Análise de transtornos dismórficos corporais em adultos praticantes de treinamento de força

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Felipe Johann
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202237
Resumo: Introdução: Em meio a uma sociedade onde o culto a imagem está cada vez mais estimulado, sendo visto como superioridade nas mídias e redes sociais, surge uma nova doença chamada de vigorexia ou de dismorfia muscular. As mesmas caracterizam-se pelos indivíduos que não conseguem enxergar sua real imagem corporal e potencializam os defeitos na sua forma física, o que leva a uma rotina de exercícios físicos e dietas de forma compulsiva. Objetivo: analisar a prevalência de transtornos dismórficos corporais em adultos praticantes de treinamento físico resistido. Métodos: O presente estudo caracterizou-se como um estudo de delineamento observacional, transversal e descritivo, aplicado em praticantes de treinamento físico resistido em academias de Porto Alegre/RS. Foram incluídos no estudo praticantes de treinamento físico resistido há pelo menos 24 meses com frequência mínima de 3 vezes semanais. Para fins de avaliação, foi avaliado o índice de massa corporal (IMC) e aplicados os questionários Muscle Appearance Satisfaction Scale (MASS), Drive for Muscularity Scale (DMS), Complexo de Adônis (QCA) e a Escala de Coluna de 9 Silhuetas (ECS), todos devidamente validados para a população brasileira. As variáveis quantitativas foram apresentadas sob forma de média e desvio padrão e as variáveis nominais em frequências absolutas e relativas. Para comparação entre gêneros, foi utilizado teste t ou Qui-quadrado conforme distribuição da variável, com um p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 66 praticantes de treinamento físico resistido (TFR), 36 (54,5%) do gênero masculino e 30 (45,5%) do gênero feminino, com idade média de 30,2±6,5 anos, solteiros (48; 72,7%), com escolaridade predominando no ensino superior (40; 60,6%), tendo a hipertrofia como seu principal objetivo no treinamento resistido (31; 47%), com frequência semanal de 4,5±1,0 dias/semana e 60,5±6,6 minutos/sessão destinados ao TFR. Na avaliação do perfil de indícios de vigorexia, sendo aplicados QCA e a ECS, os resultados demonstram diferenças significativas nas pontuações totais dos dois instrumentos, sendo que o QCA apresenta indícios de problema sério ou grave predominantemente para as mulheres (p=0,005). No entanto, na avaliação da ECS, não são evidenciadas diferenças entre grupos, mas com percentual elevado de indicadores de vigorexia em ambos os gêneros (39% e 47%, respectivamente). Ainda avaliando o perfil de indícios de vigorexia, sendo aplicados MASS e o DMS, os resultados demonstraram diferenças significativas apenas para o domínio de satisfação muscular do MASS (p=0,034). Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, os indícios de dismorfia muscular na amostra foram considerados altos tanto em homens quanto mulheres, porém o comportamento observado parece ser bem semelhante entre os mesmos.
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Foram incluídos no estudo praticantes de treinamento físico resistido há pelo menos 24 meses com frequência mínima de 3 vezes semanais. Para fins de avaliação, foi avaliado o índice de massa corporal (IMC) e aplicados os questionários Muscle Appearance Satisfaction Scale (MASS), Drive for Muscularity Scale (DMS), Complexo de Adônis (QCA) e a Escala de Coluna de 9 Silhuetas (ECS), todos devidamente validados para a população brasileira. As variáveis quantitativas foram apresentadas sob forma de média e desvio padrão e as variáveis nominais em frequências absolutas e relativas. Para comparação entre gêneros, foi utilizado teste t ou Qui-quadrado conforme distribuição da variável, com um p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 66 praticantes de treinamento físico resistido (TFR), 36 (54,5%) do gênero masculino e 30 (45,5%) do gênero feminino, com idade média de 30,2±6,5 anos, solteiros (48; 72,7%), com escolaridade predominando no ensino superior (40; 60,6%), tendo a hipertrofia como seu principal objetivo no treinamento resistido (31; 47%), com frequência semanal de 4,5±1,0 dias/semana e 60,5±6,6 minutos/sessão destinados ao TFR. Na avaliação do perfil de indícios de vigorexia, sendo aplicados QCA e a ECS, os resultados demonstram diferenças significativas nas pontuações totais dos dois instrumentos, sendo que o QCA apresenta indícios de problema sério ou grave predominantemente para as mulheres (p=0,005). No entanto, na avaliação da ECS, não são evidenciadas diferenças entre grupos, mas com percentual elevado de indicadores de vigorexia em ambos os gêneros (39% e 47%, respectivamente). Ainda avaliando o perfil de indícios de vigorexia, sendo aplicados MASS e o DMS, os resultados demonstraram diferenças significativas apenas para o domínio de satisfação muscular do MASS (p=0,034). Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, os indícios de dismorfia muscular na amostra foram considerados altos tanto em homens quanto mulheres, porém o comportamento observado parece ser bem semelhante entre os mesmos.Introduction: In a society where image worship is increasingly stimulated, being seen as superiority in social media and networks, a new disease called vigorexia or muscular dysmorphism arises. They are characterized by individuals who can‟t see their actual body image and potentiate defects in their physical form, which leads to a routine of compulsive exercise and dieting. Objective: to analyze the prevalence of body dysmorphic disorders in adults practicing resistance training. Methods: The present study was characterized as a cross-sectional and descriptive observational study, applied to resistance training practitioners in academies in Porto Alegre / RS. Practitioners of resisted physical training for at least 24 months with a minimum frequency of 3 times weekly were included in the study. For the purposes of evaluation, the body mass index (BMI) was evaluated and the Muscle Appearance Satisfaction Scale (MASS), Drive for Muscularity Scale (DMS), Adonis Complex Questionarie (QCA) and the 9 Silhouettes Column Scale (SCS) were applied, all duly validated for the Brazilian population. The quantitative variables were presented as mean and standard deviation and the nominal variables in absolute and relative frequencies. For comparison between genders, t-test or Chi-square test according to the distribution of the variable was used, with a p <0.05.Results: 36 (54.5%) men and 30 (45,5%) womans, with a mean age of 30.2 ± 6.5 years, were unmarried (48; 72.7%); (40; 60.6%), with hypertrophy as its main objective in resistance training (31; 47%), with a weekly frequency of 4.5 ± 1.0 days / week and 60.5 ± 6.6 minutes / session for the TFR. In the evaluation of the profile of signs of vigorexia, using the the QCA and the SCS, the results showed significant differences in the total scores of the two instruments, the QCA presents indications of a serious or severe problem predominantly for women (p = 0.005). However, in the SCS evaluation, no differences were observed between groups, but with a high percentage of indicators of vigorexia in both genders (39% and 47%, respectively). Although the MASS and DMS instruments were still evaluated and the results demonstrated significant differences only for the MASS muscle satisfaction domain (p=0.034). Conclusion: According to the results obtained, the signs of muscular dysmorphia in the sample were considered high in both men and women, but the observed behavior seems to be very similar between them.application/pdfporTranstornos dismórficos corporaisImagem corporalTreinamento de forçaVigorexiaBody dysmorphic disorderStrength trainingAnálise de transtornos dismórficos corporais em adultos praticantes de treinamento de forçainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2019Educação Física: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001106942.pdf.txt001106942.pdf.txtExtracted Texttext/plain59927http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202237/2/001106942.pdf.txta1517847f8a5e2c11880981a734bf054MD52ORIGINAL001106942.pdfTexto completoapplication/pdf541601http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202237/1/001106942.pdf9a9557d296b6bd7e2e97ebc72da51645MD5110183/2022372019-12-01 05:04:42.677707oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202237Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-12-01T07:04:42Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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