Conhecimento no Teeteto de Platão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/243159 |
Resumo: | O presente trabalho visa responder através do personagem Teeteto a questão principal apresentada no diálogo: “O que é conhecimento?”. O diálogo se divide em três partes de acordo com as diferentes respostas dadas à questão. Não se tratará de uma análise global da obra Teeteto mas tão somente da primeira parte, cuja resposta é “conhecimento é percepção”. Esta primeira parte é constituída de dois momentos diferentes: aquele que busca elucidar a tese apresentada por Teeteto, isto é, a concepção acerca da natureza do conhecimento, e aquele onde se submete à crítica uma concepção já, em alguma medida, elucidada, visando sua aceitabilidade. Esta condição encontra-se na justificativa do procedimento investigativo adotado no diálogo. A metodologia utilizada na investigação é a maiêutica (arte no auxílio ao parto) apresentada analogicamente pelo personagem Sócrates. Ela é uma arregimentação da prática comum do diálogo para fins de investigação filosófica, que define a própria forma literária de investigação. A pergunta que guia este estudo é: o que justifica que se pretenda compreender a afirmação de Teeteto de que conhecimento é percepção mediante o apelo às doutrinas de Protágoras e Heráclito? A resposta consiste na afirmação de que percepção é conhecimento, ela é construída em torno de Protágoras (o homem é a medida de todas as coisas) e de Heráclito (de que tudo e todos estão em constante estado de fluxo), as quais tornariam, pelo menos a primeira vista, plausível a identificação do conhecimento com a percepção. As teses protagórica e heraclitiana, contudo, são refutadas por Sócrates. Qualquer que seja a interpretação, ela deverá tomar essas doutrinas como habilitando a tese de Teeteto a satisfazer dois princípios materiais de adequação ao qual toda e qualquer definição de conhecimento deveria se conformar: 1º) que o conhecimento seja do que é ou dá o ser e, 2º) que ele deve ser infalível. |
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Lacerda, Cristina Helena RybickiLouzado, Gerson Luiz2022-07-19T04:47:35Z2019http://hdl.handle.net/10183/243159001145131O presente trabalho visa responder através do personagem Teeteto a questão principal apresentada no diálogo: “O que é conhecimento?”. O diálogo se divide em três partes de acordo com as diferentes respostas dadas à questão. Não se tratará de uma análise global da obra Teeteto mas tão somente da primeira parte, cuja resposta é “conhecimento é percepção”. Esta primeira parte é constituída de dois momentos diferentes: aquele que busca elucidar a tese apresentada por Teeteto, isto é, a concepção acerca da natureza do conhecimento, e aquele onde se submete à crítica uma concepção já, em alguma medida, elucidada, visando sua aceitabilidade. Esta condição encontra-se na justificativa do procedimento investigativo adotado no diálogo. A metodologia utilizada na investigação é a maiêutica (arte no auxílio ao parto) apresentada analogicamente pelo personagem Sócrates. Ela é uma arregimentação da prática comum do diálogo para fins de investigação filosófica, que define a própria forma literária de investigação. A pergunta que guia este estudo é: o que justifica que se pretenda compreender a afirmação de Teeteto de que conhecimento é percepção mediante o apelo às doutrinas de Protágoras e Heráclito? A resposta consiste na afirmação de que percepção é conhecimento, ela é construída em torno de Protágoras (o homem é a medida de todas as coisas) e de Heráclito (de que tudo e todos estão em constante estado de fluxo), as quais tornariam, pelo menos a primeira vista, plausível a identificação do conhecimento com a percepção. As teses protagórica e heraclitiana, contudo, são refutadas por Sócrates. Qualquer que seja a interpretação, ela deverá tomar essas doutrinas como habilitando a tese de Teeteto a satisfazer dois princípios materiais de adequação ao qual toda e qualquer definição de conhecimento deveria se conformar: 1º) que o conhecimento seja do que é ou dá o ser e, 2º) que ele deve ser infalível.application/pdfporPlatão, 427-347 A.C. : Crítica e interpretaçãoTeoria do conhecimentoRelativismo (Filosofia)Conhecimento no Teeteto de Platãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPorto Alegre, BR-RS2019Filosofia: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001145131.pdf.txt001145131.pdf.txtExtracted Texttext/plain92807http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/243159/2/001145131.pdf.txt3e2fd1cb82f7dc15eaf31998202f9402MD52ORIGINAL001145131.pdfTexto completoapplication/pdf383830http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/243159/1/001145131.pdfff259980bd0cc747f50a55a100796686MD5110183/2431592022-08-06 04:54:39.145716oai:www.lume.ufrgs.br:10183/243159Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:54:39Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O presente trabalho visa responder através do personagem Teeteto a questão principal apresentada no diálogo: “O que é conhecimento?”. O diálogo se divide em três partes de acordo com as diferentes respostas dadas à questão. Não se tratará de uma análise global da obra Teeteto mas tão somente da primeira parte, cuja resposta é “conhecimento é percepção”. Esta primeira parte é constituída de dois momentos diferentes: aquele que busca elucidar a tese apresentada por Teeteto, isto é, a concepção acerca da natureza do conhecimento, e aquele onde se submete à crítica uma concepção já, em alguma medida, elucidada, visando sua aceitabilidade. Esta condição encontra-se na justificativa do procedimento investigativo adotado no diálogo. A metodologia utilizada na investigação é a maiêutica (arte no auxílio ao parto) apresentada analogicamente pelo personagem Sócrates. Ela é uma arregimentação da prática comum do diálogo para fins de investigação filosófica, que define a própria forma literária de investigação. A pergunta que guia este estudo é: o que justifica que se pretenda compreender a afirmação de Teeteto de que conhecimento é percepção mediante o apelo às doutrinas de Protágoras e Heráclito? A resposta consiste na afirmação de que percepção é conhecimento, ela é construída em torno de Protágoras (o homem é a medida de todas as coisas) e de Heráclito (de que tudo e todos estão em constante estado de fluxo), as quais tornariam, pelo menos a primeira vista, plausível a identificação do conhecimento com a percepção. As teses protagórica e heraclitiana, contudo, são refutadas por Sócrates. Qualquer que seja a interpretação, ela deverá tomar essas doutrinas como habilitando a tese de Teeteto a satisfazer dois princípios materiais de adequação ao qual toda e qualquer definição de conhecimento deveria se conformar: 1º) que o conhecimento seja do que é ou dá o ser e, 2º) que ele deve ser infalível. |
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