Investigação da associação entre o polimorfismo rs9450278 do gene NT5e (CD73) e a resposta ao metotrexato em pacientes com artrite reumatoide
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/216003 |
Resumo: | Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por sinovite, inflamação crônica e comprometimento de articulações. O medicamento de primeira escolha é metotrexato (MTX), antimetabólito sintético percentente a classe das drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARDs), que possui alta eficácia e baixo custo, porém com alta toxicidade em alguns pacientes. Esse medicamento eleva a produção de adenosina extracelular, de caráter anti-inflamatório, regulando a ação da enzima ecto-5’-nucleotidase (NT5E), também conhecida como CD73. A fim de encontrar marcadores genéticos para predição de resposta clínica à terapia com MTX em pacientes com AR, foi realizada uma comparação entre presença de toxicidade no tratamento com MTX em pacientes com AR e do polimorfismo denominado rs9450278 no gene NT5E, utilizando um banco de amostras préestabelecido, dos qual foram selecionadas 216 amostras contendo informações de toxicidade ao MTX. As amostras de DNA foram amplificadas através da técnica de PCR-RFLP e clivadas com BamHI. A leitura dos fragmentos foi realizada em gel de agarose corado com brometo de etídio. As frequências genotípicas e alélicas da região flanqueadora do SNP rs9450278 foram comparadas entre respondedores e não respondedores ao tratamento com MTX utilizando testes de distribuição qui-quadrado e teste exato de Fisher, respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas das frequências genotípicas e alélicas entre os grupos, sugerindo ausência de associação entre efeitos adversos decorrentes do tratamento com MTX e o polimorfismo de NT5E em estudo. Foi observada uma associação entre o polimorfismo e duas manifestações extra-articulares dos pacientes, em específico vasculite (pcorr = 0,004) e pneumopatia (pcorr = 0,007). Os resultados obtidos sugerem ausência de associação entre efeitos adversos ao MTX e o genótipo do polimorfismo em NT5E, embora não descartem um possível envolvimento de polimorfismos nesse gene à resposta terapêutica do tratamento com MTX. A associação observada do polimorfismo com vasculite corrobora estudos anteriores que observaram associação entre polimorfismos no gene NT5E e doenças com comprometimento vascular, o que enseja investigações futuras do envolvimento desse gene em outras doenças autoimunes com comprometimento vascular, bem como em outros tipos de vasculopatias. |
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Faccin, Dessander GarciaVeit, Tiago Degani2020-12-01T04:09:08Z2019http://hdl.handle.net/10183/216003001119818Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por sinovite, inflamação crônica e comprometimento de articulações. O medicamento de primeira escolha é metotrexato (MTX), antimetabólito sintético percentente a classe das drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARDs), que possui alta eficácia e baixo custo, porém com alta toxicidade em alguns pacientes. Esse medicamento eleva a produção de adenosina extracelular, de caráter anti-inflamatório, regulando a ação da enzima ecto-5’-nucleotidase (NT5E), também conhecida como CD73. A fim de encontrar marcadores genéticos para predição de resposta clínica à terapia com MTX em pacientes com AR, foi realizada uma comparação entre presença de toxicidade no tratamento com MTX em pacientes com AR e do polimorfismo denominado rs9450278 no gene NT5E, utilizando um banco de amostras préestabelecido, dos qual foram selecionadas 216 amostras contendo informações de toxicidade ao MTX. As amostras de DNA foram amplificadas através da técnica de PCR-RFLP e clivadas com BamHI. A leitura dos fragmentos foi realizada em gel de agarose corado com brometo de etídio. As frequências genotípicas e alélicas da região flanqueadora do SNP rs9450278 foram comparadas entre respondedores e não respondedores ao tratamento com MTX utilizando testes de distribuição qui-quadrado e teste exato de Fisher, respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas das frequências genotípicas e alélicas entre os grupos, sugerindo ausência de associação entre efeitos adversos decorrentes do tratamento com MTX e o polimorfismo de NT5E em estudo. Foi observada uma associação entre o polimorfismo e duas manifestações extra-articulares dos pacientes, em específico vasculite (pcorr = 0,004) e pneumopatia (pcorr = 0,007). Os resultados obtidos sugerem ausência de associação entre efeitos adversos ao MTX e o genótipo do polimorfismo em NT5E, embora não descartem um possível envolvimento de polimorfismos nesse gene à resposta terapêutica do tratamento com MTX. A associação observada do polimorfismo com vasculite corrobora estudos anteriores que observaram associação entre polimorfismos no gene NT5E e doenças com comprometimento vascular, o que enseja investigações futuras do envolvimento desse gene em outras doenças autoimunes com comprometimento vascular, bem como em outros tipos de vasculopatias.Rheumatoid arthritis (RA) is an autoimmune disease characterized by synovitis, chronic inflammation and joint impairment. The first-line medication is methotrexate (MTX), a synthetic antimetabolite drug belonging to the disease-modifying antirheumatic drugs (DMARDs) class, which have high effectiveness and low cost, however it has high toxicity in some patients. This medication raises production of extracellular adenosine, antiinflammatory, regulating the action of the enzyme ecto-5’-nucleotidase (NT5E), also known as CD73. In order to find genetic markers for predicting clinical response to MTX in RA patients, a comparison was performed between the presence of toxicity of MTX treatment in RA patients and the rs9450278 polymorphism in the NT5E gene using a pre-established sample bank from which 216 samples containing MTX toxicity information were selected. DNA samples were amplified by PCR-RFLP technique and cleaved with BamHI. Fragments were read on ethidium bromide stained agarose gel. The genotypic and allelic frequencies of the rs9450278 SNP flanking region were compared between responders and non-responders to MTX treatment using chi-square distribution and Fisher's exact tests, respectively. No significant differences in genotypic and allelic frequencies were observed between the groups, suggesting no association between adverse effects resulting from MTX treatment and NT5E polymorphism under study. There was an association between polymorphism and two extraarticular manifestations of patients, in specific vasculitis (pcorr = 0.004) and lung disease (pcorr = 0.007). The results suggest no association between MTX adverse effects and the NT5E polymorphism genotype, although they do not rule out a possible involvement of MTX polymorphisms in the therapeutic response of MTX treatment. The observed association of polymorphism with vasculitis corroborates previous studies that observed an association between polymorphisms in NT5E gene and diseases with vascular involvement, which leads to future investigations of the involvement of this gene in other autoimmune diseases with vascular involvement, as well as other types of vasculopathies.application/pdfporArtrite reumatóideMetotrexato : Toxicidade5'-nucleotidaseAdenosinaPolimorfismo genéticoVasculite reumatoideRheumatoid arthritisMethotrexateEcto-5’-nucleotidaseCD73AdenosinePolymorphismVasculitisInvestigação da associação entre o polimorfismo rs9450278 do gene NT5e (CD73) e a resposta ao metotrexato em pacientes com artrite reumatoideinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2019Biomedicinagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001119818.pdf.txt001119818.pdf.txtExtracted Texttext/plain123226http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216003/2/001119818.pdf.txte0379312db00e3348ea42abb1a550ff2MD52ORIGINAL001119818.pdfTexto completoapplication/pdf861218http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216003/1/001119818.pdffb7fa46c169777a538c47e5c560e062cMD5110183/2160032021-05-07 04:41:10.30963oai:www.lume.ufrgs.br:10183/216003Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:41:10Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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