Unidade de internação para adolescentes : percepção dos adolescentes hospitalizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gobbi, Andréia
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/114521
Resumo: Quando hospitalizados, os adolescentes juntamente com suas famílias têm que adaptar-se a unidades de internação criadas para outros tipos de pacientes, freqüentemente com equipes despreparadas para atendê-los, e infra-estrutura inadequada para sua acomodação. O objetivo desse estudo é conhecer as percepções dos adolescentes sobre uma unidade de internação específica para o seu atendimento. Pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa realizado em duas unidades pediátricas e três unidades de internação de adultos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os participantes foram nove adolescentes internados, com idade entre 12 e 19 anos. A coleta de dados foi através da entrevista semi-estruturada com base em uma pergunta norteadora: “Tendo em vista a sua experiência de hospitalização, qual a sua opinião sobre uma unidade de internação só para adolescentes?” Os dados foram trabalhados através da proposta para análise de conteúdos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Nos resultados encontrados, a partir das manifestações dos participantes, percebem-se modificações radicais que a hospitalização traz para esses indivíduos e a forma como os afeta, principalmente no que se refere ao afastamento da família e amigos. Isso porque a adolescência é uma época em que a convivência com um grupo de iguais é importante para formação da identidade. Os adolescentes verbalizaram também as necessidades próprias da idade e de quais são privados durante a hospitalização, como atividades que ajudem no seu desenvolvimento cognitivo. Além isso, manifestaram seus sentimentos e sensações como o de solidão, as afeições e os conflitos que podem surgir dessa experiência de dividir com estranhos o mesmo espaço físico, o sofrimento, o medo e as angústias em relação ao adoecer. Enfim, apesar da legislação existente para proteção do adolescente durante a hospitalização, há uma grande distância entre a lei e a realidade. Os adolescentes verbalizam as dificuldades, os problemas e os sentimentos vividos, mas tem dificuldade em falar de uma unidade de internação específica para eles, por nunca terem vivenciado essa experiência. Contudo, pelas necessidades específicas manifestadas pelos participantes, acredita-se que a criação de unidades de internação voltadas para o atendimento de adolescentes seria a forma mais adequada de atendê-los durante a hospitalização. E essas unidades deverem contar com profissionais capacitados para atender a esses adolescentes.
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