Desfechos maternos de gestantes com espectro da placenta acreta tratadas com cirurgia conservadora do útero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272542 |
Resumo: | Introdução: Espectro da placenta acreta (EPA) é uma condição patológica na qual a placenta adere ou invade o miométrio de forma anômala. O EPA tem alto risco de complicações, principalmente sangramento periparto, que pode estar associado a diversos desfechos adversos maternos, inclusive morte. Diferentes abordagens cirúrgicas podem ser utilizadas de acordo com o grau de invasão do EPA, incluindo cesariana com realização de histerectomia e técnicas cirúrgicas conservadoras do útero. Objetivo: Comparar os desfechos maternos de mulheres com EPA manejadas por meio de cirurgia conservadora com os casos em que foi realizada histerectomia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Metodologia: Este trabalho é uma coorte retrospectiva que incluiu todos os casos de EPA manejados no HCPA entre janeiro de 2016 e dezembro de 2023. Foram analisados os desfechos maternos de cada caso. Resultados: Foram incluídas 57 gestantes diagnosticadas com EPA. 34 casos foram manejados com histerectomia e 23 com técnicas conservadoras do útero. Cerca de 60% dos casos em que foi realizada histerectomia foram classificados placenta increta ou percreta, enquanto mais de 80% das mulheres submetidas a cirurgia conservadora do útero apresentaram placenta increta. 50% das gestantes que realizaram histerectomia necessitaram de transfusão de hemocomponentes, contra apenas 17,4% das do grupo conservador. A mediana do número de concentrados de hemácias transfundidos no grupo que realizou e no que não realizou histerectomia foi de 2 e 1, respectivamente, sendo o valor p no limite da significância estatística. Discussão: O manejo conservador, incluindo cirurgias com técnicas com preservação do útero, parece ser uma boa alternativa ao tratamento do EPA com histerectomia, podendo estar associado a menores taxas de transfusão sanguínea e outras complicações. Conclusão: Os resultados deste trabalho são condizentes com os dados relatados na literatura, mostrando melhores desfechos em mulheres que realizaram cirurgia com técnica conservadora do útero em relação às que foram submetidas à histerectomia. |
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