Os impactos econômicos de megaeventos esportivos : um estudo sobre o Super Bowl entre 2001 e 2019

• Autor(a) principal: Jerke, Matheus Visconti
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235017
• topic: Economia; Futebol; Estados Unidos; Super Bowl; Mega events; Sport; Football; Economic impacts

A presente pesquisa se propõe a avaliar os impactos econômicos do Super Bowl, partida final da liga de futebol americano dos Estados Unidos, na cidade sede do evento no período entre 2001 e 2019. O objetivo é realizar a análise sob uma ótica estatística e mais realista, isto é, por meio de um ensaio ex post, através de modelos de regressões lineares. A ideia central é desvincular a pesquisa do racional comum de que megaeventos esportivos são capazes de gerar grandes retornos econômicos aos anfitriões em função de sua exposição midiática e aumento nos níveis de turismo e comércio. Estimativas essas atreladas a análises ex ante, comumente muito otimistas e exageradas. Por ser um tema pouco conhecido no Brasil, o estudo traz primeiramente uma análise sobre a história do esporte, versando sobre a criação da National Football League (NFL) e do Super Bowl como o maior evento esportivo no calendário americano. Para enriquecer a análise, o trabalho abrange uma breve exploração sobre os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de Futebol, analisando seus resultados comparando as expectativas versus o legado gerado e o impacto econômico efetivo. Finalmente, o trabalho emprega os modelos de regressão linear para averiguar o real impacto econômico do megaevento na cidade sede e se ele é significativo estatisticamente para a economia local. A conclusão encontrada não difere dos resultados encontrados por outros autores em estudos similares: o evento não é significativo economicamente para a cidade anfitriã e seus resultados são inferiores aos previstos pelos promotores do evento, o que resulta em gastos excessivos pelo poder público para sediar a partida sem retorno para o desenvolvimento econômico do local.