Análise de escores de risco para predição de mortalidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por endocardite

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pivatto Junior, Fernando
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Bellagamba, Clarissa Carmona de Azevedo, Pianca, Eduardo Gatti, Fernandes, Fernando Schmidt, Butzke, Maurício, Busato, Stefano Boemler, Gus, Miguel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/214909
Resumo: Fundamento: Escores de risco estão disponíveis para uso na prática clínica diária, mas saber qual deles escolher é ainda incerto. Objetivos: Avaliar o EuroSCORE logístico, o EuroSCORE II e os escores específicos para endocardite infecciosa STSIE, PALSUSE, AEPEI, EndoSCORE e RISK-E na predição de mortalidade hospitalar de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por endocardite ativa em um hospital terciário de ensino do sul do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo incluindo todos os pacientes com idade ≥ 18 anos submetidos à cirurgia cardíaca por endocardite ativa no centro do estudo entre 2007 e 2016. Foram realizadas análises de calibração (razão de mortalidade observada/esperada, O/E) e de discriminação (área sob a curva ROC, ASC), sendo a comparação das ASC realizada pelo teste de DeLong. P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo Resultados: Foram incluídos 107 pacientes, sendo a mortalidade hospitalar de 29,0% (IC95%: 20.4-37.6%). A melhor razão de mortalidade O/E foi obtida pelo escore PALSUSE (1,01, IC95%: 0,70-1,42), seguido pelo EuroSCORE logístico (1,3, IC95%: 0,92-1,87). O EuroSCORE logístico apresentou o maior poder discriminatório (ASC 0,77), significativamente superior ao EuroSCORE II (p = 0,03), STS-IE (p = 0,03), PALSUSE (p = 0,03), AEPEI (p = 0,03) e RISK-E (p = 0,02). Conclusões: Apesar da disponibilidade dos recentes escores específicos, o EuroSCORE logístico foi o melhor preditor de mortalidade em nossa coorte, considerando-se análise de calibração (mortalidade O/E: 1,3) e de discriminação (ASC 0,77). A validação local dos escores específicos é necessária para uma melhor avaliação do risco cirúrgico.
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Foram realizadas análises de calibração (razão de mortalidade observada/esperada, O/E) e de discriminação (área sob a curva ROC, ASC), sendo a comparação das ASC realizada pelo teste de DeLong. P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo Resultados: Foram incluídos 107 pacientes, sendo a mortalidade hospitalar de 29,0% (IC95%: 20.4-37.6%). A melhor razão de mortalidade O/E foi obtida pelo escore PALSUSE (1,01, IC95%: 0,70-1,42), seguido pelo EuroSCORE logístico (1,3, IC95%: 0,92-1,87). O EuroSCORE logístico apresentou o maior poder discriminatório (ASC 0,77), significativamente superior ao EuroSCORE II (p = 0,03), STS-IE (p = 0,03), PALSUSE (p = 0,03), AEPEI (p = 0,03) e RISK-E (p = 0,02). Conclusões: Apesar da disponibilidade dos recentes escores específicos, o EuroSCORE logístico foi o melhor preditor de mortalidade em nossa coorte, considerando-se análise de calibração (mortalidade O/E: 1,3) e de discriminação (ASC 0,77). A validação local dos escores específicos é necessária para uma melhor avaliação do risco cirúrgico.Background: Risk scores are available for use in daily clinical practice, but knowing which one to choose is still fraught with uncertainty. Objectives: To assess the logistic EuroSCORE, EuroSCORE II, and the infective endocarditis (IE)-specific scores STS-IE, PALSUSE, AEPEI, EndoSCORE and RISK-E, as predictors of hospital mortality in patients undergoing cardiac surgery for active IE at a tertiary teaching hospital in Southern Brazil. Methods: Retrospective cohort study including all patients aged ≥ 18 years who underwent cardiac surgery for active IE at the study facility from 2007-2016. The scores were assessed by calibration evaluation (observed/expected [O/E] mortality ratio) and discrimination (area under the ROC curve [AUC]). Comparison of AUC was performed by the DeLong test. A p < 0.05 was considered statistically significant. Results: A total of 107 patients were included. Overall hospital mortality was 29.0% (95%CI: 20.4-37.6%). The best O/E mortality ratio was achieved by the PALSUSE score (1.01, 95%CI: 0.70-1.42), followed by the logistic EuroSCORE (1.3, 95%CI: 0.92-1.87). The logistic EuroSCORE had the highest discriminatory power (AUC 0.77), which was significantly superior to EuroSCORE II (p = 0.03), STS-IE (p = 0.03), PALSUSE (p = 0.03), AEPEI (p = 0.03), and RISK-E (p = 0.02). Conclusions: Despite the availability of recent IE-specific scores, and considering the trade-off between the indexes, the logistic EuroSCORE seemed to be the best predictor of mortality risk in our cohort, taking calibration (O/E mortality ratio: 1.3) and discrimination (AUC 0.77) into account. Local validation of IE-specific scores is needed to better assess preoperative surgical risk.application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 114, n. 3 (2020), p. 518-524Procedimentos cirúrgicos cardiovascularesMortalidadeEndocarditeComplicações pós-operatóriasMortalidade hospitalarMedição de riscoDoenças cardiovascularesCardiovascular surgical procedures/mortalityEndocarditis/complicationsHospital mortalityRisk AssessmentAnálise de escores de risco para predição de mortalidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por endocarditeAnalysis of risk scores to predict mortality in patients undergoing cardiac surgery for endocarditis info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001118462.pdf.txt001118462.pdf.txtExtracted Texttext/plain35539http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214909/3/001118462.pdf.txt44092608d5efc89bdf39a5c51741eb42MD53001118462-02.pdf.txt001118462-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain31051http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214909/4/001118462-02.pdf.txt6683f7d3792e2b1b9dfd2fe01df922abMD54ORIGINAL001118462.pdfTexto completoapplication/pdf453702http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214909/1/001118462.pdf7511908432039fa31e14576ac5fcf49eMD51001118462-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf366670http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/214909/2/001118462-02.pdff2f4872d2b61fcec261e935e0e5eaf62MD5210183/2149092022-12-18 05:46:49.232655oai:www.lume.ufrgs.br:10183/214909Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-12-18T07:46:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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