Corpos transbordam : 'Lavoura arcaica' em uma leitura do Liso e do Estriado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Aurora Paz Pereira da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/79059
Resumo: Lavoura Arcaica, romance de Raduan Nassar, é a obra de que trata este trabalho, buscando percorrer os espaços e os corpos que ali se apresentam, assim como as intensidades que lhes atravessam. Numa atmosfera lírica e contundente, a narrativa apresenta um confrontamento entre espaços lisos e estriados que se desenrola num duelo de destruição, morte e renascimento; de territórios que se desfazem e se refazem. Essa tensão, ao mesmo tempo criativa e devastadora, é o mote para o trabalho desenvolvido, a partir da perspectiva conceitual de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Na relação entre filosofia e literatura, pensa-se numa crítica como corpo-escrita e corpo-leitura, habitada e provocada por sensações, por intensidades que colocam o corpo racional e organizado em suspensão. No corpo do romance outros corpos transbordam: corpo epilético, corpo incestuoso, corpo embriagado, corpo demoníaco, tecendo uma espécie de Corpo sem Órgãos, ensandecido e delirante. Espaços surgem e então nos perguntamos: “Como os espaços serão ocupados por esses corpos? Como os corpos serão atravessados por esses espaços?” A casa, o quarto, a mesa, o bosque, a casa velha, a pensão – todos estes espaços, ao mesmo tempo em que demarcam, disparam fugas possíveis. Liso e estriado.
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