Análise de parâmetros do balanço redox em populações de mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758) (Mollusca: Bivalvia: Mytilidae) no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Brasil

• Autor(a) principal: Christo, Guilherme Soares
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/107633
• topic: Bioindicadores ambientais; Mexilhões : Perna perna; Rio Grande do Sul, Litoral norte; Oxidative stress; Biomonitoring; Biomarkers; Bioindicators

Atualmente, com a grande extração de recursos naturais, são crescentes as tentativas de preservação do nosso ambiente. Sendo assim, é de grande interesse a utilização de ferramentas de avaliação da qualidade ambiental. Os organismos bioindicadores fornecem informações a respeito do seu ambiente, sendo amplamente utilizados em estudos com esta finalidade, bem como programas de monitoramento ambiental. Este estudo foi realizado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, com mexilhões da espécie Perna perna em três pontos de coleta: nas plataformas de pesca de Cidreira (p1), Tramandaí (p2) e Atlântida (p3). Foram realizadas duas coletas, a fim de comparar os parâmetros oxidativos durante os períodos de verão e inverno. Foram determinadas as atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), bem como quantidade de dano oxidativo a lipídeos (LPX) no tecido do manto dos indivíduos. Foi observada uma variação sazonal dos padrões oxidativos, com valores maiores de LPX e menores de atividade da SOD durante o período de verão. Ao analisar as diferenças dos parâmetros entre os sexos dos indivíduos, observamos uma predominância para valores mais elevados associados a mexilhões machos, com exceção da SOD, que apresentou atividade elevada predominantemente em fêmeas. Comparando-se os parâmetros observados em cada ponto, no mesmo período de coleta, foram obtidos valores claramente maiores para Cidreira no período do inverno, e no verão a atividade da SOD foi maior nos organismos de Tramandaí, enquanto que para a LPX não foi observada variação. A partir dos resultados obtidos pode concluir-se que existe uma diferença entre as pressões ambientais presentes em cada um dos pontos, bem como uma variação nas mesmas dependendo da estação do ano, possivelmente devido ao aumento da população durante o verão. Trabalhos envolvendo estes organismos são ainda escassos na região estudada, de forma que é importante dar continuidade às pesquisas nesta área, pois organismos bioindicadores como P. perna são de grande valia no monitoramento da qualidade ambiental.