O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/149438 |
Resumo: | A Reforma Psiquiátrica tem como princípio fundamental o cuidado em liberdade e prevê a internação breve em hospital geral apenas quando esgotados os recursos extra-hospitalares. No entanto, as múltiplas reinternações em unidades psiquiátricas ainda são comuns no cotidiano hospitalar. O foco desse estudo está no que acontece para além dos portões do hospital, analisando elementos da vida comunitária dos portadores de sofrimento psíquico e se essas experiências se relacionam de alguma forma com a frequente necessidade de hospitalização. Para tanto, buscou-se investigar a percepção sobre apoio comunitário em usuários com alto número de internações, comparando com a de usuários de primeira internação, na unidade psiquiátrica de um hospital geral de Porto Alegre. Os resultados mostraram que a comunidade é uma potente fonte de ajuda em situações de crise, porém, usuários com múltiplas internações têm essas redes enfraquecidas e um afastamento maior da Atenção Básica, em relação aos usuários de primeira internação. Dessa forma, a família se torna a principal fonte de apoio, o que gera sobrecarga, e o hospital ganha um status diferenciado na vida desses usuários, considerado a única alternativa em situações de crise. |
id |
UFRGS-2_21435d5e247c76fe5a503dbc8e95b280 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/149438 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Silveira, Luisa Horn de CastroRocha, Cristianne Maria FamerRocha, Kátia BonesZanardo, Gabriela Lemos de Pinho2016-11-04T02:11:49Z20161413-7372http://hdl.handle.net/10183/149438001003748A Reforma Psiquiátrica tem como princípio fundamental o cuidado em liberdade e prevê a internação breve em hospital geral apenas quando esgotados os recursos extra-hospitalares. No entanto, as múltiplas reinternações em unidades psiquiátricas ainda são comuns no cotidiano hospitalar. O foco desse estudo está no que acontece para além dos portões do hospital, analisando elementos da vida comunitária dos portadores de sofrimento psíquico e se essas experiências se relacionam de alguma forma com a frequente necessidade de hospitalização. Para tanto, buscou-se investigar a percepção sobre apoio comunitário em usuários com alto número de internações, comparando com a de usuários de primeira internação, na unidade psiquiátrica de um hospital geral de Porto Alegre. Os resultados mostraram que a comunidade é uma potente fonte de ajuda em situações de crise, porém, usuários com múltiplas internações têm essas redes enfraquecidas e um afastamento maior da Atenção Básica, em relação aos usuários de primeira internação. Dessa forma, a família se torna a principal fonte de apoio, o que gera sobrecarga, e o hospital ganha um status diferenciado na vida desses usuários, considerado a única alternativa em situações de crise.The Psychiatric Reform has, as a fundamental principle, the treatment carried out outside the hospital, considering that the hospitalization should be an option only when the extra-hospital resources are not effective enough. However, multiple psychiatric readmissions are still frequent. The present study focuses on what happens outside of the hospital doors, analyzing elements of the community life of people who suffer from mental disorders,questioning if those experiences are related to the frequent necessity of hospitalization. Therefore, the perception of community support was investigated in patients with a high number of readmissions, in comparison with patients in their first hospitalization, in a general hospital in Porto Alegre (Brazil). The results showed that the community is a powerful source of help in crisis situations; nevertheless, the readmitted patients have weaker social bonds and a longer distance from the Atenção Básica (Primary Care), in comparison with the other group. For that reason, the family becomes the main source of support, what leads to an overburden for the relatives, and the hospital acquires a special status for these people, who see the hospital as the only alternative in a situation of crisis.La Reforma Psiquiátrica tiene como principio fundamental el cuidado en libertad, con la posibilidad de recurrir a breves hospitalizaciones en hospital general, solamente cuando los recursos comunitarios resultan insuficientes. Sin embargo, los múltiples ingresos en unidades psiquiátricas siguen siendo comunes en la rutina de los hospitales. El enfoque de este estudio se radica en lo que sucede más allá de las puertas del hospital, haciendo un análisis de los elementos de la vida comunitaria de las personas con sufrimiento mental, y si esas experiencias están relacionadas de alguna manera con la frecuente necesidad de hospitalización. Con este fin, hemos tratado de investigar la percepción de apoyo comunitario en pacientes con alto número de ingresos, en comparación con pacientes en su primera hospitalización en la unidad psiquiátrica de un hospital general en Porto Alegre (Brasil). Los resultados mostraron que la comunidad es una poderosa fuente de ayuda en situaciones de crisis, pero los pacientes con múltiples ingresos han debilitado estas redes y están más lejos de la Atención Primaria, en comparación con el otro grupo. Por lo tanto, la familia se convierte en su principal fuente de apoyo, lo que genera sobrecarga, y el hospital recibe un status diferente en la vida de esos pacientes, considerado la única alternativa en situaciones de crisis.application/pdfporPsicologia em estudo. Maringá. Vol. 21, n. 2 (abr./jun. 2016), p. 325-335, abr./jun. 2016Apoio socialSaúde mentalHospitalizaçãoMental healthMental health servicesSocial supportSalud mentalHospitalización psiquiátricaApoyo socialO outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mentalThe other side of the revolving door : community support and mental healthEl otro lado de la puerta giratoria : apoyo comunitario y salud mentalinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001003748.pdf001003748.pdfTexto completoapplication/pdf311052http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/1/001003748.pdfa39b2239aac36d6b822e78731accf3d4MD51TEXT001003748.pdf.txt001003748.pdf.txtExtracted Texttext/plain48916http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/2/001003748.pdf.txt8b7f00a441b239b595dfcba56be9c5a2MD52THUMBNAIL001003748.pdf.jpg001003748.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2020http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/3/001003748.pdf.jpg99a8c8f94070817ffbec8137d2e5f75fMD5310183/1494382018-10-29 09:19:29.769oai:www.lume.ufrgs.br:10183/149438Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T12:19:29Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
The other side of the revolving door : community support and mental health |
dc.title.alternative.es.fl_str_mv |
El otro lado de la puerta giratoria : apoyo comunitario y salud mental |
title |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
spellingShingle |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental Silveira, Luisa Horn de Castro Apoio social Saúde mental Hospitalização Mental health Mental health services Social support Salud mental Hospitalización psiquiátrica Apoyo social |
title_short |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
title_full |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
title_fullStr |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
title_full_unstemmed |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
title_sort |
O outro lado da porta giratória : apoio comunitário e saúde mental |
author |
Silveira, Luisa Horn de Castro |
author_facet |
Silveira, Luisa Horn de Castro Rocha, Cristianne Maria Famer Rocha, Kátia Bones Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho |
author_role |
author |
author2 |
Rocha, Cristianne Maria Famer Rocha, Kátia Bones Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silveira, Luisa Horn de Castro Rocha, Cristianne Maria Famer Rocha, Kátia Bones Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Apoio social Saúde mental Hospitalização |
topic |
Apoio social Saúde mental Hospitalização Mental health Mental health services Social support Salud mental Hospitalización psiquiátrica Apoyo social |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Mental health Mental health services Social support |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Salud mental Hospitalización psiquiátrica Apoyo social |
description |
A Reforma Psiquiátrica tem como princípio fundamental o cuidado em liberdade e prevê a internação breve em hospital geral apenas quando esgotados os recursos extra-hospitalares. No entanto, as múltiplas reinternações em unidades psiquiátricas ainda são comuns no cotidiano hospitalar. O foco desse estudo está no que acontece para além dos portões do hospital, analisando elementos da vida comunitária dos portadores de sofrimento psíquico e se essas experiências se relacionam de alguma forma com a frequente necessidade de hospitalização. Para tanto, buscou-se investigar a percepção sobre apoio comunitário em usuários com alto número de internações, comparando com a de usuários de primeira internação, na unidade psiquiátrica de um hospital geral de Porto Alegre. Os resultados mostraram que a comunidade é uma potente fonte de ajuda em situações de crise, porém, usuários com múltiplas internações têm essas redes enfraquecidas e um afastamento maior da Atenção Básica, em relação aos usuários de primeira internação. Dessa forma, a família se torna a principal fonte de apoio, o que gera sobrecarga, e o hospital ganha um status diferenciado na vida desses usuários, considerado a única alternativa em situações de crise. |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-11-04T02:11:49Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/149438 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1413-7372 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001003748 |
identifier_str_mv |
1413-7372 001003748 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/149438 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Psicologia em estudo. Maringá. Vol. 21, n. 2 (abr./jun. 2016), p. 325-335, abr./jun. 2016 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/1/001003748.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/2/001003748.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149438/3/001003748.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a39b2239aac36d6b822e78731accf3d4 8b7f00a441b239b595dfcba56be9c5a2 99a8c8f94070817ffbec8137d2e5f75f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224910198013952 |