Estudo dos efeitos de uma dieta suplementada com azeite de oliva sobre o comportamento materno e emocionalidade de ratas submetidas à separação materna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Ana Caroline Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/233803
Resumo: Introdução: A relação mãe-filho é extremamente importante para o desenvolvimento do sistema nervoso central. Nos primeiros estágios de vida a mãe exerce um comportamento que visa proteger, nutrir, aquecer e promover o contato físico necessário até que os filhotes possam sobreviver sozinhos. A separação materna pode induzir a ruptura dessa ligação, desencadeando comportamento depressivo nas mães e intervindo no cuidado materno e desenvolvimento da prole. Além disso, a condição nutricional durante a gestação e lactação também afeta diretamente o desenvolvimento intra-uterino dos filhotes e influencia no comportamento desencadeado pelas mães no período pós-natal. O uso de dietas ricas em antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, como o azeite de oliva, têm mostrado benefícios à saúde. Nesse sentido, o uso de uma dieta com azeite de oliva poderia trazer benefícios ao sistema nervoso central, podendo contribuir para uma maior qualidade no cuidado materno. Objetivo: Avaliar os efeitos de uma dieta com azeite de oliva durante o período gestacional e lactacional sobre o comportamento materno e a emocionalidade de mães que sofreram separação da prole. Metodologia: Foram adquiridas 38 ratas Wistar primíparas no primeiro dia gestacional, que foram inicialmente foram divididas em dois grupos: (1) mães alimentadas com ração padrão + óleo de soja e (2) mães alimentadas com ração padrão + azeite de oliva. Após o nascimento da prole, esses grupos foram subdivididos em 4 grupos experimentais: (1) Intacto OS; (2) Intacto AO; (3) Separado OS e (4) Separado AO. O consumo alimentar, o peso corporal e o ciclo estral foram monitorados. Do dia pós-natal 1 até o dia pós-natal 10 ocorreu simultaneamente a separação materna e a avaliação do comportamento materno. Para a separação materna, os filhotes foram mantidos em uma incubadora à 34ºC durante 3 horas por dia, e a observação do comportamento materno ocorreu em 5 sessões por dia nos horários das 06h, 10h, 13h, 17h30 e 20h com observações de 3 em 3 min, totalizando 25 observações por sessão. Os parâmetros avaliados foram a frequência de lambidas e a frequência da postura de amamentação com o dorso arqueado. Também foram avaliados a atividade locomotora e o comportamento emocional das mães, através dos testes de campo aberto, corredor alimentar e nado forçado. Resultados: Os resultados foram analisados por Anova de Medidas repetidas ou Anova de duas vias quando indicado, sendo considerados significativos valores de p<0,05. As mães submetidas à separação materna aumentaram a frequência de lambidas na prole e a postura de amamentação com dorso arqueado principalmente às 17h30, no entanto esse cuidado foi de forma inconsistente. As ratas que receberam azeite de oliva aumentaram a frequência de lambidas na prole de forma consistente. Além disso, o consumo de azeite de oliva preveniu o aumento da postura de amamentação com dorso arqueado induzido pela separação materna às 17h30 e ao longo dos dias de observação. Mães submetidas à separação materna apresentaram um comportamento depressivo, que não foi prevenido pelo consumo de azeite de oliva. Assim, o consumo de uma dieta com azeite de oliva foi capaz de agir sobre parâmetros do comportamento materno, aumentando o cuidado materno de forma mais homogênea e não alterou a emocionalidade dessas ratas, sugerindo um possível papel neuroprotetor e uma estratégia para proteger as ratas mães no pós-parto dos efeitos da separação materna.
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