Estrutura e funcionamento de unidades hospitalares para crianças e adolescentes : as compreensões dos enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bosquerolli, Cristina Tavares
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35963
Resumo: Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde devem cumprir com a legislação vigente no que se refere à estruturação física. Por sua vez, a legislação precisa garantir os direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Entretanto, para a sua adequação, atendendo as necessidades da criança e do adolescente junto a sua família e do processo de trabalho da equipe, é imprescindível a colaboração dos enfermeiros que vivenciam esse cotidiano do cuidado. Frente a isso, o presente estudo tem como objetivo conhecer as compreensões dos enfermeiros que prestam cuidado nas unidades de internação pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) sobre a estrutura e funcionamento de uma unidade pediátrica que atenda as necessidades dos pacientes e de suas famílias. O estudo é do tipo qualitativo com caráter descritivo exploratório e realizado em duas das quatro unidades pediátricas do hospital após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA. Os participantes foram nove enfermeiros com mais de três anos de atuação na unidade, os quais assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participar da pesquisa. A coleta de dados se deu através de entrevistas semi estruturadas. Depois da transcrição das mesmas, houve a ordenação dos dados, leituras repetidas dos textos organizando os núcleos de sentido e análise final estabelecendo articulações entre as falas e a teoria. Com a análise emergiram quatro categorias que descreve as compreensões dos enfermeiros: Falando das características das unidades de internação 10º Norte e 10º Sul do HCPA; Identificando fatores que dificultam o cuidado à criança e ao adolescente; Sugerindo alternativas para superar as dificuldades e melhorar o cuidado; e Reforçando as necessidades de uma unidade para crianças e adolescente. A partir da última categoria surgiram três subcategorias: Área física; Processo de trabalho; Cuidados ou necessidades específicas. A experiência dos enfermeiros no contexto de cuidado à criança, ao adolescente e de sua família e do processo de trabalho, demonstra que as recomendações da legislação a cerca do funcionamento de unidades pediátricas não contemplam todas as necessidades dessa clientela bem como da equipe de trabalho responsável pelo seu cuidado. Nota-se a importância da atualização das normas legais a fim de abranger novos critérios que indiquem aos estabelecimentos de saúde condições mais adequadas e eficientes para qualificar o cuidado.
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