Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/128209 |
Resumo: | Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos a uma série de violências laborais, dentre as quais destaca-se o assédio moral, que pode ser observado em forma de intimidação, ameaças ou abusos que podem provocar sérios problemas à saúde psíquica dos profissionais. Este estudo tem como objetivo verificar a associação entre o assédio moral no trabalho em pronto socorro e as características sóciodemográficas e laborais dos trabalhadores da equipe de saúde. Estudo do tipo quantitativo, com delineamento transversal. Partiu-se de dados já coletados na tese de doutorado “Violência no trabalho em pronto socorro e suas implicações para a saúde mental dos trabalhadores” (DAL PAI, 2011) para focalizar as especificidades do assédio moral. A seleção dos profissionais (n=269) foi realizada mediante sorteio aleatório estratificado. A pesquisa mencionada teve aprovação prévia do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 48,2 (±7,3) anos e experiência de 24,79 (±7,8) anos no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,2% outros profissionais da equipe. O assédio moral foi referido por 25,7% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,003), entre técnicos/auxiliares de enfermagem (p=0,015) com menor escolaridade (p=0,004), com maior carga horária semanal de trabalho (p=0,003), que atendem crianças e adultos (p=0,015). Também se associaram ao assédio moral o reconhecimento pelo trabalho realizado (p=0,01), a pior avaliação dos relacionamentos no local de trabalho (p=0,026) e o maior número de dias ausentes no trabalho (p=0,047). Os principais agressores foram às chefias (47,8%), seguido pelos colegas (37,7%). A maioria relatou o ocorrido para um colega (68,1%), mas não fizeram esse relato formalmente. Não houve nenhuma consequência para os agressores em 76,5% dos casos e 59,4% dos profissionais assediados referiu permanecer super-alerta, vigilante ou tenso durante o trabalho. Devem ser tomadas medidas de proteção aos profissionais para evitar a ocorrência do assédio moral, bem como proporcionar locais de discussão sobre o tema, propiciando aos profissionais envolvidos mecanismos de compreensão e resolução dos casos de assédio moral, bem como sobre possíveis danos à saúde do trabalhador. |
id |
UFRGS-2_40ea3cba1286309f459fcf3dd24f149b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/128209 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Schmidt, Felipe MasuttiDal Pai, Daiane2015-10-30T02:39:57Z2013http://hdl.handle.net/10183/128209000899333Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos a uma série de violências laborais, dentre as quais destaca-se o assédio moral, que pode ser observado em forma de intimidação, ameaças ou abusos que podem provocar sérios problemas à saúde psíquica dos profissionais. Este estudo tem como objetivo verificar a associação entre o assédio moral no trabalho em pronto socorro e as características sóciodemográficas e laborais dos trabalhadores da equipe de saúde. Estudo do tipo quantitativo, com delineamento transversal. Partiu-se de dados já coletados na tese de doutorado “Violência no trabalho em pronto socorro e suas implicações para a saúde mental dos trabalhadores” (DAL PAI, 2011) para focalizar as especificidades do assédio moral. A seleção dos profissionais (n=269) foi realizada mediante sorteio aleatório estratificado. A pesquisa mencionada teve aprovação prévia do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 48,2 (±7,3) anos e experiência de 24,79 (±7,8) anos no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,2% outros profissionais da equipe. O assédio moral foi referido por 25,7% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,003), entre técnicos/auxiliares de enfermagem (p=0,015) com menor escolaridade (p=0,004), com maior carga horária semanal de trabalho (p=0,003), que atendem crianças e adultos (p=0,015). Também se associaram ao assédio moral o reconhecimento pelo trabalho realizado (p=0,01), a pior avaliação dos relacionamentos no local de trabalho (p=0,026) e o maior número de dias ausentes no trabalho (p=0,047). Os principais agressores foram às chefias (47,8%), seguido pelos colegas (37,7%). A maioria relatou o ocorrido para um colega (68,1%), mas não fizeram esse relato formalmente. Não houve nenhuma consequência para os agressores em 76,5% dos casos e 59,4% dos profissionais assediados referiu permanecer super-alerta, vigilante ou tenso durante o trabalho. Devem ser tomadas medidas de proteção aos profissionais para evitar a ocorrência do assédio moral, bem como proporcionar locais de discussão sobre o tema, propiciando aos profissionais envolvidos mecanismos de compreensão e resolução dos casos de assédio moral, bem como sobre possíveis danos à saúde do trabalhador.application/pdfporDano moralViolênciaPessoal de saúdeAssédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2013Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000899333.pdf000899333.pdfTexto completoapplication/pdf1429522http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/1/000899333.pdf1e6611601ad3bd8fc61dd0bcbdc64c1fMD51TEXT000899333.pdf.txt000899333.pdf.txtExtracted Texttext/plain65334http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/2/000899333.pdf.txt9d902bb9caf19f8de6fd86c6bb60c94aMD52THUMBNAIL000899333.pdf.jpg000899333.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg965http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/3/000899333.pdf.jpg31f9558bd15d8d0c4364940d63bf992bMD5310183/1282092022-06-17 04:47:08.345745oai:www.lume.ufrgs.br:10183/128209Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-17T07:47:08Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
title |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
spellingShingle |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro Schmidt, Felipe Masutti Dano moral Violência Pessoal de saúde |
title_short |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
title_full |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
title_fullStr |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
title_full_unstemmed |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
title_sort |
Assédio moral no trabalho dos profissionais de um hospital de pronto socorro |
author |
Schmidt, Felipe Masutti |
author_facet |
Schmidt, Felipe Masutti |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Schmidt, Felipe Masutti |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Dal Pai, Daiane |
contributor_str_mv |
Dal Pai, Daiane |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dano moral Violência Pessoal de saúde |
topic |
Dano moral Violência Pessoal de saúde |
description |
Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos a uma série de violências laborais, dentre as quais destaca-se o assédio moral, que pode ser observado em forma de intimidação, ameaças ou abusos que podem provocar sérios problemas à saúde psíquica dos profissionais. Este estudo tem como objetivo verificar a associação entre o assédio moral no trabalho em pronto socorro e as características sóciodemográficas e laborais dos trabalhadores da equipe de saúde. Estudo do tipo quantitativo, com delineamento transversal. Partiu-se de dados já coletados na tese de doutorado “Violência no trabalho em pronto socorro e suas implicações para a saúde mental dos trabalhadores” (DAL PAI, 2011) para focalizar as especificidades do assédio moral. A seleção dos profissionais (n=269) foi realizada mediante sorteio aleatório estratificado. A pesquisa mencionada teve aprovação prévia do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 48,2 (±7,3) anos e experiência de 24,79 (±7,8) anos no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,2% outros profissionais da equipe. O assédio moral foi referido por 25,7% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,003), entre técnicos/auxiliares de enfermagem (p=0,015) com menor escolaridade (p=0,004), com maior carga horária semanal de trabalho (p=0,003), que atendem crianças e adultos (p=0,015). Também se associaram ao assédio moral o reconhecimento pelo trabalho realizado (p=0,01), a pior avaliação dos relacionamentos no local de trabalho (p=0,026) e o maior número de dias ausentes no trabalho (p=0,047). Os principais agressores foram às chefias (47,8%), seguido pelos colegas (37,7%). A maioria relatou o ocorrido para um colega (68,1%), mas não fizeram esse relato formalmente. Não houve nenhuma consequência para os agressores em 76,5% dos casos e 59,4% dos profissionais assediados referiu permanecer super-alerta, vigilante ou tenso durante o trabalho. Devem ser tomadas medidas de proteção aos profissionais para evitar a ocorrência do assédio moral, bem como proporcionar locais de discussão sobre o tema, propiciando aos profissionais envolvidos mecanismos de compreensão e resolução dos casos de assédio moral, bem como sobre possíveis danos à saúde do trabalhador. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-10-30T02:39:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/128209 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000899333 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/128209 |
identifier_str_mv |
000899333 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/1/000899333.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/2/000899333.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128209/3/000899333.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1e6611601ad3bd8fc61dd0bcbdc64c1f 9d902bb9caf19f8de6fd86c6bb60c94a 31f9558bd15d8d0c4364940d63bf992b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447155065749504 |