O entrelaçamento da educação ambiental e certificação participativa de produtos ecológicos almejando a sustentabilidade do meio rural

• Autor(a) principal: Tegner, André
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/179976
• topic: Desenvolvimento rural; Educação ambiental; Agroecologia; Sustentabilidade; Agroecology; Sustainability; Environmental Education

Este estudo busca analisar, a partir de um estudo de caso, o entrelaçamento da Educação Ambiental, Agroecologia e Certificação Participativa, visando incorporar fatores de sustentabilidade ao meio rural. Procura promover a reflexão a respeito de uma sustentabilidade pautada na racionalidade, desvinculada de extremismos e utopias. Que considere fatores políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais e que de fato possa ser desenvolvida por meio de ações práticas e cotidianas. Assim, através de entrevistas, procuramos conhecer as ações de Educação Ambiental desenvolvidas nos grupos agroecológicos certificados pela Rede Ecovida de Agroecologia e que podem ser incorporadas a agricultura como um todo. Ainda neste sentido, buscamos analisar de que forma programas como o Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar, podem contribuir para este fim. A partir da análise das entrevistas, percebe-se que muitos agricultores convencionais, ainda interpretam a questão ambiental pelo viés regulatório e fiscalizador, e a agroecologia como sendo uma opção sem retorno financeiro visto que prevalece a ideia produtivista. Em contrapartida, os grupos agroecológicos por meio de ações de Educação Ambiental (educativos e pedagógicos), tem visto o movimento crescer ano após ano, o que demostra uma sensibilização e transformação de valores ligados a pauta ambiental. Por meio de palestras, oficinas, reuniões, assembleias e encontros ampliados, oferece espaços voltados para a difusão dos trabalhos ligados a recuperação e conservação dos recursos naturais, redução da dependência de recursos externos, preservação da mata nativa ciliar, gestão dos resíduos e efluentes e relações de trabalho. Desse modo, é perceptível a necessidade de oferta de novos programas voltados a Educação Ambiental, como sua incorporação a treinamentos realizados junto a gestores públicos, técnicos e extensionistas. A agricultura do futuro que queremos está diretamente ligada a educação que oferecemos aos atores sociais no presente.