Análise enunciativa de o Livro do desassossego ilustrada pelas janelas de Edward Hopper

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Leticia Pintos da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235354
Resumo: A presente pesquisa propõe uma análise enunciativa de alguns fragmentos do Livro do Desassossego. Neste sentido, observa-se o funcionamento da categoria de espaço a fim de entender como a subjetividade de Bernardo Soares é construída por meio das metarreflexões elaboradas em seu processo de escrita. Considerando-se a habilidade de Fernando Pessoa em se propor como outro, enquanto praticante de um exercício de alteridade dele mesmo, o estudo dos trechos sustenta-se nas palavras do linguista francês Émile Benveniste, e partindo do conceito de subjetividade na linguagem, estuda-se como os componentes do aparelho formal da enunciação são criados por meio da escrita. O estudo dos fragmentos dividiu-se em três temáticas, a saber: do ser, das sensações e do espaço. Por meio deles, relacionou-se conceitos teóricos do campo da Teoria da Enunciação com o trabalho dos críticos da obra pessoana, Leyla Perrone-Moisés e José Gil. Além disso, os espaços físicos que desencadeiam diferentes instâncias de espaços enunciativos foram ilustrados com as pinturas de Edward Hopper, em especial, uma série de quadros em que sujeitos solitários estão dispostos perto de janelas. Desta maneira, foi possível reforçar a importância de analisar o texto literário à luz das teorias enunciativas, visto que este pode revelar minúcias em relação à subjetividade humana expressa por meio da linguagem. A pesquisa possui caráter exploratório e descritivo. Conclui-se que o diálogo entre artes de campos distintos, apresentados neste trabalho, podem contribuir, de forma significativa, aos campos de estudo da literatura comparada e de análises linguísticas, pois entende-se o texto como produto da subjetividade humana, portanto, matéria aberta a várias leituras e interpretações.
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