Desenvolvimento e validação de equações de predição para os parâmetros espaço-temporais da marcha em indivíduos saudáveis

• Autor(a) principal: Müller, Fernanda Enck
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/238712
• topic: Marcha; Amplitude de movimento articular

Introdução: A avaliação clínica da marcha tem como objetivo identificar diferentes padrões de marcha, comparar as características da marcha entre diferentes situações, além de auxiliar intervenções individualizadas. Contudo, a aquisição de algumas variáveis necessita equipamentos de alto custo além de um nível de conhecimento no que se refere a aquisição e análise dos dados biomecânicos. Dessa forma, observa-se a importância de maneiras mais acessíveis e clinicamente mais viáveis para obtenção destas informações, afim de contribuir de forma consistente para a prática dos profissionais que atuam com o movimento humano. Objetivo: Desenvolver e validar equações de predição para o comprimento do passo, duração do suporte simples, duração do suporte duplo, duração da fase de apoio eduração da fase de balanço a partir de goniometria das articulações do quadril, joelho e tornozelo, largura da base de suporte, comprimento dos membros inferiores, velocidade e cadência. Materiais e Métodos: Foram coletados 180 indivíduos, sendo utilizados 150 para o desenvolvimento e 30 para a validação dos modelos. Foi realizada a avaliação clínica, para obtenção dos valores de largura da base de suporte, goniometria e comprimento dos membros inferiores. Após a avaliação clínica, os participantes foram submetidos a coleta dos parâmetros espaço-temporais da marcha com o sensor inercial posicionado na região lombar. Foi utilizada a regressão linear múltipla para verificar se as variáveis clínicas podem ser utilizadas para predizer os parâmetros espaço-temporais da marcha e a análise do ICC, SEM, MDC, Erro RMS e Teste t para a validação dos modelos desenvolvidos. Resultados: Foram encontrados modelos estatisticamente significativos para o comprimento do passo esquerdo [F (2, 144) = 1794,084; p<0,001; R²= 0,961], comprimento do passo direito [F (2, 143) =1780,882; p<0,001; R²=0,961], duração da fase de apoio esquerda [F (2,141) =321,205; p<0,001; R²=0,820], duração da fase de apoio direita [F (2, 141) =341,145; p<0,001; R²=0,829], duração da fase de balanço esquerda [F (3,141) =20,217; p<0,001; R²=0,301], duração da fase de balanço direita [F (2, 140) =131,653; p<0,001; R²=0,653], duração do suporte duplo esquerdo [F (2, 143) = 16,150; p<0,001; R²= 0,184], duração do suporte duplo direito [F (2, 143) = 18,435; p<0,001; R²= 0,205], duração do suporte único esquerdo [F (4, 141) = 20,564; p<0,001; R²=0,368], duração do suporte único direito [F (3, 140) =24,531; p<0,001; R²= 0,345]. Para a validação, foram observados valores excelentes de ICC, com baixos valores de SEM, MDC e Erro RMS. Conclusão: As variáveis clínicas foram capazes de predizer de maneira satisfatória grande parte das variáveis espaço temporais da marcha. Essas informações poderão contribuir de maneira a qualificar e orientar as intervenções em pacientes com alterações de marcha.