Avaliação da Cistatina C como biomarcador precoce na detecção de nefropatia em pacientes com síndromes falciformes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238306 |
Resumo: | Introdução: As hemoglobinopatias constituem um grupo de alterações genéticas, sendo a doença falciforme a doença hereditária monogênica mais comum no Brasil. Dentro da variabilidade clínica nas síndromes falciformes, destaca-se o comprometimento renal que aparece ao longo do curso da doença pela ação da hemácia falcizada na microvasculatura renal. Os exames de função renal padrão como creatinina sérica e taxa de filtração glomerular apresentam-se alterados apenas quando o dano renal se torna extenso. Desta forma, novos biomarcadores laboratoriais que possam predizer o início da lesão são necessários para garantir intervenções precoces de modo a prevenir a progressão do dano. Objetivos: Buscamos avaliar o papel da Cistatina C como marcador precoce de lesão renal em pacientes com síndromes falciformes. Materiais e métodos: Foram analisados 48 pacientes diagnosticados com síndrome falciforme. A partir dos prontuários, foram avaliados alguns parâmetros hematológicos, bioquímicos e características clínicas dos pacientes. Além disso, a Cistatina C foi dosada no soro através do método de nefelometria. Resultados: Observou-se que a Cistatina C se correlacionou fracamente com os marcadores de anemia, hematócrito (r=-0,289) e hemoglobina (r=-0,328), bem como com os marcadores de função renal, depuração da creatinina endógena (r=-0,558) e creatinina (r=0,463). Não foi evidenciada diferença nos níveis de Cistatina C entre pacientes com níveis baixos e normais de creatinina. Conclusão: Neste trabalho evidenciamos a necessidade na busca de marcadores que forneçam informações precoces e precisas sobre eventuais perdas de função renal em pacientes com síndromes falciformes. Não evidenciamos, na amostra de pacientes avaliados, que a Cistatina C apresentasse capacidade de identificação de pacientes em estágios iniciais de lesão renal. Portanto, é imprescindível que esse biomarcador seja melhor estudado para estabelecer as suas vantagens e limitações, buscando-se uma população de pacientes em condições mais avançadas da doença e em início de quadros de crise hemolítica. |
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