Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Álvares-da-Silva, Mário Reis
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: Waechter, Fabio Luiz, Fonseca, Deise, Traiber, Cristiane, Zignani, Juliana Machado, Sampaio, Jose Artur, Pinto, Rinaldo Danesi, Barros, Elvino José Guardão, Thomé, Fernando Saldanha, Francisconi, Carlos Fernando de Magalhães
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/164669
Resumo: OBJETIVO: A prevalência e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA nos pacientes submetidos a transplante no Hospital de Clínicas de Porto Älegre (HCPA) no período de setembro/96 a setembro/98. PACIENTES E MÉTODOS: Foram comparados os pacientes que desenvolveram IRA (grupo 1) com os que não desenvolveram (grupo 2). Foram analisados no préoperatório: etiologia da isuficiência hepática, classificação de Child-Pugh, diabete melito (DM) e nível de creatinina; no trans-operatório: tempo de isquemia quente, tempo cirúrgico, tempo de anestesia, unidades de concentrado de hemácias (CHAD), tipo de anastomose porto-cava; e no pós-operatório: níveis de creatinina, infecções, necessidades de diálise, permanência na unidade de tratamento intensivo (UTI), níveis de ciclosporina, reintervenções e mortalidade. Todos os dados foram avaliados nos primeiros 7 dias de pós-operatório, com exceção de insuficiência renal crônica e mortalidade avaliados por 3 meses. RESULTADOS: A prevalência de IRA foi elevada, sendo de aproximadamente 49%. Verificamos que a presença de DM prévia (P = 0,03), unidades de CHAD utilizados no trans-operatório (p = 0,046), o tempo de internação na UTI (P = 0,001), técnica cirúrgica (P = 0,04) e necessidade de reintervenção cirúrgica (P = 0,02) estiveram associados significativamente com o desenvolvimento de IRA no pós-operatório de TxH em nossa amostra. Os pacientes que desenvolveram IRA apresentaram uma significativa mortalidade (P = 0,02). Concluímos que a IRA é uma causa significativa de mortalidade nos pacientes submetidos à transplante hepático estando associada a múltiplos fatores de risco.
id UFRGS-2_34f6fe258ef7757deb55c3c451da2b96
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164669
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Álvares-da-Silva, Mário ReisWaechter, Fabio LuizFonseca, DeiseTraiber, CristianeZignani, Juliana MachadoSampaio, Jose ArturPinto, Rinaldo DanesiBarros, Elvino José GuardãoThomé, Fernando SaldanhaFrancisconi, Carlos Fernando de Magalhães2017-08-02T02:40:15Z19980101-5575http://hdl.handle.net/10183/164669000240748OBJETIVO: A prevalência e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA nos pacientes submetidos a transplante no Hospital de Clínicas de Porto Älegre (HCPA) no período de setembro/96 a setembro/98. PACIENTES E MÉTODOS: Foram comparados os pacientes que desenvolveram IRA (grupo 1) com os que não desenvolveram (grupo 2). Foram analisados no préoperatório: etiologia da isuficiência hepática, classificação de Child-Pugh, diabete melito (DM) e nível de creatinina; no trans-operatório: tempo de isquemia quente, tempo cirúrgico, tempo de anestesia, unidades de concentrado de hemácias (CHAD), tipo de anastomose porto-cava; e no pós-operatório: níveis de creatinina, infecções, necessidades de diálise, permanência na unidade de tratamento intensivo (UTI), níveis de ciclosporina, reintervenções e mortalidade. Todos os dados foram avaliados nos primeiros 7 dias de pós-operatório, com exceção de insuficiência renal crônica e mortalidade avaliados por 3 meses. RESULTADOS: A prevalência de IRA foi elevada, sendo de aproximadamente 49%. Verificamos que a presença de DM prévia (P = 0,03), unidades de CHAD utilizados no trans-operatório (p = 0,046), o tempo de internação na UTI (P = 0,001), técnica cirúrgica (P = 0,04) e necessidade de reintervenção cirúrgica (P = 0,02) estiveram associados significativamente com o desenvolvimento de IRA no pós-operatório de TxH em nossa amostra. Os pacientes que desenvolveram IRA apresentaram uma significativa mortalidade (P = 0,02). Concluímos que a IRA é uma causa significativa de mortalidade nos pacientes submetidos à transplante hepático estando associada a múltiplos fatores de risco.OBJECTIVE: To evaluate the prevalence and the risk factors associated to the development of acute renal failure in patients submitted to liver transplant, at Hospital de Clínicas de Porto Alegre from September 1996 to September 1998. PATIENTS AND METHODS: 36 patients that developed acute renal failure after liver transplant (group 1) were compared to those who did not develop acute renal failure after liver transplant (group 2). The following factors were analyzed prior to surgery: etiology of the renal failure, classification of Child-Pugh, diabetes mellitus, and creatinine levels; during surgery: duration of warm ischemia, duration of surgery, duration of anesthesia; CHAD type of portocaval anastomosis; and after surgery: creatinine levels, infections, need for dialysis, duration of stay at the intensive care unit, cyclosporine levels, need for another intervention, and mortality. All data were evaluated during the first 7 days after surgery, with the exception of chronic renal failure and mortality, which were evaluated during a 3-month period. RESULTS: The prevalence of acute renal failure was high (approximately 49%). The presence of previous diabetes mellitus (P=0.03), the CHAD units used during surgery (P=0.046), the duration of stay at the intensive care unit (P=0.01), the surgical technique (P=0,04), and the need for another intervention (P=0.02), were all significantly associated to the development of acute renal failure after liver transplant in our sample. There was a significant level of mortality among patients that developed acute renal failure (P=0.02). CONCLUSIONS: We concluded that acute renal failure is a significant cause of mortality among patients submitted to hepatic transplant when associated to multiple risk factors.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 18, n. 3 (dez. 1998), p. 269-275Transplante de rimInsuficiência renal agudaAcute renal failureHepatic transplantFatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepáticoFactors associated to acute renal failure after hepatic transplant info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000240748.pdf000240748.pdfTexto completoapplication/pdf30435http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/1/000240748.pdf95c503eb67b614306bcbf421353aab20MD51TEXT000240748.pdf.txt000240748.pdf.txtExtracted Texttext/plain21294http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/2/000240748.pdf.txt2fdac8f9e962cb1450bc401daff71b41MD52THUMBNAIL000240748.pdf.jpg000240748.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1934http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/3/000240748.pdf.jpg562cc893d93e5576b9c751ff5ca1fc9fMD5310183/1646692021-05-26 04:28:59.976047oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164669Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-26T07:28:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Factors associated to acute renal failure after hepatic transplant
title Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
spellingShingle Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
Álvares-da-Silva, Mário Reis
Transplante de rim
Insuficiência renal aguda
Acute renal failure
Hepatic transplant
title_short Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
title_full Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
title_fullStr Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
title_full_unstemmed Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
title_sort Fatores associados à insuficiência renal aguda pós-transplante hepático
author Álvares-da-Silva, Mário Reis
author_facet Álvares-da-Silva, Mário Reis
Waechter, Fabio Luiz
Fonseca, Deise
Traiber, Cristiane
Zignani, Juliana Machado
Sampaio, Jose Artur
Pinto, Rinaldo Danesi
Barros, Elvino José Guardão
Thomé, Fernando Saldanha
Francisconi, Carlos Fernando de Magalhães
author_role author
author2 Waechter, Fabio Luiz
Fonseca, Deise
Traiber, Cristiane
Zignani, Juliana Machado
Sampaio, Jose Artur
Pinto, Rinaldo Danesi
Barros, Elvino José Guardão
Thomé, Fernando Saldanha
Francisconi, Carlos Fernando de Magalhães
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Álvares-da-Silva, Mário Reis
Waechter, Fabio Luiz
Fonseca, Deise
Traiber, Cristiane
Zignani, Juliana Machado
Sampaio, Jose Artur
Pinto, Rinaldo Danesi
Barros, Elvino José Guardão
Thomé, Fernando Saldanha
Francisconi, Carlos Fernando de Magalhães
dc.subject.por.fl_str_mv Transplante de rim
Insuficiência renal aguda
topic Transplante de rim
Insuficiência renal aguda
Acute renal failure
Hepatic transplant
dc.subject.eng.fl_str_mv Acute renal failure
Hepatic transplant
description OBJETIVO: A prevalência e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA nos pacientes submetidos a transplante no Hospital de Clínicas de Porto Älegre (HCPA) no período de setembro/96 a setembro/98. PACIENTES E MÉTODOS: Foram comparados os pacientes que desenvolveram IRA (grupo 1) com os que não desenvolveram (grupo 2). Foram analisados no préoperatório: etiologia da isuficiência hepática, classificação de Child-Pugh, diabete melito (DM) e nível de creatinina; no trans-operatório: tempo de isquemia quente, tempo cirúrgico, tempo de anestesia, unidades de concentrado de hemácias (CHAD), tipo de anastomose porto-cava; e no pós-operatório: níveis de creatinina, infecções, necessidades de diálise, permanência na unidade de tratamento intensivo (UTI), níveis de ciclosporina, reintervenções e mortalidade. Todos os dados foram avaliados nos primeiros 7 dias de pós-operatório, com exceção de insuficiência renal crônica e mortalidade avaliados por 3 meses. RESULTADOS: A prevalência de IRA foi elevada, sendo de aproximadamente 49%. Verificamos que a presença de DM prévia (P = 0,03), unidades de CHAD utilizados no trans-operatório (p = 0,046), o tempo de internação na UTI (P = 0,001), técnica cirúrgica (P = 0,04) e necessidade de reintervenção cirúrgica (P = 0,02) estiveram associados significativamente com o desenvolvimento de IRA no pós-operatório de TxH em nossa amostra. Os pacientes que desenvolveram IRA apresentaram uma significativa mortalidade (P = 0,02). Concluímos que a IRA é uma causa significativa de mortalidade nos pacientes submetidos à transplante hepático estando associada a múltiplos fatores de risco.
publishDate 1998
dc.date.issued.fl_str_mv 1998
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-08-02T02:40:15Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/164669
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0101-5575
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000240748
identifier_str_mv 0101-5575
000240748
url http://hdl.handle.net/10183/164669
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 18, n. 3 (dez. 1998), p. 269-275
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/1/000240748.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/2/000240748.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164669/3/000240748.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 95c503eb67b614306bcbf421353aab20
2fdac8f9e962cb1450bc401daff71b41
562cc893d93e5576b9c751ff5ca1fc9f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447639150297088