Aspectos nutricionais e metabólicos na tensão pré-menstrual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: López, Lucia Mendéz
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/77278
Resumo: A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é uma condição comum caracterizada por sintomas físicos e comportamentais que ocorrem durante a fase lútea do ciclo menstrual. Os efeitos do ciclo menstrual no estado emocional e função cognitiva são longamente conhecidos, sendo a tensão pré-menstrual (TPM) uma condição comum caracterizada pela exacerbação dos sintomas físicos e comportamentais durante a fase lútea do ciclo menstrual, que ocorre em algumas mulheres. Dentre estes se destacam os efeitos sobre o comportamento alimentar atípico que ocorre durante esta fase. Esta revisão teve por objetivos 1) Esclarecer os possíveis mecanismos metabólicos envolvidos nas alterações da ingestão alimentar na Tensão Pré-Menstrual; 2) Verificar a possível participação de peptídeos controladores do balanço energético com atuação no eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Gonadal nas alterações alimentares na Tensão Pré-Menstrual; 3) Verificar os nutrientes na etiologia dos sintomas da Tensão Pré-Menstrual. Na fase lútea o aumento da progesterona em associação com outros hormônios (tireodianos, opióides, cortisol) leva a um acréscimo da ingestão alimentar em relação à fase folicular do ciclo. Nesta fase há um decréscimo tanto dos estrogênios como da atividade serotoninérgica o que provoca uma procura maior por alimentos ricos em carboidratos, contenedores de trptofano, o qual atua como precursor da serotonina. Ocorre, também, aumento pela procura de alimentos ricos em lipídeos, devido ao decréscimo dos triglicerídios plasmtáticos nesta fase, ou seja, alimentos que contenham os dois nutrientes associados são os mais consumidos por serem considerados mais palatáveis e provocarem sensações de prazer que aliviam os sintomas da TPM. Diversos nutrientes (vitaminas e minerais) têm sido associados aos sintomas da TPM e a suplementação dos mesmos é utilizada no tratamento dos sintomas. Além dos nutrientes, existem outras formas de tratamento, como a reposição de drogas, reposição hormonal e tratamento cirúrgico. A participação de peptídeos reguladores do balanço energético, como grelina e leptina na TPM, ainda não é conhecida. No entanto, sabe-se que a grelina atua como sinalizador orexígeno, provocando aumento da ingestão alimentar quando os estoques de energia encontram-se em níveis menores no organismo. Existem receptores para grelina e leptina em órgãos do tecido reprodutor, indicando que estes peptídeos desempenham algum papel modulador da função reprodutiva.
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