Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto, Shayze da Rosa
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Anderle, Paula, Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/262972
Resumo: O objetivo deste artigo é verificar a associação raça/cor e acesso a serviços de reabilitação pós-AVC. Estudo transversal de base populacional com 966 adultos (≥18 anos) pós-AVC, respondentes da Pesquisa Nacional de Saúde. Desfecho, acesso à reabilitação, e exposição (raça/cor) foram coletados de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico, plano de saúde e limitação pós-AVC foram considerados para o ajuste. Regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizada para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Da amostra total, 51,8% são autodeclarados negros ou outras raças, 61,4% demandam por reabilitação, sendo que apenas 20% têm acesso ao serviço de reabilitação. Dificuldade em acessar reabilitação foi referida por 57,5% dos autodeclarados amarelos ou indígenas, 43% dos negros, e 35,4% dos brancos. Na análise ajustada, negros têm 4% menos acesso à reabilitação se comparados com seus pares brancos (RP 1,04, IC95% 1,00-1,08). Pessoas da raça amarela ou indígena 17% menos acesso que brancos (RP 1,17, IC95% 1,13-1,20). No Brasil, autodeclarados negros, amarelos, indígenas e outros têm pior acesso à reabilitação pós-AVC quando comparados aos autodeclarados brancos, apontando iniquidades raciais na reabilitação em sobreviventes de AVC.
id UFRGS-2_8256d564665b5a5401cff8a64735ed38
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/262972
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Souto, Shayze da RosaAnderle, PaulaGoulart, Bárbara Niegia Garcia de2023-08-01T03:34:24Z20221413-8123http://hdl.handle.net/10183/262972001171639O objetivo deste artigo é verificar a associação raça/cor e acesso a serviços de reabilitação pós-AVC. Estudo transversal de base populacional com 966 adultos (≥18 anos) pós-AVC, respondentes da Pesquisa Nacional de Saúde. Desfecho, acesso à reabilitação, e exposição (raça/cor) foram coletados de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico, plano de saúde e limitação pós-AVC foram considerados para o ajuste. Regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizada para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Da amostra total, 51,8% são autodeclarados negros ou outras raças, 61,4% demandam por reabilitação, sendo que apenas 20% têm acesso ao serviço de reabilitação. Dificuldade em acessar reabilitação foi referida por 57,5% dos autodeclarados amarelos ou indígenas, 43% dos negros, e 35,4% dos brancos. Na análise ajustada, negros têm 4% menos acesso à reabilitação se comparados com seus pares brancos (RP 1,04, IC95% 1,00-1,08). Pessoas da raça amarela ou indígena 17% menos acesso que brancos (RP 1,17, IC95% 1,13-1,20). No Brasil, autodeclarados negros, amarelos, indígenas e outros têm pior acesso à reabilitação pós-AVC quando comparados aos autodeclarados brancos, apontando iniquidades raciais na reabilitação em sobreviventes de AVC.This article aims to verify the association between race/skin color and access to post-stroke rehabilitation services. It is a cross-sectional population-based study including 966 post-stroke adults (≥18 years) that responded to the National Health Survey (PNS). The outcome, access to rehabilitation, and exposure (race/skin color) were collected in a self-reported manner. Socio-demographic variables, clinical history, healthcare plan and post-stroke limitation were considered for the adjustment. Poisson regression with robust variance estimation was used to estimate the association in the crude and adjusted analyses. Based on the sample, 51.8% are self-declared black and 61.4% require rehabilitation, with only 20% having access to the rehabilitation service. Difficulty in accessing rehabilitation was reported by 57.5% of other self-declared races, 43% blacks, and 35.4% whites. In the adjusted analysis, 4% of self-declared black (PR 1.04, CI95%1.00-1.08) and 17% of self-declared yellow and indigenous (PR 1.17, IC95%1.13-1.20) have less access to rehabilitation than their white peers. In Brazil, self-declared black and yellow and indigenous people have worst access to post-stroke rehabilitation in comparison with self-declared white people, highlighting racial inequities in rehabilitation in stroke survivors.application/pdfporCiência & saúde coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 27, n. 5 (2022), p. 1919-1928Acidente vascular cerebralReabilitaçãoRacismoDeterminantes sociais da saúdeEthnic inequalityRehabilitationStrokeIniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileiraRacial inequalities in access to rehabilitation after a stroke : study of the Brazilian populationinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001171639.pdf.txt001171639.pdf.txtExtracted Texttext/plain0http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262972/2/001171639.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD52ORIGINAL001171639.pdfTexto completoapplication/pdf3595919http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262972/1/001171639.pdf4657f53ab1735a3c9c6a79f3c89a0d27MD5110183/2629722023-08-02 03:34:03.576503oai:www.lume.ufrgs.br:10183/262972Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-02T06:34:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Racial inequalities in access to rehabilitation after a stroke : study of the Brazilian population
title Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
spellingShingle Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
Souto, Shayze da Rosa
Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Racismo
Determinantes sociais da saúde
Ethnic inequality
Rehabilitation
Stroke
title_short Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
title_full Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
title_fullStr Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
title_full_unstemmed Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
title_sort Iniquidades raciais no acesso à reabilitação após acidente vascular cerebral : estudo da população brasileira
author Souto, Shayze da Rosa
author_facet Souto, Shayze da Rosa
Anderle, Paula
Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
author_role author
author2 Anderle, Paula
Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souto, Shayze da Rosa
Anderle, Paula
Goulart, Bárbara Niegia Garcia de
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Racismo
Determinantes sociais da saúde
topic Acidente vascular cerebral
Reabilitação
Racismo
Determinantes sociais da saúde
Ethnic inequality
Rehabilitation
Stroke
dc.subject.eng.fl_str_mv Ethnic inequality
Rehabilitation
Stroke
description O objetivo deste artigo é verificar a associação raça/cor e acesso a serviços de reabilitação pós-AVC. Estudo transversal de base populacional com 966 adultos (≥18 anos) pós-AVC, respondentes da Pesquisa Nacional de Saúde. Desfecho, acesso à reabilitação, e exposição (raça/cor) foram coletados de modo autorreferido. Variáveis sociodemográficas, histórico clínico, plano de saúde e limitação pós-AVC foram considerados para o ajuste. Regressão de Poisson com estimativa de variância robusta foi utilizada para estimar a associação nas análises bruta e ajustada. Da amostra total, 51,8% são autodeclarados negros ou outras raças, 61,4% demandam por reabilitação, sendo que apenas 20% têm acesso ao serviço de reabilitação. Dificuldade em acessar reabilitação foi referida por 57,5% dos autodeclarados amarelos ou indígenas, 43% dos negros, e 35,4% dos brancos. Na análise ajustada, negros têm 4% menos acesso à reabilitação se comparados com seus pares brancos (RP 1,04, IC95% 1,00-1,08). Pessoas da raça amarela ou indígena 17% menos acesso que brancos (RP 1,17, IC95% 1,13-1,20). No Brasil, autodeclarados negros, amarelos, indígenas e outros têm pior acesso à reabilitação pós-AVC quando comparados aos autodeclarados brancos, apontando iniquidades raciais na reabilitação em sobreviventes de AVC.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-01T03:34:24Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/262972
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1413-8123
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001171639
identifier_str_mv 1413-8123
001171639
url http://hdl.handle.net/10183/262972
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Ciência & saúde coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 27, n. 5 (2022), p. 1919-1928
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262972/2/001171639.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262972/1/001171639.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
4657f53ab1735a3c9c6a79f3c89a0d27
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225093845614592