Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esteves, Diego Winck
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Adó, Máximo Daniel Lamela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/217945
Resumo: Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica.
id UFRGS-2_2a3e0ba25e9d8c4dda122f7dbc530c60
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/217945
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Esteves, Diego WinckAdó, Máximo Daniel Lamela2021-02-12T04:06:52Z20200103-1457http://hdl.handle.net/10183/217945001121100Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica.This text proposes to envision human agency around the act of graffiti, that is, it deals with the relations and their tensions between the perceptions of the real and its inscription in time-space, with emphasis on writing. It dimensions this issue by circumscribing a certain notion of a body at stake in the world, in which it notes and writes down what it perceives, via a Poetics of Notation. Consequently, we begin to envision such a notion of body from the idea of an individual who, in Deleuze, is questioned in terms of a passable self, or an ante-self, as a condition for differential determinations of and in encounters: under this ante- -self, however, a personal self is imposed. A body is then considered as composed of singularities in continuous movements, variations in which individuations erupt – individuals endowed with pre-individual forces inherent in the bodies. The problem arises from the idea, present in Barthes, that a logosphere surrounds us, and that we need, therefore, to shake it up, because it is a fact of our centered subject: putting into play, thus, what in our individuality it constitutes the personal self, which conditions the movements of representation, via recognition. In effect, it is a game with language, taking it, with Deleuze and Guattari, as incorporeal that express themselves in bodies. It is a matter of considering that the world, after thought, can only be viewed in these terms, with thought and language. Thus, the game we propose – and its effects on Education – is conditioned, with Baudrillard, by a radical imposture, which starts to deal with the real, via a certain Poetics of Schizographic Notation.Este texto propone poner en perspectiva la agencia humana en torno al acto de la escritura, su grafía, es decir, de las relaciones y sus tensiones entre las percepciones de lo real y de su inscripción en el tiempo-espacio – con énfasis a la escritura. La dimensión a circunscribiendo una noción de cuerpo en juego en el mundo, en el que anota y toma nota de lo que percibe, a través de una Poética de la Notación. Se comienza, por lo tanto, a poner en perspectiva esta noción de cuerpo a partir de la idea de un individuo que, en Deleuze, es puesto en cuestión en términos de un yo pasivo o un anti-Yo, como condición para determinaciones diferenciales de y en los encuentros: bajo este anti-Yo, aun, se impone un yo personal. Un cuerpo considerado como compuesto por singularidades en movimientos continuos, variaciones en las cuales irrumpen individuaciones – a su vez, estas individualidades mantienen en si fuerzas preindividuales. El problema es colocado a partir de la idea barthesiana de que una logosfera nos envuelve, y que necesitamos, por ello, sacudirla, pues se trata de un dado de nuestro sujeto centrado: poner en juego, así, lo que en nuestra individualidad constituye el Yo personal, que condiciona los movimientos de la representación, vía recognición. En efecto, es un juego con el lenguaje, tomándolo, con Deleuze y Guattari, como incorpóreos que se expresan de los cuerpos. Se trata de ponderar que el mundo, después de pensado, solo puede ser perspectivado en estos términos, con el pensamiento y el lenguaje. De ese modo, el juego que proponemos – y sus efectos en la Educación – es condicionado, con Baudrillard, en una impostura radical, que pasa a lidiar con lo real por medio de una Poética de la Notación Esquizográfica.application/pdfporConjectura. Caxias do Sul, RS. Vol. 25 (jan./dez. 2020), p. 1-23, e020021PoéticaJogoLinguagemPoeticsGameBodyThoughtLanguagePoéticaJuegoCuerpoPensamientoLenguajePoética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogoPoetic of Schizographic Notation : bodies, thinking and language at playPoética de la Notación Esquizográfica : cuerpos, pensamiento y lenguaje en juegoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001121100.pdf.txt001121100.pdf.txtExtracted Texttext/plain54395http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/2/001121100.pdf.txt38753d7e35c76ea76d6b262dfab4546dMD52ORIGINAL001121100.pdfTexto completoapplication/pdf403873http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/1/001121100.pdfeecfe38c56dd0c34747d88bf9af2d92dMD5110183/2179452021-03-09 04:47:23.958855oai:www.lume.ufrgs.br:10183/217945Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:47:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Poetic of Schizographic Notation : bodies, thinking and language at play
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Poética de la Notación Esquizográfica : cuerpos, pensamiento y lenguaje en juego
title Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
spellingShingle Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
Esteves, Diego Winck
Poética
Jogo
Linguagem
Poetics
Game
Body
Thought
Language
Poética
Juego
Cuerpo
Pensamiento
Lenguaje
title_short Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
title_full Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
title_fullStr Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
title_full_unstemmed Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
title_sort Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
author Esteves, Diego Winck
author_facet Esteves, Diego Winck
Adó, Máximo Daniel Lamela
author_role author
author2 Adó, Máximo Daniel Lamela
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Esteves, Diego Winck
Adó, Máximo Daniel Lamela
dc.subject.por.fl_str_mv Poética
Jogo
Linguagem
topic Poética
Jogo
Linguagem
Poetics
Game
Body
Thought
Language
Poética
Juego
Cuerpo
Pensamiento
Lenguaje
dc.subject.eng.fl_str_mv Poetics
Game
Body
Thought
Language
dc.subject.spa.fl_str_mv Poética
Juego
Cuerpo
Pensamiento
Lenguaje
description Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-02-12T04:06:52Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/217945
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0103-1457
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001121100
identifier_str_mv 0103-1457
001121100
url http://hdl.handle.net/10183/217945
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Conjectura. Caxias do Sul, RS. Vol. 25 (jan./dez. 2020), p. 1-23, e020021
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/2/001121100.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/1/001121100.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 38753d7e35c76ea76d6b262dfab4546d
eecfe38c56dd0c34747d88bf9af2d92d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225008269230080