Interseccionalidade na prática : a influência de gênero, raça e classe na carreira de mulheres negras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/225521 |
Resumo: | O fato de que mulheres ganham menos e estão menos presentes em cargos de chefia é evidenciado pelos dados quantitativos que mostram as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. E quando se trata de mulheres negras, os resultados são ainda piores. No período de escravidão, enquanto mulheres negras trabalhavam na mesma intensidade que os homens, as mulheres brancas lutavam pelo seu direito de trabalhar e ter as mesmas condições que o gênero oposto. Atualmente, as mulheres negras estão, em sua maior parte, exercendo empregos subalternos e ganhando menos do que homens e mulheres brancos, o que reflete diretamente na sua posição social. Desta forma, o estudo se propõe a descobrir de que forma as características de gênero, raça e classe influenciaram e influenciam a carreira de mulheres negras ao longo de suas vidas. Na etapa de coleta de dados, foram realizadas entrevistas qualitativas e temáticas com quatro mulheres negras, formadas, empregadas e oriundas de famílias de classes econômicas baixas, a partir de um roteiro estruturado, afim de conhecer suas histórias e seus contextos de vida, e, assim, identificar fatores ao longo de suas vidas que tenham influenciado a posição que elas se encontram hoje no mercado de trabalho. A análise de dados foi construída dialogando com as informações recolhidas nas histórias narradas pelas mulheres, com o referencial teórico baseado em livros e artigos de Angela Davis (2019), Silvio Almeida (2018), Carla Akotirene (2019), Jessé Souza (2019), entre outros. Foram percebidos quatro fatores de influência: a socialização familiar, escolha do curso e influências sociais; falta de oportunidades; estudo como forma de aprovação social; influência do racismo na saúde mental, na percepção de si mesmo e busca pela aceitação. Por fim, destaca-se o impacto pessoal da presente pesquisadora, causado durante a escrita deste trabalho diante da identificação com alguns relatos das entrevistadas e com a importância de ler a história negra sendo contada por negros. |
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Brasil, Thauany da SilveiraLopes, Fernanda Tarabal2021-08-11T04:47:14Z2020http://hdl.handle.net/10183/225521001129828O fato de que mulheres ganham menos e estão menos presentes em cargos de chefia é evidenciado pelos dados quantitativos que mostram as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. E quando se trata de mulheres negras, os resultados são ainda piores. No período de escravidão, enquanto mulheres negras trabalhavam na mesma intensidade que os homens, as mulheres brancas lutavam pelo seu direito de trabalhar e ter as mesmas condições que o gênero oposto. Atualmente, as mulheres negras estão, em sua maior parte, exercendo empregos subalternos e ganhando menos do que homens e mulheres brancos, o que reflete diretamente na sua posição social. Desta forma, o estudo se propõe a descobrir de que forma as características de gênero, raça e classe influenciaram e influenciam a carreira de mulheres negras ao longo de suas vidas. Na etapa de coleta de dados, foram realizadas entrevistas qualitativas e temáticas com quatro mulheres negras, formadas, empregadas e oriundas de famílias de classes econômicas baixas, a partir de um roteiro estruturado, afim de conhecer suas histórias e seus contextos de vida, e, assim, identificar fatores ao longo de suas vidas que tenham influenciado a posição que elas se encontram hoje no mercado de trabalho. A análise de dados foi construída dialogando com as informações recolhidas nas histórias narradas pelas mulheres, com o referencial teórico baseado em livros e artigos de Angela Davis (2019), Silvio Almeida (2018), Carla Akotirene (2019), Jessé Souza (2019), entre outros. Foram percebidos quatro fatores de influência: a socialização familiar, escolha do curso e influências sociais; falta de oportunidades; estudo como forma de aprovação social; influência do racismo na saúde mental, na percepção de si mesmo e busca pela aceitação. Por fim, destaca-se o impacto pessoal da presente pesquisadora, causado durante a escrita deste trabalho diante da identificação com alguns relatos das entrevistadas e com a importância de ler a história negra sendo contada por negros.El hecho de que las mujeres ganen menos y estén menos presentes en los puestos directivos se evidencia en los datos cuantitativos que muestran las diferencias entre hombres y mujeres en el mercado laboral. Y cuando se trata de mujeres negras, los resultados son aún peores. En el período de la esclavitud, mientras las mujeres negras trabajaban con la misma intensidad que los hombres, las mujeres blancas luchaban por su derecho al trabajo y a tener las mismas condiciones que el sexo opuesto. Actualmente, las mujeres negras están, en su mayor parte, trabajando en actividades subordinadas y ganan menos que los hombres y mujeres blancos, lo que refleja directamente su posición social. De esta manera, el estudio tiene como objetivo descubrir cómo las características de género, raza y clase influyeron e influyen en la carrera de las mujeres negras a lo largo de su vida. En la etapa de recolección de datos, se realizaron entrevistas cualitativas y temáticas a cuatro mujeres negras, capacitadas, ocupadas y de familias de escasos recursos, con base en un guión estructurado, con el fin de conocer sus historias y sus contextos de vida, y, así, identificando factores a lo largo de su vida que han influido en la posición en la que se encuentran hoy en el mercado laboral. El análisis de los datos se construyó dialogando con la información recogida en los relatos narrados por las mujeres, con el marco teórico basado en libros y artículos de Angela Davis (2016), Silvio Almeida (2018), Carla Akotirene (2019), Jessé Souza (2019), entre otros. Se notaron cuatro factores de influencia: socialización familiar, elección de curso e influencias sociales; falta de oportunidades; el estudio como forma de aprobación social; influencia del racismo en la salud mental, la autopercepción y la búsqueda de aceptación. Finalmente, destacamos el impacto personal de esta investigadora, provocada durante la redacción de este trabajo ante la identificación con algunos relatos de los entrevistados y la importancia de leer la historia negra contada por los negros.application/pdfporInterseccionalidadeCarreira profissionalMulheresGêneroRaçaNegrosInterseccionalidadGéneroRazaClaseCarreraInterseccionalidade na prática : a influência de gênero, raça e classe na carreira de mulheres negrasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2020Administraçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001129828.pdf.txt001129828.pdf.txtExtracted Texttext/plain122868http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225521/2/001129828.pdf.txta0aaa18c2a8a33842c0cf3e18bdf5ef6MD52ORIGINAL001129828.pdfTexto completoapplication/pdf846915http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225521/1/001129828.pdf01cf5f21e940cf17d1dbb14316aacd16MD5110183/2255212023-04-22 03:22:38.502418oai:www.lume.ufrgs.br:10183/225521Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-22T06:22:38Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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