A defesa de uma presença : a disputa pela repatriação dos Mármores do Parthenon
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/177726 |
Resumo: | Este trabalho se propôs a investigar o caso da retirada dos Mármores do Parthenon da Acrópole, na Grécia. Levados para Londres, atualmente pertencem ao acervo do Museu Britânico. Analisa como se constroem os diferentes discursos sobre o valor de musealidade de uma mesma coleção, a partir da versão de duas instituições distintas - Museu Britânico e Museu da Acrópole - que com recorrência é evidenciada nos debates sobre repatriação do patrimônio cultural. O Museu Britânico, instituição que tem posse dos Mármores do Parthenon, elabora um discurso de defesa e de permanência desses objetos por relacioná-los a artefatos da cultura universalista, enquanto o Museu de Acrópole, instituição que reivindica o retorno das peças ao território grego, defende a presença da coleção como importante elemento nacional. A investigação centrou-se na metodologia de análise documental e bibliográfica, consultando fontes como livros, artigos, catálogos, site das intuições e filmes. Para o embasamento teórico conceitos como patrimônio cultural, musealidade, repatriação e réplicas contribuíram para estabelecer um diálogo com a produção de autores do campo da Museologia e do Patrimônio Cultural, a exemplo de André Desvallées e François Mairesse, Cristina Bruno, Ivo Maroevic, Krzysztof Pomian, Peter Burke, Waldisa Rússio Camargo Guarnieri, Tomislav Sola e Vasiliki Kynourgiopoulou O trabalho ressaltou a existência de um discurso de musealidade diferente sobre o mesmo acervo. As réplicas não foram evidenciadas como uma solução, mas um recurso para nações fora desta disputa utilizarem como elementos visuais didáticos nas exposições. Conclui que os processos de repatriação foram evidenciados mundialmente nos últimos 50 anos, eles são fruto de uma consciência da importância da cultura material de diversas culturas, que por anos sofreram com o colonialismo e domínio de outros países. Hoje, esses países e grupos sociais reivindicam junto a organizações mundiais, a partir da construção de políticas internacionais, o retorno de seu patrimônio cultural. |
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Pires, Kimberly Terrany AlvesFaria, Ana Carolina Gelmini de2018-05-10T02:30:56Z2018http://hdl.handle.net/10183/177726001062156Este trabalho se propôs a investigar o caso da retirada dos Mármores do Parthenon da Acrópole, na Grécia. Levados para Londres, atualmente pertencem ao acervo do Museu Britânico. Analisa como se constroem os diferentes discursos sobre o valor de musealidade de uma mesma coleção, a partir da versão de duas instituições distintas - Museu Britânico e Museu da Acrópole - que com recorrência é evidenciada nos debates sobre repatriação do patrimônio cultural. O Museu Britânico, instituição que tem posse dos Mármores do Parthenon, elabora um discurso de defesa e de permanência desses objetos por relacioná-los a artefatos da cultura universalista, enquanto o Museu de Acrópole, instituição que reivindica o retorno das peças ao território grego, defende a presença da coleção como importante elemento nacional. A investigação centrou-se na metodologia de análise documental e bibliográfica, consultando fontes como livros, artigos, catálogos, site das intuições e filmes. Para o embasamento teórico conceitos como patrimônio cultural, musealidade, repatriação e réplicas contribuíram para estabelecer um diálogo com a produção de autores do campo da Museologia e do Patrimônio Cultural, a exemplo de André Desvallées e François Mairesse, Cristina Bruno, Ivo Maroevic, Krzysztof Pomian, Peter Burke, Waldisa Rússio Camargo Guarnieri, Tomislav Sola e Vasiliki Kynourgiopoulou O trabalho ressaltou a existência de um discurso de musealidade diferente sobre o mesmo acervo. As réplicas não foram evidenciadas como uma solução, mas um recurso para nações fora desta disputa utilizarem como elementos visuais didáticos nas exposições. Conclui que os processos de repatriação foram evidenciados mundialmente nos últimos 50 anos, eles são fruto de uma consciência da importância da cultura material de diversas culturas, que por anos sofreram com o colonialismo e domínio de outros países. Hoje, esses países e grupos sociais reivindicam junto a organizações mundiais, a partir da construção de políticas internacionais, o retorno de seu patrimônio cultural.This work proposed to investigate the Parthenon Marbles removal case, from the Acropolis, Greece. Taken to London, nowadays they belong to the British Museum's acquis. It Analyses how different discourses are built over the museality value of one collection, starting form the versions of two distinct institutions - The British Museum and Acropolis Museum - that with recurrence is emphazised in the debates about repatriation of cultural heritage. The British Museum, institution that possesses the Parthenon Marbles, elaborates a decourse of defense and permanance of those objects relating them to universalist culture artifacts, while the Acropolis Museum, institution that claims the return of the pieces to greek land, defends the collection presence as important national symbol. The investigation focused on methodology of documental and bibliographic analysis, consulting sources as books, articles, catalogues, institutional websites, advertisement campaigns and movies. For the theoretical basis concepts as cultural heritage, museality, repatriation and replication contributed to stablish a dialogue with the production Museology and Cultural Heritage authors, for exemplo André Desvallées and François Mairesse, Cristina Bruno, Ivo Marovic, Krzysztof Pomiam, Peter Burke, Waldisa Rússio Camargo Guarnieri, Tomislav Sola and Vasiliki Kynourgiopoulou. The work reinforced the existence of different museality discourses about the same collection, The replies were not revealed as a solution, but a resource for nations out of this dispute using as didactic visual elements on expositions. It concludes that the repatriation processes were worldwide enphazised in the last fifty years, they are the results of a awareness over the importance of material cultural of various cultures, that for years suffered with colonialism and other countries domain. Today, those countries and social groups claim along global organizations, from the construction of international policies, the return of their cultural heritage.application/pdfporPatrimônio culturalGréciaInglaterraParthenon MarblesRepatriationAcropolis MuseumBritish MuseumMusealityA defesa de uma presença : a disputa pela repatriação dos Mármores do Parthenoninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2018Museologia: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001062156.pdf001062156.pdfTexto completoapplication/pdf2662053http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177726/1/001062156.pdfc9f91fd7f0ec48ac1c1fba1bcf625f40MD51TEXT001062156.pdf.txt001062156.pdf.txtExtracted Texttext/plain179343http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177726/2/001062156.pdf.txt08e831376a6522b3c6f71646f4421052MD5210183/1777262018-05-18 02:27:47.070274oai:www.lume.ufrgs.br:10183/177726Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-05-18T05:27:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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