O tecer da rede de saúde mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braz, Pamela da Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/157444
Resumo: Este trabalho de conclusão de curso analisa o contexto atual da Rede de Saúde Mental. Para tanto uso como base a experiência empírica do Estágio Obrigatório em Serviço Social, ocorrido no Centro de Atenção Psicossocial do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Contextualizo a saúde a partir da regulamentação como um direito socialmente atribuído, através do movimento sanitário. Será dada ênfase a expansão do cuidado integrado a partir das Unidades Básicas de saúde, como forma descentralizada do cuidado. A análise da saúde mental parte do movimento de ruptura com o conservadorismo, a partir do movimento da reforma psiquiátrica, prevista pela expansão dos serviços substitutivos à lógica manicomial, como a expansão do Centro de Atenção Psicossocial. Para tanto, os contextos atuais demarcam a necessidade de pensar no cuidado a partir do fortalecimento de ações com a Atenção Básica em Saúde, tendo como mediação o apoio matricial. Reflito sobre o trabalho do apoio matricial como uma estratégia técnico-pedagógica, fomentada por ações que buscam interdisciplinaridade e integração entre a atenção básica e os serviços especializados, mas que por vez pode servir como armadilha para a burocratização e demora no acesso de encaminhamento ao serviço especializado em saúde mental Apresento o trabalho do serviço social no contexto de decifração das contradições, haja vista as expressões da questão social como matéria para o desenvolvimento de ações a favor da equidade e busca pela materialização do acesso à direitos sociais, dentre esses a saúde. Reflito sobre o estágio obrigatório no CAPS II- HCPA, contextualizando a instituição sob a gestão da parceria público-privada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, como forma autoritária que nega os princípios da universalidade do acesso. Aproveito para apresentar e discorrer sobre a execução do projeto de intervenção, que buscou facilitar o trabalho em rede. Analiso o propósito desse como fortalecedor da integração do CAPS com as unidades básicas de referência, discorro sobre o principal instrumento utilizado para essa execução. E por fim, apresento a necessidade de ser repensado processo atual de trabalho na saúde mental, necessário para romper com a burocratização no acesso.
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