Preconceito de gênero na escola: como as docentes da EJA lidam com manifestações de preconceito com a mulher em sala de aula?

• Autor(a) principal: Bueno, Ianca Ferreira Feijó
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/224066
• topic: Educação de jovens e adultos; Diversidade; Preconceito; Gênero; Mulher

O presente Trabalho de Conclusão de Curso põe em pauta o preconceito de gênero com a mulher no contexto da educação, mais especificamente na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o qual é resultado de uma sociedade machista e repleta de desigualdades sociais no que tange aos sexos masculino e feminino. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é conhecer e analisar quais as estratégias de ensino utilizadas pelas professoras atuantes na EJA que visam promover a conscientização sobre o preconceito de gênero com a mulher e o enfrentamento da desigualdade de gênero na escola. A análise da pesquisa se concentra em identificar se há e como se manifesta o preconceito de gênero com a mulher e o machismo no contexto da EJA, bem como, a recorrência do debate sobre preconceito de gênero e feminismo na sala de aula com a finalidade de refletir sobre as estratégias utilizadas pelas professoras para abordar ou não este tema. Como subsídios deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com ênfase nas obras de Guacira Lopes Louro (2000), Maria Beatriz Nader e Lívia de Azevedo Silveira Rangel (2014), entre outras autoras. Também foram feitas entrevistas semi estruturadas com três professoras atuantes na EJA em escolas públicas de Porto Alegre/RS. Como resultado, identificou-se que o preconceito de gênero com a mulher ainda se faz presente no contexto da educação de jovens e adultos destas escolas, e se manifesta através de falas e atitudes que partem majoritariamente dos homens. Com base no levantamento bibliográfico e nas entrevistas, constatou-se que as instituições de ensino infelizmente ainda dependem muito do impulso e empenho das professoras mulheres para que haja estratégias de ensino voltadas ao fim do preconceito contra a mulher e do combate ao machismo. A formação continuada advinda do poder público também foi identificada como escassa e enfraquecida na EJA, não somente relacionada aos estudos de gênero e feminismo, mas como um todo.