Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230926 |
Resumo: | O trabalho do texto consiste em afirmar a potência do isolamento barthesiano hoje. O luto, afeto vivo e presente, será o princípio que unifica a docência, a escrita e a vida: no último Roland Barthes, em nós. Aulas, datas, imagens e um arquivo de leituras translúcidas lancinadas por feixes de luz a demandarem uma atualização das formas em um corpo que escreve. Não há nada a superar, visto que a dor é ocasião. Escrevemos a fantasia de tal solidão tendo o texto barthesiano, a docência que praticamos e,como oximoro,o nosso viver-junto enquanto potencial ativo de umaVita Nova. Assim, dispomos quatro precisões:o luto se manifestapelo e no trabalho, como a marca a animar a produção presente; atualizado em uma aula, o luto harmoniza o afeto da perda e a criação didática: não poder desenvolver, não poder sustentar, não poder impor; o luto só pode ser experimentado de modo instantâneo: surpreende como experiência inaugural e, portanto, potencialmente mutativa (o insustentável como condição); e o luto permite apenas sua vivência (traduzida,inocentemente, em prática), jamais seu domínio. Lecionar, escrever, pesquisar, vivercomoseum Amador. Disponibilidades luminosas à beira-fôlego: entrar vivo na morte. É disso que se trata. |
id |
UFRGS-2_291fe40e634ea754d3fb3cd0c4ba4efb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230926 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Costa, Cristiano Bedin daOliveira, Marcos da Rocha2021-10-20T04:22:20Z20211984-1124http://hdl.handle.net/10183/230926001132503O trabalho do texto consiste em afirmar a potência do isolamento barthesiano hoje. O luto, afeto vivo e presente, será o princípio que unifica a docência, a escrita e a vida: no último Roland Barthes, em nós. Aulas, datas, imagens e um arquivo de leituras translúcidas lancinadas por feixes de luz a demandarem uma atualização das formas em um corpo que escreve. Não há nada a superar, visto que a dor é ocasião. Escrevemos a fantasia de tal solidão tendo o texto barthesiano, a docência que praticamos e,como oximoro,o nosso viver-junto enquanto potencial ativo de umaVita Nova. Assim, dispomos quatro precisões:o luto se manifestapelo e no trabalho, como a marca a animar a produção presente; atualizado em uma aula, o luto harmoniza o afeto da perda e a criação didática: não poder desenvolver, não poder sustentar, não poder impor; o luto só pode ser experimentado de modo instantâneo: surpreende como experiência inaugural e, portanto, potencialmente mutativa (o insustentável como condição); e o luto permite apenas sua vivência (traduzida,inocentemente, em prática), jamais seu domínio. Lecionar, escrever, pesquisar, vivercomoseum Amador. Disponibilidades luminosas à beira-fôlego: entrar vivo na morte. É disso que se trata.In this work, the analysis consists of affirming the power of Barthesian isolation nowadays. The mourning, alive and present affection, will be the principle that unifiesteaching, writing and life: in the ultimate Roland Barthes, in ourselves. Classes, dates, images and a file of translucent readings afflicted by beams of light that demand an update of the forms in a body that writes. There’s nothing to overcome, sincepain is the moment. The fantasy of such loneliness is written having the Barthesian text, the teaching we practiceand,as the oxymoron,our living-together while an action potential of a Vita Nova. Thus, we’ve listed four precisions: the mourning manifests itself by and at work, as a mark ensouling the present production; actualized in a class, mourning harmonizes the affection of loss and didactic creation: not being able to develop, not being able to sustain, not being able to impose; mourning can only be experienced instantly: it surprises as an inaugural experience and therefore potentially mutative (the unsustainable as a condition); and mourning only allows its experience (innocently translated into practice), never its domain. Teach, write, research, live as ifan amateur. Translucent availabilities at the edge of breathtaking. That is what it is about.application/pdfporCriação & crítica. São Paulo, SP. N. 30 (2021), p. 365-379Barthes, Roland, 1915-1980DocênciaHistória de vidaIsolamentoLutoTeachingLife writingIsolationMourningEntradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland BarthesEntries, translucid availabilities : the mourning as work in Roland Barthesinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001132503.pdf.txt001132503.pdf.txtExtracted Texttext/plain47161http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230926/2/001132503.pdf.txt425761334917104153f885908bfb76f2MD52ORIGINAL001132503.pdfTexto completoapplication/pdf212516http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230926/1/001132503.pdf39bcf3a5eb39d88bc7348d83cd7df7b8MD5110183/2309262021-11-20 05:46:14.025304oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230926Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-11-20T07:46:14Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Entries, translucid availabilities : the mourning as work in Roland Barthes |
title |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
spellingShingle |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes Costa, Cristiano Bedin da Barthes, Roland, 1915-1980 Docência História de vida Isolamento Luto Teaching Life writing Isolation Mourning |
title_short |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
title_full |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
title_fullStr |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
title_full_unstemmed |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
title_sort |
Entradas, disponibilidades luminosas : o luto como trabalho em Roland Barthes |
author |
Costa, Cristiano Bedin da |
author_facet |
Costa, Cristiano Bedin da Oliveira, Marcos da Rocha |
author_role |
author |
author2 |
Oliveira, Marcos da Rocha |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Cristiano Bedin da Oliveira, Marcos da Rocha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Barthes, Roland, 1915-1980 Docência História de vida Isolamento Luto |
topic |
Barthes, Roland, 1915-1980 Docência História de vida Isolamento Luto Teaching Life writing Isolation Mourning |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Teaching Life writing Isolation Mourning |
description |
O trabalho do texto consiste em afirmar a potência do isolamento barthesiano hoje. O luto, afeto vivo e presente, será o princípio que unifica a docência, a escrita e a vida: no último Roland Barthes, em nós. Aulas, datas, imagens e um arquivo de leituras translúcidas lancinadas por feixes de luz a demandarem uma atualização das formas em um corpo que escreve. Não há nada a superar, visto que a dor é ocasião. Escrevemos a fantasia de tal solidão tendo o texto barthesiano, a docência que praticamos e,como oximoro,o nosso viver-junto enquanto potencial ativo de umaVita Nova. Assim, dispomos quatro precisões:o luto se manifestapelo e no trabalho, como a marca a animar a produção presente; atualizado em uma aula, o luto harmoniza o afeto da perda e a criação didática: não poder desenvolver, não poder sustentar, não poder impor; o luto só pode ser experimentado de modo instantâneo: surpreende como experiência inaugural e, portanto, potencialmente mutativa (o insustentável como condição); e o luto permite apenas sua vivência (traduzida,inocentemente, em prática), jamais seu domínio. Lecionar, escrever, pesquisar, vivercomoseum Amador. Disponibilidades luminosas à beira-fôlego: entrar vivo na morte. É disso que se trata. |
publishDate |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-10-20T04:22:20Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/230926 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1984-1124 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001132503 |
identifier_str_mv |
1984-1124 001132503 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/230926 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Criação & crítica. São Paulo, SP. N. 30 (2021), p. 365-379 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230926/2/001132503.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230926/1/001132503.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
425761334917104153f885908bfb76f2 39bcf3a5eb39d88bc7348d83cd7df7b8 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225039441297408 |