Análise filogenética de Temnocephala Blanchard, 1849 (Platyhelminthes, Dalytyphloplanida) epibiontes em crustáceos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/142148 |
Resumo: | A infraordem Temnocephalida Blanchard, 1849 é composta por platelmintos epibiontes de água doce. Cada espécie de temnocefálido vive sobre uma espécie ou em um grupo de espécies de hospedeiros relacionados filogeneticamente, ou seja, com uma história evolutiva em comum. A maioria tem como hospedeiros crustáceos parastacídeos, e há um consenso de que estes foram, evolutivamente, seus hospedeiros primitivos. O gênero-tipo de Temnocephalidae, Temnocephala Blanchard, 1849, ocorre exclusivamente na região Neotropical. Grande parte dos trabalhos com Temnocephala incluem descrições de novas espécies e registros em novos grupos e espécies hospedeiras, mas muito pouco se sabe a respeito das relações filogenéticas entre as espécies do gênero. O deste trabalho é propor, através de análise cladística, uma hipótese para as relações de parentesco entre as espécies do gênero Temnocephala epibiontes em crustáceos e verificar se estas espécies formam um grupo monofilético. O material estudado pertence à Coleção Helmintológica do Departamento de Zoologia da UFRGS. Um total de 15 táxons terminais foram utilizados no presente estudo: oito espécies do gênero Temnocephala epbibiontes em crustáceos foram incluídas no grupo interno, e como grupos externos foram utilizadas outras espécies do gênero Temnocephala epibiontes em moluscos e quelônios. As árvores foram enraizadas em Diceratocephala boschmai Baer, 1953. Foram considerados na análise filogenética um total de 44 caracteres morfológicos, considerados como de igual peso. Os dados foram submetidos a uma análise de parcimônia por busca heurística. A análise resultou em uma única árvore mais parcimoniosa, com 97 passos, índice de consistência de 52% e índice de retenção de 62%. A árvore mostra que os representantes do gênero Temnocephala epibiontes em crustáceos não formam um grupo monofilético. Ou seja, durante a história evolutiva do grupo, a diversificação dessas espécies ocorreu de forma independente. A partir de um ancestral com hospedeiro parastacídeo houve, evolutivamente, a conquista de outros grupos hospedeiros e o retorno para hospedeiros parastacídeos, visto que existem espécies atuais epibiontes em crustáceos desta família. A análise filogenética mostrou também que as espécies epibiontes em quelônios formam um grupo monofilético. As espécies epibiontes em moluscos também ficaram reunidas em um clado, conforme outros estudos já haviam mostrado, mas um próximo passo para verificar a monofilia deste grupo de espécies é incluir nas análises a espécie Temnocephala euryhalina Seixas, Amato & Amato, 2015, até agora a única espécie do gênero epibionte em moluscos neritídeos e de hábito eurialino. |
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