Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Cristiano Bedin da
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Oliveira, Marcos da Rocha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230926
Resumo: O trabalho do texto consiste em afirmar a potência do isolamento barthesiano hoje. O luto, afeto vivo e presente, será o princípio que unifica a docência, a escrita e a vida: no último Roland Barthes, em nós. Aulas, datas, imagens e um arquivo de leituras translúcidas lancinadas por feixes de luz a demandarem uma atualização das formas em um corpo que escreve. Não há nada a superar, visto que a dor é ocasião. Escrevemos a fantasia de tal solidão tendo o texto barthesiano, a docência que praticamos e,como oximoro,o nosso viver-junto enquanto potencial ativo de umaVita Nova. Assim, dispomos quatro precisões:o luto se manifestapelo e no trabalho, como a marca a animar a produção presente; atualizado em uma aula, o luto harmoniza o afeto da perda e a criação didática: não poder desenvolver, não poder sustentar, não poder impor; o luto só pode ser experimentado de modo instantâneo: surpreende como experiência inaugural e, portanto, potencialmente mutativa (o insustentável como condição); e o luto permite apenas sua vivência (traduzida,inocentemente, em prática), jamais seu domínio. Lecionar, escrever, pesquisar, vivercomoseum Amador. Disponibilidades luminosas à beira-fôlego: entrar vivo na morte. É disso que se trata.
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