Dose não usual de varfarina para alcançar RNI terapêutica em uma criança de quatro meses : fatores de risco não genéticos ainda são um desafio
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/180772 |
Resumo: | Objetivo: Descreve se uma criança do sexo feminino, com quatro meses de idade, que necessitou de varfarina 0.7 mg/kg/dia (5 mg). Discutem se os fatores de risco clinicamente relevantes para prescrição de altas doses do anticoagulante em crianças. Descrição do caso: Em novembro de 2015, uma criança de 5 kg (36 semanas, pré termo) foi admitida no pronto atendimento por status epilepticus e febre. Diazepam, fenitoína e ceftriaxona foram prescritos inicialmente. A pesquisa no líquor revelou presença de sete leucócitos, 150 mg/dL de proteínas, 1 mg/dL de glucose e cocos Gram positivos. Em tomografia de crânio, foram observados sinais hipodensos em cerebelo, lobo temporal e núcleos de base à esquerda, sugerindo vasculite infecciosa por meningite pneumocócica. Após o quadro agudo da encefalite, a criança desenvolveu uma trombose e necessitou de anticoagulação com enoxaparina e, posteriormente, com varfarina. Dez dias de tratamento com o segundo fármaco foram necessários para atingir relação normalizada internacional (RNI) terapêutica, tendo sido realizados cinco ajustes de dose desde a primeira prescrição de varfarina. Comentários: Os fatores de risco determinantes para necessidade de doses maiores de varfarina foram idade e uso de nutrição enteral. Fenobarbital e prednisona também podem ter contribuído para o uso de uma das maiores doses de varfarina já relatadas na literatura. A despeito da importância dos testes de polimorfismo genético, os pediatras devem estar atentos para identificar os fatores que contribuem para a prescrição de maiores doses de varfarina, de forma a minimizar os riscos de trombose, reduzindo os custos com internação e exames laboratoriais. |
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Okumura, Lucas MiyakeNegretto, Giovanna WebsterCarvalho, Clarissa Gutierrez2018-07-28T02:46:29Z20170103-0582http://hdl.handle.net/10183/180772001058887Objetivo: Descreve se uma criança do sexo feminino, com quatro meses de idade, que necessitou de varfarina 0.7 mg/kg/dia (5 mg). Discutem se os fatores de risco clinicamente relevantes para prescrição de altas doses do anticoagulante em crianças. Descrição do caso: Em novembro de 2015, uma criança de 5 kg (36 semanas, pré termo) foi admitida no pronto atendimento por status epilepticus e febre. Diazepam, fenitoína e ceftriaxona foram prescritos inicialmente. A pesquisa no líquor revelou presença de sete leucócitos, 150 mg/dL de proteínas, 1 mg/dL de glucose e cocos Gram positivos. Em tomografia de crânio, foram observados sinais hipodensos em cerebelo, lobo temporal e núcleos de base à esquerda, sugerindo vasculite infecciosa por meningite pneumocócica. Após o quadro agudo da encefalite, a criança desenvolveu uma trombose e necessitou de anticoagulação com enoxaparina e, posteriormente, com varfarina. Dez dias de tratamento com o segundo fármaco foram necessários para atingir relação normalizada internacional (RNI) terapêutica, tendo sido realizados cinco ajustes de dose desde a primeira prescrição de varfarina. Comentários: Os fatores de risco determinantes para necessidade de doses maiores de varfarina foram idade e uso de nutrição enteral. Fenobarbital e prednisona também podem ter contribuído para o uso de uma das maiores doses de varfarina já relatadas na literatura. A despeito da importância dos testes de polimorfismo genético, os pediatras devem estar atentos para identificar os fatores que contribuem para a prescrição de maiores doses de varfarina, de forma a minimizar os riscos de trombose, reduzindo os custos com internação e exames laboratoriais.Objective: To report a case of a 4‑month old girl that required 0.7 mg/kg/day (5 mg) of warfarin and discuss relevant risk factors for requiring higher doses. Case Description: In November 2015, a 5 kg female infant (36‑week preterm) was admitted to the hospital due to status epilepticus and fever. Diazepam, phenytoin and ceftriaxone were prescribed. Cerebrospinal fluid contained 7 leukocytes, 150 mg/dL proteins, 1 mg/dL glucose and gram positive cocci were observed. Cranial tomography suggested hypodense signs in the cerebellum, right temporal lobe and left basal nuclei, which was consistent with pneumococcal meningitis‑induced infectious vasculitis. She required low molecular weight heparin and warfarin for post‑encephalitis thrombosis. About 10 days were required to achieve therapeutic INR, and warfarin was adjusted five times since the initial prescription. Comments: The risk factors for higher warfarin doses were age and enteral tube feeding. Phenobarbital and prednisone might also have contributed with one of the highest warfarin dose ever reported. Despite current importance given to genetics testing, clinicians should attempt to identify common contributing factors for prolonged non‑therapeutic INR, to minimize the risk of coagulation, and to reduce costs of hospital stay and laboratory exams.application/pdfengRevista paulista de pediatria. São Paulo. Vol. 35, no. 4 (out./dez. 2017), p. 472-475VarfarinaLactenteTerapêutica com RNAiFatores de riscoWarfarinPediatricBleedingThrombosisChildDrug interactionsDose não usual de varfarina para alcançar RNI terapêutica em uma criança de quatro meses : fatores de risco não genéticos ainda são um desafioUnusual warfarin dose to achieve therapeutic INR in a 4-month old child: non-genetics risk factors are still a challengeinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001058887.pdfTexto completoapplication/pdf215083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/1/001058887.pdf33ee070103a8635ed895d5a1289529c8MD51001058887-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf211605http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/2/001058887-02.pdf0c9b01cda018d0b89073c0683ffaa319MD52TEXT001058887.pdf.txt001058887.pdf.txtExtracted Texttext/plain14567http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/3/001058887.pdf.txt403aa54cfbf25d0746378613015f0a77MD53001058887-02.pdf.txt001058887-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain13933http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/4/001058887-02.pdf.txta4b1f170c75c7f3523e99ea9358817a8MD54THUMBNAIL001058887.pdf.jpg001058887.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/5/001058887.pdf.jpg7e2f332b5d69008b8841652004c69ad3MD55001058887-02.pdf.jpg001058887-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2112http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180772/6/001058887-02.pdf.jpg060747be16511fd23ee396936fb7b033MD5610183/1807722023-11-23 04:35:29.167103oai:www.lume.ufrgs.br:10183/180772Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-11-23T06:35:29Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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