Direito de morte e poder sobre a vida : saberes para o governo dos corpos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cordeiro, Franciele Roberta
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Kruse, Maria Henriqueta Luce
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/150361
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o modo como a mídia articula e posiciona os saberes envolvidos no processo de morte e morrer. Trata-se de uma pesquisa documental, inserida no campo dos estudos culturais, na vertente pós-estruturalista, cujo material empírico se constituiu em dez reportagens publicadas nas revistas Época e Veja, entre os anos 2000 e 2012. Para delimitar o corpus de análise, foi realizado um mapeamento discursivo pelo software ATLAS.ti, e os achados foram submetidos à análise do discurso de inspiração foucaultiana. Nas reportagens, a enfermagem apareceu atrelada aos cuidados com o corpo e com procedimentos técnicos, o que levou à conclusão de que a mídia constrói a imagem dos profissionais, conforme os atributos históricos ligados às profissões. Evidenciou-se que os saberes da medicina e jurídicos estão autorizados a ensinar os sujeitos a decidirem e planejarem a morte. São traçadas relações de poder/saber que legitimam os discursos sobre a produção de uma morte singularizada, a qual deve ser proporcionada pelos sujeitos, mediante um expert da saúde.
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