Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto, Shayze da Rosa
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/270671
Resumo: Objetivo: Verificar a associação entre raça/cor e o acesso a serviços de reabilitação por sobreviventes de acidente vascular encefálico (AVE). Métodos: Estudo transversal de base populacional, utilizando dados coletados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Participaram do estudo 966 adultos (≥ 18 anos), respondentes do questionário individual da PNS, que sobreviveram ao AVE. A exposição (raça/cor) foi coletada de modo autodeclarado e categorizada como negro (incluindo pretos e pardos), branco e outros (incluindo indígenas, amarelos e outros). O desfecho, acesso à reabilitação pós-AVE, foi obtido de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico e limitação pós-AVE foram utilizadas como ajuste. A análise descritiva dos dados foi apresentada com frequências absoluta e relativa. O modelo de regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizado para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Resultados: Dos 966 participantes, 50,4% eram negros, 48,2% eram brancos e 1,4% foram categorizados como “outros”. Na amostra total, apenas 20,0% relataram ter acesso à reabilitação pós-AVE, sendo que os brancos (22,0%) tem mais acesso, seguido dos negros (17,2%) e de outros (0,9%). Com relação à dificuldade no acesso à reabilitação, a maior estimativa foi encontrada na categoria outros (RP=1,27, IC95%1,24-1,29) e negros (RP=1,06, IC95%1,04-1,08), respectivamente, quando comparados à categoria brancos. Conclusão: Pessoas autodeclaradas como negras e como outras (indígenas, amarela e outra) têm mais dificuldade em ter acesso à reabilitação pós-AVE quando comparados com pessoas autodeclaradas brancas, apontando disparidade raciais na reabilitação em sobreviventes do AVE.
id UFRGS-2_360bf471b74bf2e2ad6682b2a04439f3
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/270671
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Souto, Shayze da RosaGoulart, Bárbara Niegia Garcia deAnderle, Paula2024-01-04T03:29:32Z2019http://hdl.handle.net/10183/270671001112392Objetivo: Verificar a associação entre raça/cor e o acesso a serviços de reabilitação por sobreviventes de acidente vascular encefálico (AVE). Métodos: Estudo transversal de base populacional, utilizando dados coletados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Participaram do estudo 966 adultos (≥ 18 anos), respondentes do questionário individual da PNS, que sobreviveram ao AVE. A exposição (raça/cor) foi coletada de modo autodeclarado e categorizada como negro (incluindo pretos e pardos), branco e outros (incluindo indígenas, amarelos e outros). O desfecho, acesso à reabilitação pós-AVE, foi obtido de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico e limitação pós-AVE foram utilizadas como ajuste. A análise descritiva dos dados foi apresentada com frequências absoluta e relativa. O modelo de regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizado para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Resultados: Dos 966 participantes, 50,4% eram negros, 48,2% eram brancos e 1,4% foram categorizados como “outros”. Na amostra total, apenas 20,0% relataram ter acesso à reabilitação pós-AVE, sendo que os brancos (22,0%) tem mais acesso, seguido dos negros (17,2%) e de outros (0,9%). Com relação à dificuldade no acesso à reabilitação, a maior estimativa foi encontrada na categoria outros (RP=1,27, IC95%1,24-1,29) e negros (RP=1,06, IC95%1,04-1,08), respectivamente, quando comparados à categoria brancos. Conclusão: Pessoas autodeclaradas como negras e como outras (indígenas, amarela e outra) têm mais dificuldade em ter acesso à reabilitação pós-AVE quando comparados com pessoas autodeclaradas brancas, apontando disparidade raciais na reabilitação em sobreviventes do AVE.Objective: To examine the correlation between racial and ethnic identity and the accessibility to post-stroke rehabilitation services. Methods: This research utilized population-based cross-sectional analysis to evaluate data collected from the 2013 National Health Survey (PNS). 966 stroke survivors (over the age of 18) voluntarily participated in the 2013 PNS individual questionnaire, where the applicants have the option to report their racial and ethnic identity. In the survey, subjects are generalized into black (including black and brown), white, and other (including indigenous, yellow and other). Sociodemographic variables, clinical history, and post-stroke limitations were taken into consideration during the evaluation. Furthermore, descriptive data analysis was presented with absolute and relative frequencies. The Poisson regression model with robust variance estimation was used to estimate the association in the crude and adjusted analyses. Results: The data show of the 966 participants, 50,4% are black, 48,2% are white, and 1,4% were categorized as “other”. Furthermore, 20% of the participant reported having access to post-stroke rehabilitation. And for those who have access to the rehabilitation services, whites (22,0%) have more access, followed by blacks (17,2%) and others (0,9%). Regarding the difficulty in the accessibility of rehabilitation, the “other” category is the least likely to access the services (PR = 1,27, 95% CI1,24-1,29), followed by black (PR = 1,06, 95% CI 1,04-1,08), when compared to the white category. Conclusion: The study shows that people who identified as black and others (indigenous, yellow and other) have obvious disadvantages accessing post stroke rehabilitation.application/pdfporAcidente vascular cerebralReabilitaçãoFonoaudiologiaRaçaSaúdeDisparitiesRehabilitationRace/ColorAccessHealthStrokeDisparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2019Fonoaudiologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001112392.pdf.txt001112392.pdf.txtExtracted Texttext/plain51284http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/270671/2/001112392.pdf.txtffc80324dcf66ad3ff8e56f05f7adf40MD52ORIGINAL001112392.pdfTexto completoapplication/pdf753783http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/270671/1/001112392.pdfaa6ef5b78c747b0b166a356c8d43139cMD5110183/2706712024-01-05 04:23:33.78438oai:www.lume.ufrgs.br:10183/270671Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-05T06:23:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
title Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
spellingShingle Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
Souto, Shayze da Rosa
Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Fonoaudiologia
Raça
Saúde
Disparities
Rehabilitation
Race/Color
Access
Health
Stroke
title_short Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
title_full Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
title_fullStr Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
title_full_unstemmed Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
title_sort Disparidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular encefálico : estudo da população brasileira
author Souto, Shayze da Rosa
author_facet Souto, Shayze da Rosa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souto, Shayze da Rosa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Anderle, Paula
contributor_str_mv Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
Anderle, Paula
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Fonoaudiologia
Raça
Saúde
topic Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Fonoaudiologia
Raça
Saúde
Disparities
Rehabilitation
Race/Color
Access
Health
Stroke
dc.subject.eng.fl_str_mv Disparities
Rehabilitation
Race/Color
Access
Health
Stroke
description Objetivo: Verificar a associação entre raça/cor e o acesso a serviços de reabilitação por sobreviventes de acidente vascular encefálico (AVE). Métodos: Estudo transversal de base populacional, utilizando dados coletados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Participaram do estudo 966 adultos (≥ 18 anos), respondentes do questionário individual da PNS, que sobreviveram ao AVE. A exposição (raça/cor) foi coletada de modo autodeclarado e categorizada como negro (incluindo pretos e pardos), branco e outros (incluindo indígenas, amarelos e outros). O desfecho, acesso à reabilitação pós-AVE, foi obtido de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico e limitação pós-AVE foram utilizadas como ajuste. A análise descritiva dos dados foi apresentada com frequências absoluta e relativa. O modelo de regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizado para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Resultados: Dos 966 participantes, 50,4% eram negros, 48,2% eram brancos e 1,4% foram categorizados como “outros”. Na amostra total, apenas 20,0% relataram ter acesso à reabilitação pós-AVE, sendo que os brancos (22,0%) tem mais acesso, seguido dos negros (17,2%) e de outros (0,9%). Com relação à dificuldade no acesso à reabilitação, a maior estimativa foi encontrada na categoria outros (RP=1,27, IC95%1,24-1,29) e negros (RP=1,06, IC95%1,04-1,08), respectivamente, quando comparados à categoria brancos. Conclusão: Pessoas autodeclaradas como negras e como outras (indígenas, amarela e outra) têm mais dificuldade em ter acesso à reabilitação pós-AVE quando comparados com pessoas autodeclaradas brancas, apontando disparidade raciais na reabilitação em sobreviventes do AVE.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-01-04T03:29:32Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/270671
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001112392
url http://hdl.handle.net/10183/270671
identifier_str_mv 001112392
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/270671/2/001112392.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/270671/1/001112392.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv ffc80324dcf66ad3ff8e56f05f7adf40
aa6ef5b78c747b0b166a356c8d43139c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224673464156160