Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Felipe Masutti
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/128209
Resumo: Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos a uma série de violências laborais, dentre as quais destaca-se o assédio moral, que pode ser observado em forma de intimidação, ameaças ou abusos que podem provocar sérios problemas à saúde psíquica dos profissionais. Este estudo tem como objetivo verificar a associação entre o assédio moral no trabalho em pronto socorro e as características sóciodemográficas e laborais dos trabalhadores da equipe de saúde. Estudo do tipo quantitativo, com delineamento transversal. Partiu-se de dados já coletados na tese de doutorado “Violência no trabalho em pronto socorro e suas implicações para a saúde mental dos trabalhadores” (DAL PAI, 2011) para focalizar as especificidades do assédio moral. A seleção dos profissionais (n=269) foi realizada mediante sorteio aleatório estratificado. A pesquisa mencionada teve aprovação prévia do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 48,2 (±7,3) anos e experiência de 24,79 (±7,8) anos no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,2% outros profissionais da equipe. O assédio moral foi referido por 25,7% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,003), entre técnicos/auxiliares de enfermagem (p=0,015) com menor escolaridade (p=0,004), com maior carga horária semanal de trabalho (p=0,003), que atendem crianças e adultos (p=0,015). Também se associaram ao assédio moral o reconhecimento pelo trabalho realizado (p=0,01), a pior avaliação dos relacionamentos no local de trabalho (p=0,026) e o maior número de dias ausentes no trabalho (p=0,047). Os principais agressores foram às chefias (47,8%), seguido pelos colegas (37,7%). A maioria relatou o ocorrido para um colega (68,1%), mas não fizeram esse relato formalmente. Não houve nenhuma consequência para os agressores em 76,5% dos casos e 59,4% dos profissionais assediados referiu permanecer super-alerta, vigilante ou tenso durante o trabalho. Devem ser tomadas medidas de proteção aos profissionais para evitar a ocorrência do assédio moral, bem como proporcionar locais de discussão sobre o tema, propiciando aos profissionais envolvidos mecanismos de compreensão e resolução dos casos de assédio moral, bem como sobre possíveis danos à saúde do trabalhador.
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