Unidades lexicais prefixadas : o valor semântico de prefixos mono- e dissilábicos em contexto conversacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Caroline de Castro
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/79044
Resumo: O presente trabalho objetiva estudar o comportamento semântico de prefixos em unidades léxicas do discurso falado. Para tanto, realizou-se uma análise de natureza pancrônica (cruzamento de informações linguísticas de ordem diacrônica e de ordem sincrônica) do valor semântico dos prefixos mono e dissilábicos presentes em unidades lexicais recolhidas de textos de transcrição registrados nos Diálogos entre Informante e Documentador (HILGERT, 1997), do projeto NURC/RS. Tais textos constituem as fontes documentais para a recolha dos itens lexicais que formam o corpus desta pesquisa. O referencial teórico adotado concentra-se nos fundamentos da Escola Funcionalista, pois, essa Escola defende que o falante de uma língua natural se vale de sua competência comunicativa para se comunicar de forma eficaz, assim, o funcionalismo permite examinar os fenômenos linguísticos em seu contexto discursivo. Neste trabalho, serão observados prefixos em função de uma situação discursiva de entrevista, que caracteriza a variedade culta da língua, portanto, o fenômeno a ser investigado diz respeito ao processo de formação de palavras denominado ‘prefixação’, e o contexto discursivo é a variedade culta da língua em situação discursiva de entrevista. Dado esse contexto discursivo a hipótese da pesquisa é a de que prefixos dissilábicos são mais frequentes que os prefixos monossilábicos, tendo em vista o nível de escolaridade dos informantes. A análise dos dados não corroborou a hipótese, pois, apesar de o contexto conversacional de variedade culta da língua comum ser o locus provável para a produção de prefixos dissilábicos (dada a natureza dos prefixos, veiculados às ciências e ao saber), não houve uma produção considerável desse tipo de prefixo. Igualmente, os dados salientaram a questão da existência de uma fronteira tênue entre os processos de derivação prefixal e o processo composicional, dada a estabilidade semântica dos prefixos (provavelmente, devido ao vínculo semântico com sua origem como forma livre).
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spelling Pires, Caroline de CastroAbreu, Sabrina Pereira de2013-10-12T01:52:35Z2013http://hdl.handle.net/10183/79044000900812O presente trabalho objetiva estudar o comportamento semântico de prefixos em unidades léxicas do discurso falado. Para tanto, realizou-se uma análise de natureza pancrônica (cruzamento de informações linguísticas de ordem diacrônica e de ordem sincrônica) do valor semântico dos prefixos mono e dissilábicos presentes em unidades lexicais recolhidas de textos de transcrição registrados nos Diálogos entre Informante e Documentador (HILGERT, 1997), do projeto NURC/RS. Tais textos constituem as fontes documentais para a recolha dos itens lexicais que formam o corpus desta pesquisa. O referencial teórico adotado concentra-se nos fundamentos da Escola Funcionalista, pois, essa Escola defende que o falante de uma língua natural se vale de sua competência comunicativa para se comunicar de forma eficaz, assim, o funcionalismo permite examinar os fenômenos linguísticos em seu contexto discursivo. Neste trabalho, serão observados prefixos em função de uma situação discursiva de entrevista, que caracteriza a variedade culta da língua, portanto, o fenômeno a ser investigado diz respeito ao processo de formação de palavras denominado ‘prefixação’, e o contexto discursivo é a variedade culta da língua em situação discursiva de entrevista. Dado esse contexto discursivo a hipótese da pesquisa é a de que prefixos dissilábicos são mais frequentes que os prefixos monossilábicos, tendo em vista o nível de escolaridade dos informantes. A análise dos dados não corroborou a hipótese, pois, apesar de o contexto conversacional de variedade culta da língua comum ser o locus provável para a produção de prefixos dissilábicos (dada a natureza dos prefixos, veiculados às ciências e ao saber), não houve uma produção considerável desse tipo de prefixo. Igualmente, os dados salientaram a questão da existência de uma fronteira tênue entre os processos de derivação prefixal e o processo composicional, dada a estabilidade semântica dos prefixos (provavelmente, devido ao vínculo semântico com sua origem como forma livre).This paper aims to study the semantic behavior of prefixes in lexical units of spoken speech. So, we analyze the panchronic nature (we linked diachronic linguistic information with synchronic linguistic information) of semantic value of monosyllable and disyllable prefixes that participate in lexical units found in transcribed texts registered in Diálogos entre Informante e Documentador (HILGERT, 1997), from project NURC/RS. Those texts were documental source to collect lexical items; they formed the corpus of this paper. The theoretical model applied to this study was based at the Functionalist perspective. According to this linguistic model, speakers of a natural language use their communicative competences to communicate themselves efficiently. The theory allows us to observe the linguistic phenomena in its conversational context. In this paper, our goal is to study the semantic value of prefixes in a conversational situation of interview. Therefore, the investigated phenomenon talks about the word formation process (derivation/prefixation) in conversational context of formal variant of language. Our initial hypothesis was that disyllables prefixes are more frequent than monosyllable prefixes, since all of informants were the same level of knowledge. Our results showed that, although the conversational context of formal variant of language to be the probable locus for the production of disyllable prefixes (since these types of prefixes are related to sciences and knowledge) there was not a considerable production of that kind of prefix in the observed context. Likewise, the analysis allows us argue over the existence of a faint border between processes of derivation (prefixation) and compounding, because of a semantic stability of the prefixes. Prefixes are bound morphemes but, probably, their semantic stability is linked with their Greco-Latin origin as free morphemes.application/pdfporSemânticaPrefixosDiscurso faladoMono and dissyllable prefixesSemantic valueConversational contextUnidades lexicais prefixadas : o valor semântico de prefixos mono- e dissilábicos em contexto conversacionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2013Letras: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000900812.pdf000900812.pdfTexto completoapplication/pdf1514052http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79044/1/000900812.pdf8f5e15f2693f5016137897d976be4e2fMD51TEXT000900812.pdf.txt000900812.pdf.txtExtracted Texttext/plain211756http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79044/2/000900812.pdf.txt27f839449cc18d4b3efa85fc68bc9772MD52THUMBNAIL000900812.pdf.jpg000900812.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg955http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79044/3/000900812.pdf.jpg855bc4360d6ea65e4b285081342b4e8bMD5310183/790442022-08-06 04:46:11.668443oai:www.lume.ufrgs.br:10183/79044Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:46:11Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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