Glossite proliferativa nodular bilateral em um cão com leishmaniose visceral canina : relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rolemberg, Kahena Morais
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/248725
Resumo: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa causada pela Leishmania spp., um protozoário intracelular obrigatório que possui potencial zoonótico. Os sinais clínicos costumam ser variados e inespecíficos, sendo lesões na cavidade oral consideradas reações raras e atípicas desta doença. O presente trabalho visa relatar um caso de glossite proliferativa bilateral ventral contendo formas amastigotas da Leishmania spp. em mucosa sublingual de um canino. Foi atendido um canino, SRD, macho, 4 anos de idade com queixa de apatia, algia e dificuldade na deambulação com claudicação eventual. Ao exame físico foram observados aumento das articulações dos carpos, linfadenomegalia generalizada, intensa halitose e lesão granulomatosa bilateral na mucosa sublingual. Foram realizados hemograma, bioquímicos, punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e exames de imagem. A PAAF foi realizada da região sublingual e linfonodos periféricos, e revelou a presença de formas amastigotas da Leishmania spp. O animal foi estabilizado e tratado com um leishmanicida, um leishmaniostático e um imunomodulador, apresentando boa resposta ao tratamento com regressão completa da lesão oral e demais sinais. Atualmente encontra-se estável e em processo de redução da titulação para leishmaniose. Conclui-se que o diagnóstico da leishmaniose visceral canina pode ser um desafio, devido aos sinais clínicos variados e inespecíficos, e embora não se trate de uma manifestação comum à doença, o envolvimento da cavidade oral pode ocorrer. Visto isso, lesões em cavidade oral devem ser investigadas e a leishmaniose colocada como diagnóstico diferencial, principalmente em áreas consideradas endêmicas.
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