Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/217945 |
Resumo: | Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica. |
id |
UFRGS-2_2a3e0ba25e9d8c4dda122f7dbc530c60 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/217945 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Esteves, Diego WinckAdó, Máximo Daniel Lamela2021-02-12T04:06:52Z20200103-1457http://hdl.handle.net/10183/217945001121100Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica.This text proposes to envision human agency around the act of graffiti, that is, it deals with the relations and their tensions between the perceptions of the real and its inscription in time-space, with emphasis on writing. It dimensions this issue by circumscribing a certain notion of a body at stake in the world, in which it notes and writes down what it perceives, via a Poetics of Notation. Consequently, we begin to envision such a notion of body from the idea of an individual who, in Deleuze, is questioned in terms of a passable self, or an ante-self, as a condition for differential determinations of and in encounters: under this ante- -self, however, a personal self is imposed. A body is then considered as composed of singularities in continuous movements, variations in which individuations erupt – individuals endowed with pre-individual forces inherent in the bodies. The problem arises from the idea, present in Barthes, that a logosphere surrounds us, and that we need, therefore, to shake it up, because it is a fact of our centered subject: putting into play, thus, what in our individuality it constitutes the personal self, which conditions the movements of representation, via recognition. In effect, it is a game with language, taking it, with Deleuze and Guattari, as incorporeal that express themselves in bodies. It is a matter of considering that the world, after thought, can only be viewed in these terms, with thought and language. Thus, the game we propose – and its effects on Education – is conditioned, with Baudrillard, by a radical imposture, which starts to deal with the real, via a certain Poetics of Schizographic Notation.Este texto propone poner en perspectiva la agencia humana en torno al acto de la escritura, su grafía, es decir, de las relaciones y sus tensiones entre las percepciones de lo real y de su inscripción en el tiempo-espacio – con énfasis a la escritura. La dimensión a circunscribiendo una noción de cuerpo en juego en el mundo, en el que anota y toma nota de lo que percibe, a través de una Poética de la Notación. Se comienza, por lo tanto, a poner en perspectiva esta noción de cuerpo a partir de la idea de un individuo que, en Deleuze, es puesto en cuestión en términos de un yo pasivo o un anti-Yo, como condición para determinaciones diferenciales de y en los encuentros: bajo este anti-Yo, aun, se impone un yo personal. Un cuerpo considerado como compuesto por singularidades en movimientos continuos, variaciones en las cuales irrumpen individuaciones – a su vez, estas individualidades mantienen en si fuerzas preindividuales. El problema es colocado a partir de la idea barthesiana de que una logosfera nos envuelve, y que necesitamos, por ello, sacudirla, pues se trata de un dado de nuestro sujeto centrado: poner en juego, así, lo que en nuestra individualidad constituye el Yo personal, que condiciona los movimientos de la representación, vía recognición. En efecto, es un juego con el lenguaje, tomándolo, con Deleuze y Guattari, como incorpóreos que se expresan de los cuerpos. Se trata de ponderar que el mundo, después de pensado, solo puede ser perspectivado en estos términos, con el pensamiento y el lenguaje. De ese modo, el juego que proponemos – y sus efectos en la Educación – es condicionado, con Baudrillard, en una impostura radical, que pasa a lidiar con lo real por medio de una Poética de la Notación Esquizográfica.application/pdfporConjectura. Caxias do Sul, RS. Vol. 25 (jan./dez. 2020), p. 1-23, e020021PoéticaJogoLinguagemPoeticsGameBodyThoughtLanguagePoéticaJuegoCuerpoPensamientoLenguajePoética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogoPoetic of Schizographic Notation : bodies, thinking and language at playPoética de la Notación Esquizográfica : cuerpos, pensamiento y lenguaje en juegoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001121100.pdf.txt001121100.pdf.txtExtracted Texttext/plain54395http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/2/001121100.pdf.txt38753d7e35c76ea76d6b262dfab4546dMD52ORIGINAL001121100.pdfTexto completoapplication/pdf403873http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/1/001121100.pdfeecfe38c56dd0c34747d88bf9af2d92dMD5110183/2179452021-03-09 04:47:23.958855oai:www.lume.ufrgs.br:10183/217945Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:47:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Poetic of Schizographic Notation : bodies, thinking and language at play |
dc.title.alternative.es.fl_str_mv |
Poética de la Notación Esquizográfica : cuerpos, pensamiento y lenguaje en juego |
title |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
spellingShingle |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo Esteves, Diego Winck Poética Jogo Linguagem Poetics Game Body Thought Language Poética Juego Cuerpo Pensamiento Lenguaje |
title_short |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
title_full |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
title_fullStr |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
title_full_unstemmed |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
title_sort |
Poética da notação esquizográfica : corpos, pensamento e linguagem em jogo |
author |
Esteves, Diego Winck |
author_facet |
Esteves, Diego Winck Adó, Máximo Daniel Lamela |
author_role |
author |
author2 |
Adó, Máximo Daniel Lamela |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Esteves, Diego Winck Adó, Máximo Daniel Lamela |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Poética Jogo Linguagem |
topic |
Poética Jogo Linguagem Poetics Game Body Thought Language Poética Juego Cuerpo Pensamiento Lenguaje |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Poetics Game Body Thought Language |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Poética Juego Cuerpo Pensamiento Lenguaje |
description |
Este texto se propõe perspectivar a agência humana no entorno do ato de grafar, ou seja, trata das relações e suas tensões entre as percepções do real e de sua inscrição no tempo-espaço, com ênfase à escrita. Dimensiona essa questão circunscrevendo certa noção de um corpo em jogo no mundo, no qual nota e anota o que percebe, via uma Poética da Notação Esquizográfica. Passa, por conseguinte, a perspectivar tal noção de corpo a partir da ideia de um indivíduo que, em Deleuze, é colocada em questão nos termos de um eu passível, ou um ante-eu, como condição para determinações diferenciais dos e nos encontros: sob esse ante-eu, todavia, se impõe um Eu pessoal. Um corpo é, então, considerado como composto por singularidades em movimentos contínuos, variações nas quais irrompem individuações – individualidades dotadas de forças pré-individuais inerentes aos corpos. O problema é colocado a partir da ideia, presente em Barthes, de que uma logosfera nos envolve, e que precisamos, portanto, sacudi-la, pois se trata de um dado do nosso sujeito centrado: pôr em jogo, assim, o que, em nossa individualidade, constitui o Eu pessoal, que condiciona os movimentos da representação, via recognição. Com efeito, é um jogo com a linguagem, tomando-a, com Deleuze e Guattari, como incorpóreos que se expressam dos corpos. Trata-se de ponderar que o mundo, após pensado, só pode ser perspectivado nesses termos, com o pensamento e a linguagem. Destarte, o jogo que propomos – e seus efeitos sobre a educação –é condicionado, com Baudrillard, por uma impostura radical, que passa a lidar com o real, via certa Poética da Notação Esquizográfica. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-02-12T04:06:52Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/217945 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0103-1457 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001121100 |
identifier_str_mv |
0103-1457 001121100 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/217945 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Conjectura. Caxias do Sul, RS. Vol. 25 (jan./dez. 2020), p. 1-23, e020021 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/2/001121100.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/217945/1/001121100.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
38753d7e35c76ea76d6b262dfab4546d eecfe38c56dd0c34747d88bf9af2d92d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225008269230080 |