Diagnóstico ambiental do estuário do rio Tramandaí, litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camargo, Yuri Roberto Roxo de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Dal Forno, Marlise Amália Reinehr, Dorneles, Dandara Rodrigues, Frainer, Guilherme, Ilha, Elisa Berlitz, Rigon, Camila Thiesen, Santos, Mauricio Lang dos, Serpa, Nathalia Barbosa, Simas, Tanussa Pereira, Carlos, Caio José, Moreno, Ignacio Maria Benites
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/224161
Resumo: A finalidade deste trabalho foi desenvolver um diagnóstico ambiental dos atores sociais e da fauna de vertebrados do estuário do rio Tramandaí, Rio Grande do Sul, Brasil. Esse diagnóstico foi elaborado a partir de (1) entrevistas com atores sociais e monitoramen-to das atividades antrópicas, (2) inventariamento da ictiofauna, avifauna e mastofauna e (3) monitoramento da população de botos-de-Lahille (Tursiops gephyreus). Os atores sociais identificados incluem, em sua maioria, residentes dos municípios que compõem o estuário (Imbé e Tramandaí) e da região metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado. Diferentes formas de uso foram registradas, sendo as atividades de lazer e a pesca amadora e profissio-nal as mais frequentes. Foram registradas sete espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção: duas de peixes (Genidens barbus e Pogonias courbina), três de aves (Sterna hirundinacea, Thalasseus acuflavidus e Thalasseus maximus) e duas de mamíferos (Tursiops gephyreus e Ctenomys flamarioni). No estuário do rio Tramandaí, a ocupação humana desordenada resulta em uma série de impactos ambientais, tais como poluição, in-trodução de espécies invasoras, perda de habitat, ameaça à existência de espécies e de práti-cas culturais. Nesse sentido, propõe-se como prioridades de conservação: a pesca cooperati-va entre botos e pescadores artesanais, a tainha (Mugil liza) e as aves migratórias. O diálogo entre tomadores de decisão, cientistas e atores sociais do estuário do rio Tramandaí é funda-mental para a definição de políticas públicas para a conservação da biodiversidade da região.
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