Mitigação de danos no direito brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230945 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo o estudo do duty to mitigate the loss no direito brasileiro. O instituto tem suas origens na common law, que preconiza a limitação das perdas e danos pelos prejuízos que poderiam ter sido evitados pelo demandante, através de medidas de razoável diligência, após o inadimplemento do demandado. Apesar de sua ampla aceitação nos países de tradição anglo-saxã e em iniciativas de direito internacional, o ordenamento jurídico nacional não prevê a conduta que a parte prejudicada deve adotar quando do descumprimento de uma obrigação por parte do devedor. São analisadas as objeções à adoção do instituto no direito brasileiro, além de seus possíveis fundamentos. Após verificada a impossibilidade de ele ser extraído das noções de causalidade e de culpa da vítima, foi encontrado o seu exato fundamento no princípio da boa-fé objetiva, a cláusula geral que prescreve às partes o dever de agir com honestidade, lealdade e probidade em todas as fases da obrigação, inclusive após o inadimplemento. Foi concluído que se trata de um problema de reconhecimento do instituto na ordem jurídica brasileira, e não de sua recepção. Também se investiga a verdadeira natureza jurídica da norma de mitigação, isto é, se ela corresponde a um dever, como a nomenclatura indica, ou a um ônus, como boa parte da doutrina anglo-saxã entende ser. Por fim, é analisado o conceito de razoabilidade e sua importância ao tema. Ao longo do texto, é feito um exame jurisprudencial para avaliar como a norma vem sendo manejada pelos tribunais brasileiros. |
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Cabistani, Bruno MorandiSilva, Luis Renato Ferreira da2021-10-20T04:22:51Z2018http://hdl.handle.net/10183/230945001062051Este trabalho tem como objetivo o estudo do duty to mitigate the loss no direito brasileiro. O instituto tem suas origens na common law, que preconiza a limitação das perdas e danos pelos prejuízos que poderiam ter sido evitados pelo demandante, através de medidas de razoável diligência, após o inadimplemento do demandado. Apesar de sua ampla aceitação nos países de tradição anglo-saxã e em iniciativas de direito internacional, o ordenamento jurídico nacional não prevê a conduta que a parte prejudicada deve adotar quando do descumprimento de uma obrigação por parte do devedor. São analisadas as objeções à adoção do instituto no direito brasileiro, além de seus possíveis fundamentos. Após verificada a impossibilidade de ele ser extraído das noções de causalidade e de culpa da vítima, foi encontrado o seu exato fundamento no princípio da boa-fé objetiva, a cláusula geral que prescreve às partes o dever de agir com honestidade, lealdade e probidade em todas as fases da obrigação, inclusive após o inadimplemento. Foi concluído que se trata de um problema de reconhecimento do instituto na ordem jurídica brasileira, e não de sua recepção. Também se investiga a verdadeira natureza jurídica da norma de mitigação, isto é, se ela corresponde a um dever, como a nomenclatura indica, ou a um ônus, como boa parte da doutrina anglo-saxã entende ser. Por fim, é analisado o conceito de razoabilidade e sua importância ao tema. Ao longo do texto, é feito um exame jurisprudencial para avaliar como a norma vem sendo manejada pelos tribunais brasileiros.This coursework aims to study the duty to mitigate the loss in the Brazilian law. The institute has its origins in the common law, which preconizes the limitation of losses and damages by the injuries that could have been avoided by the plaintiff, through steps of reasonable diligence, after the breach by the defendant. Despite its wide acceptance in countries of Anglo-Saxon tradition and in international law initiatives, the national legal system doesn’t predict the conduct that the injured party must embrace when the breach of an obligation by the party in breach occurs. There are analyzed the objections towards the institute in the Brazilian law, moreover its possible foundations. After verified the impossibility of it to be obtained from the notions of causation and contributory negligence, its very basis was found in the principle of objective good faith, the general clause that prescribes to the parties the duty to act with honesty, loyalty and probity in every single stage of the obligation, including after the breach. It was concluded that it’s actually a problem about acknowledgment in the domestic system law, rather than its reception. It is also inquired about the true juridical nature of the mitigation rule, that is, if it corresponds to a duty, as the nomenclature indicates, or to a burden, as a good part of the Anglo-Saxon doctrine perceives it to be. At last, it’s analyzed the concept of reasonableness and its importance to the subject. Through the text, a jurisprudential review is done to evaluate how the rule is being handled by the Brazilian courts.application/pdfporPerdas e danosMitigação dos danosDuty to mitigate the lossReasonablenessMitigationGood faithContributory negligenceCausationBreachLosses and damagesMitigação de danos no direito brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001062051.pdf.txt001062051.pdf.txtExtracted Texttext/plain257179http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230945/2/001062051.pdf.txtaa6d48402ac8c06026ac88122d27f475MD52ORIGINAL001062051.pdfTexto completoapplication/pdf1395932http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230945/1/001062051.pdfa37bdda1a74c3cc0158791ff0c2dc2c7MD5110183/2309452021-10-21 04:29:23.461301oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230945Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-10-21T07:29:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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