Mosquitos Aedes aegypti são vetores potenciais de leishmaniose? – Relato de caso
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/131768 |
Resumo: | No Brasil, os dípteros do gênero Lutzomyia são os principais vetores da leishmaniose para humanos e animais. No entanto, tem sido constatado que outras espécies de invertebrados hematófagos, como carrapatos, pulgas e mutucas, também podem ser vetores desse protozoário. Este trabalho, realizado em uma área endêmica de leishmaniose visceral, é a primeira descrição da presença de Leishmania spp. em mosquitos da espécie A. aegypti. Dois mosquitos A. aegypti foram capturados no local onde estava isolado um cão polissintomático acometido por leishmaniose visceral, confirmada pela demonstração do parasita em biópsias de órgãos e por resultado positivo na prova de PCR para Leishmania spp. Um dos mosquitos estava sugando o sangue do cão e o outro estava livre no ambiente. O mosquito ingurgitado com o sangue do animal foi esmagado entre duas lâminas de microscopia e o outro foi processado por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR) aplicada à pesquisa do ADN de Leishmania spp. Ao exame microscópico do esfregaço preparado com o mosquito que estava parasitando o cão foram observadas formas amastigotas de Leishmania spp., bem como formas flageladas de outra espécie de protozoário. No outro inseto foi detectada amplificação de ADN do gênero Leishmania. Esta constatação reforça o papel dos cães como fontes de infecção de Leishmania spp. até mesmo para outras espécies de vetores potenciais. |
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Mosquitos Aedes aegypti são vetores potenciais de leishmaniose? – Relato de casoAre Aedes aegypti mosquitoes potential vectors for leishmaniasis? – Case reportAmastigotaCaninoParasitaVetoresZoonoseAmastigoteCanineParasiteVectorsZoonosisNo Brasil, os dípteros do gênero Lutzomyia são os principais vetores da leishmaniose para humanos e animais. No entanto, tem sido constatado que outras espécies de invertebrados hematófagos, como carrapatos, pulgas e mutucas, também podem ser vetores desse protozoário. Este trabalho, realizado em uma área endêmica de leishmaniose visceral, é a primeira descrição da presença de Leishmania spp. em mosquitos da espécie A. aegypti. Dois mosquitos A. aegypti foram capturados no local onde estava isolado um cão polissintomático acometido por leishmaniose visceral, confirmada pela demonstração do parasita em biópsias de órgãos e por resultado positivo na prova de PCR para Leishmania spp. Um dos mosquitos estava sugando o sangue do cão e o outro estava livre no ambiente. O mosquito ingurgitado com o sangue do animal foi esmagado entre duas lâminas de microscopia e o outro foi processado por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR) aplicada à pesquisa do ADN de Leishmania spp. Ao exame microscópico do esfregaço preparado com o mosquito que estava parasitando o cão foram observadas formas amastigotas de Leishmania spp., bem como formas flageladas de outra espécie de protozoário. No outro inseto foi detectada amplificação de ADN do gênero Leishmania. Esta constatação reforça o papel dos cães como fontes de infecção de Leishmania spp. até mesmo para outras espécies de vetores potenciais.In Brazil dipters of the Lutzomyia genus are the main vectors of leishmaniasis for humans and animals. However, other hematophagous insects such as ticks, fleas, and horse flies may also be considered potential vectors of this protozoon. This paper, regarding an endemic area for visceral leishmaniasis, is the the first description of the Leishmania spp. presence in Aedes aegypti mosquitoes. Two A. aegypti mosquitoes were captured: one of them was feeding on a polysymptomatic dog with leishmaniasis, confirmed by parasitic demonstration and positive PCR for Leishmania spp., and the other was collected in the environment where the dog was isolated. The mosquito engorged with dog’s blood was crushed between two microscopic slides and the other one was processed by the polymerase chain reaction assay (PCR) searching for the presence of Leishmania spp. DNA. Amastigote forms of Leishmania sp, were observed in the smear prepared from one mosquito by microscopic examination, as well as other protozoa’s flagellated forms. In the other insect it was observed Leishmania DNA amplification. This observation reinforces the role of dogs as sources of infection of Leishmania spp. even to other potential vector species.Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia2017-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/13176810.11606/issn.1678-4456.bjvras.2017.131768Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; Vol. 54 Núm. 4 (2017): CÃES E GATOS (Edição Especial); 416-419Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; Vol. 54 No. 4 (2017): CÃES E GATOS (Edição Especial); 416-419Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; v. 54 n. 4 (2017): CÃES E GATOS (Edição Especial); 416-419Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; V. 54 N. 4 (2017): CÃES E GATOS (Edição Especial); 416-4191678-44561413-9596reponame:Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Scienceinstname:Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/131768/138243Copyright (c) 2017 Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Scienceinfo:eu-repo/semantics/openAccessCoelho, Willian Marinho DouradoBresciani, Katia Denise SaraivaCoêlho, Juliana de Carvalho ApolinárioAnjos, Luciano Alves dosBuzetti, Wilma Aparecida Starke2020-06-23T04:03:25Zoai:revistas.usp.br:article/131768Revistahttps://www.revistas.usp.br/bjvrasPUBhttps://www.revistas.usp.br/bjvras/oaibjvras@usp.br1413-95961413-9596opendoar:https://www.revistas.usp.br/bjvras/index2023-01-12T16:43:59.872976Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)false |
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No Brasil, os dípteros do gênero Lutzomyia são os principais vetores da leishmaniose para humanos e animais. No entanto, tem sido constatado que outras espécies de invertebrados hematófagos, como carrapatos, pulgas e mutucas, também podem ser vetores desse protozoário. Este trabalho, realizado em uma área endêmica de leishmaniose visceral, é a primeira descrição da presença de Leishmania spp. em mosquitos da espécie A. aegypti. Dois mosquitos A. aegypti foram capturados no local onde estava isolado um cão polissintomático acometido por leishmaniose visceral, confirmada pela demonstração do parasita em biópsias de órgãos e por resultado positivo na prova de PCR para Leishmania spp. Um dos mosquitos estava sugando o sangue do cão e o outro estava livre no ambiente. O mosquito ingurgitado com o sangue do animal foi esmagado entre duas lâminas de microscopia e o outro foi processado por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR) aplicada à pesquisa do ADN de Leishmania spp. Ao exame microscópico do esfregaço preparado com o mosquito que estava parasitando o cão foram observadas formas amastigotas de Leishmania spp., bem como formas flageladas de outra espécie de protozoário. No outro inseto foi detectada amplificação de ADN do gênero Leishmania. Esta constatação reforça o papel dos cães como fontes de infecção de Leishmania spp. até mesmo para outras espécies de vetores potenciais. |
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