IC95% 2,7-9,4), ausência de hipertensão materna (OR = 1,9; IC95% 1,0-3,7), Apgar 0-6 no 5º minuto (OR = 2,8;IC95%1,4-5,4), presença de síndrome do desconforto respiratório (OR = 3,1; IC95% 1,4-6,6) e centro em que o paciente nasceu. Conclusão: Importantes fatores associados ao óbito neonatal precoce em prematuros de muito baixo peso são passíveis de intervenção, como a melhora da vitalidade fetal ao nascer e a diminuição da incidência e gravidade da síndrome do desconforto respiratório.As diferenças de mortalidade encontradas entre os centros apontam para a necessidade de identificar as melhores práticas e adotá-las de maneira uniforme em nosso meio.
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Resultados: No período, 579 recém-nascidos preencheram os critérios de inclusão. O óbito precoce ocorreu em92 (16%) neonatos, variando entre as unidades de 5 a 31%, e tal diferença persistiu controlando-se por um escore de gravidade clínica (SNAPPE-II). A análise multivariada para o desfecho óbito neonatal intra-hospitalar precoce mostrou associação com: idade gestacional de 23-27 semanas (odds ratio - OR = 5,0; IC95% 2,7-9,4), ausência de hipertensão materna (OR = 1,9; IC95% 1,0-3,7), Apgar 0-6 no 5º minuto (OR = 2,8;IC95%1,4-5,4), presença de síndrome do desconforto respiratório (OR = 3,1; IC95% 1,4-6,6) e centro em que o paciente nasceu. Conclusão: Importantes fatores associados ao óbito neonatal precoce em prematuros de muito baixo peso são passíveis de intervenção, como a melhora da vitalidade fetal ao nascer e a diminuição da incidência e gravidade da síndrome do desconforto respiratório.As diferenças de mortalidade encontradas entre os centros apontam para a necessidade de identificar as melhores práticas e adotá-las de maneira uniforme em nosso meio.Objective: To evaluate perinatal factors associated with early neonatal death in preterm infants with birth weights (BW) of 400-1,500 g. Methods:Amulticenter prospective cohort study of all infantswith BW of 400-1,500 g and 23-33 weeks of gestational age (GA), without malformations, who were born alive at eight public university tertiary hospitals in Brazil between June of 2004 and May of 2005. Infants who died within their first 6 days of life were compared with those who did not regarding maternal and neonatal characteristics and morbidity during the first 72 hours of life. Variables associated with the early deaths were identified by stepwise logistic regression. Results: A total of 579 live births met the inclusion criteria. Early deaths occurred in 92 (16%) cases, varying between centers from 5 to 31%, and these differences persisted after controlling for newborn illness severity and mortality risk score (SNAPPE-II). According to the multivariate analysis, the following factors were associated with early intrahospital neonatal deaths: gestational age of 23-27 weeks (odds ratio – OR = 5.0; 95%CI 2.7-9.4), absence of maternal hypertension (OR = 1.9; 95%CI 1.0-3.7), 5th minute Apgar 0-6 (OR = 2.8; 95%CI 1.4-5.4), presence of respiratory distress syndrome (OR=3.1;95%CI 1.4-6.6), and network center of birth. Conclusion: Important perinatal factors that are associated with early neonatal deaths in very low birth weight preterm infants can be modified by interventions such as improving fetal vitality at birth and reducing the incidence and severity of respiratory distress syndrome. The heterogeneity of early neonatal rates across the different centers studied indicates that best clinical practices should be identified and disseminated throughout the country.application/pdfporJornal de pediatria. Vol. 84, n. 4 (jul./ago. 2008), p. 300-307Mortalidade neonatalRecém-nascido de muito baixo pesoRecém-nascido prematuroNeonatal mortalityInfant newbornInfant pretermInfant very low birth weightFatores perinatais associados ao óbito precoce em prematuros nascidos nos centros da Rede Brasileira de Pesquisas NeonataisPerinatal factors associated with early deaths of preterm infants born in Brazilian Network on Neonatal Research centers info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000721498.pdf000721498.pdfTexto completoapplication/pdf104766http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/1/000721498.pdf7f6c9d76c4e54e32d796c924370110a5MD51000721498-02.pdf000721498-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf98575http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/2/000721498-02.pdf0dfe8e5acebb265807c955e23b238047MD52TEXT000721498-02.pdf.txt000721498-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain37484http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/3/000721498-02.pdf.txt7dae1b0400201aa1a32a3ee1b1213140MD53000721498.pdf.txt000721498.pdf.txtExtracted Texttext/plain41140http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/4/000721498.pdf.txt5bf4ae09985a48692656be0c21880c81MD54THUMBNAIL000721498.pdf.jpg000721498.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1998http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/5/000721498.pdf.jpg2ce80369744c374fb9af1005f34726f1MD55000721498-02.pdf.jpg000721498-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1837http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56439/6/000721498-02.pdf.jpg44410679ffce5064cce7a1449ebd8d31MD5610183/564392023-08-11 03:54:53.364468oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56439Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-11T06:54:53Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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