A China em transição : desdobramentos da crise financeira global e o rebalanceamento do modelo de crescimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tocchetto, Júlia Simões
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/140621
Resumo: O presente trabalho trata dos principais desdobramentos da crise financeira global (CFG) sobre a economia chinesa; quais sejam, grosso modo, a queda nas exportações e o aumento do investimento para compensar essa queda. Defende-se que a maneira como construiu-se o modelo chinês de crescimento condicionou estes desdobramentos. Entende-se que as reformas econômicas iniciadas por Deng Xiaoping em 1978, e levadas a diante nas décadas subsequentes, foram essenciais para moldar o atual modelo chinês de crescimento, voltado para exportações e investimentos. Procura-se demonstrar que essas reformas foram extremamente exitosas em promover o crescimento da economia chinesa; mas que, gradativamente, desencadearam desequilíbrios internos no modelo de crescimento do país. Dessa maneira, a CFG atingiu a China de maneira a colocar em xeque seu modelo – pois atingiu suas exportações -, o que precipitou a necessidade de rebalanceamento no mesmo. Acredita-se ser ainda prematuro assentar com certeza que o modelo de crescimento está esgotado, ou que a China já está rumando para um novo paradigma de crescimento, embora o trabalho tenha demonstrado que existam sinais para ambas estas questões. É possível afirmar que a crise teve papel determinante em retirar dinamismo das exportações, enquanto os investimentos não parecem poder mais liderar as mesmas taxas de crescimento que antes empurravam a China. Por causa disso, pode-se dizer que a desaceleração atual da economia chinesa parece ter caráter estrutural e não apenas conjuntural.
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