Investigação de parâmetros de estresse oxidativo na urina de pacientes fenilcetonúricos tratados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/139392 |
Resumo: | Introdução: A fenilcetonúria, um erro inato do metabolismo, é caracterizada bioquimicamente pela ausência ou deficiência da atividade da enzima hepato-específica fenilalanina hidroxilase (responsável pela hidroxilação da fenilalanina em tirosina) ou em casos mais raros, pela deficiência de seu co-fator tetrahidrobiopterina. As principais manifestações clínicas da fenilcetonúria correspondem a alterações neurológicas. Embora muitos estudos venham sendo conduzidos, as bases bioquímicas do retardo mental ainda permanecem obscuros. Nos últimos anos, têm-se investigado o papel do estresse oxidativo no dano neuronal em pacientes e em modelos animais, que seria causado por metabólitos e/ou alteração do sistema antioxidante. Objetivo: Verificar parâmetros de estresse oxidativo na urina de pacientes fenilcetonúricos tratados e correlacionar esses parâmetros como os níveis de fenilalanina sanguíneos. Métodos: Foram analisadas amostras de urina ocasionais e plasma de 9 pacientes fenilcetonúricos tratados e 6 de indivíduos controles saudáveis. Os parâmetros bioquímicos avaliados foram: determinação dos níveis de fenilalanina no plasma, determinação de 15- F2t-isoprostanos na urina, determinação de di-tirosina na urina, determinação da capacidade antioxidante urinária. Resultados: Os níveis de isoprostanos, um biomarcador de dano oxidativo a lipídeos, e os níveis de di-tirosina, um biomarcador de dano oxidativo a proteínas, estavam significantemente aumentados quando comparados ao grupo controle. Além disso, foi observado uma correlação significativa positiva entre os níveis sanguíneos de fenilalanina e os níveis urinários de di-tirosina dos pacientes em relação ao grupo controle. Adicionalmente, a medida da capacidade antioxidante urinária dos pacientes fenilcetonúricos mostrou-se diminuída em relação ao grupo controle. Discussão: O aumento observado de isoprostanos na urina é um importante indicador de dano oxidativo a lipídios. A peroxidação lipídica pode levar ao dano celular e gerar radicais potencialmente tóxicos. Adicionalmente, o aumento dos níveis de di-tirosina observado demonstra dano oxidativo a proteínas, reforçando assim que esse desequilíbrio pode estar envolvido na fisiopatogenia da fenilcetonúria. Ainda, foi observado uma correlação positiva entre o dano oxidativo a proteínas e os níveis de fenilalanina sanguíneos. A diminuição da capacidade antioxidante urinária dos pacientes fenilcetonúricos pode estar relacionado a dieta de restrição protéica a qual são submetidos. Conclusões: Em conclusão, os resultados deste trabalho permitem reforçar o envolvimento do estresse oxidativo na fisiopatogenia da fenilcetonúria e reforçar a importância de prevenir o dano oxidativo a lipídeos e a proteínas através de terapias alternativas com antioxidantes, especialmente para pacientes sob dieta de restrição protéica. |
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Rodrigues, Daiane Grigolo BardemakerVargas, Carmen ReglaSitta, Angela2016-04-23T02:07:02Z2011http://hdl.handle.net/10183/139392000866414Introdução: A fenilcetonúria, um erro inato do metabolismo, é caracterizada bioquimicamente pela ausência ou deficiência da atividade da enzima hepato-específica fenilalanina hidroxilase (responsável pela hidroxilação da fenilalanina em tirosina) ou em casos mais raros, pela deficiência de seu co-fator tetrahidrobiopterina. As principais manifestações clínicas da fenilcetonúria correspondem a alterações neurológicas. Embora muitos estudos venham sendo conduzidos, as bases bioquímicas do retardo mental ainda permanecem obscuros. Nos últimos anos, têm-se investigado o papel do estresse oxidativo no dano neuronal em pacientes e em modelos animais, que seria causado por metabólitos e/ou alteração do sistema antioxidante. Objetivo: Verificar parâmetros de estresse oxidativo na urina de pacientes fenilcetonúricos tratados e correlacionar esses parâmetros como os níveis de fenilalanina sanguíneos. Métodos: Foram analisadas amostras de urina ocasionais e plasma de 9 pacientes fenilcetonúricos tratados e 6 de indivíduos controles saudáveis. Os parâmetros bioquímicos avaliados foram: determinação dos níveis de fenilalanina no plasma, determinação de 15- F2t-isoprostanos na urina, determinação de di-tirosina na urina, determinação da capacidade antioxidante urinária. Resultados: Os níveis de isoprostanos, um biomarcador de dano oxidativo a lipídeos, e os níveis de di-tirosina, um biomarcador de dano oxidativo a proteínas, estavam significantemente aumentados quando comparados ao grupo controle. Além disso, foi observado uma correlação significativa positiva entre os níveis sanguíneos de fenilalanina e os níveis urinários de di-tirosina dos pacientes em relação ao grupo controle. 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Conclusões: Em conclusão, os resultados deste trabalho permitem reforçar o envolvimento do estresse oxidativo na fisiopatogenia da fenilcetonúria e reforçar a importância de prevenir o dano oxidativo a lipídeos e a proteínas através de terapias alternativas com antioxidantes, especialmente para pacientes sob dieta de restrição protéica.Discussão: O aumento observado de isoprostanos na urina é um importante indicador de dano oxidativo a lipídios. A peroxidação lipídica pode levar ao dano celular e gerar radicais potencialmente tóxicos. Adicionalmente, o aumento dos níveis de di-tirosina observado demonstra dano oxidativo a proteínas, reforçando assim que esse desequilíbrio pode estar envolvido na fisiopatogenia da fenilcetonúria. Ainda, foi observado uma correlação positiva entre o dano oxidativo a proteínas e os níveis de fenilalanina sanguíneos. A diminuição da capacidade antioxidante urinária dos pacientes fenilcetonúricos pode estar relacionado a dieta de restrição protéica a qual são submetidos. Conclusões: Em conclusão, os resultados deste trabalho permitem reforçar o envolvimento do estresse oxidativo na fisiopatogenia da fenilcetonúria e reforçar a importância de prevenir o dano oxidativo a lipídeos e a proteínas através de terapias alternativas com antioxidantes, especialmente para pacientes sob dieta de restrição protéica. Discussion: The observed increase of isoprostanes in urine is an important indicator of oxidative damage to lipids. Lipid peroxidation can lead to cell damage and generate potentially toxic radicals. Additionally, the increased levels of di-tyrosine observed indicates oxidative damage to proteins, reinforcing that this imbalance may be involved in the pathogenesis of PKU. Moreover, it was observed a positive correlation between the oxidative damage to proteins and phenylalanine blood levels. The decrease of urinary antioxidant capacity in PKU patients may be related to dietary protein restriction to which they are submitted. Conclusions: In conclusion, the results of this study reinforce the involvement of oxidative stress in the pathogenesis of PKU and the importance of preventing oxidative damage to lipids and proteins by alternative therapies with antioxidants, especially for patients on protein-restricted diet.application/pdfporEstresse oxidativoFenilcetonuriaRadicais livresPhenylketonuriaOxidative stressFree radicalInvestigação de parâmetros de estresse oxidativo na urina de pacientes fenilcetonúricos tratadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2011Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000866414.pdf000866414.pdfTexto completoapplication/pdf191695http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139392/1/000866414.pdf5410ea5d1760c6351b923fe53e090080MD51TEXT000866414.pdf.txt000866414.pdf.txtExtracted Texttext/plain32911http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139392/2/000866414.pdf.txt00c5bf3d53df260ac9d7aa542bfcccb8MD52THUMBNAIL000866414.pdf.jpg000866414.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1162http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139392/3/000866414.pdf.jpgada8d612839bee8a80feac0939f1b9a9MD5310183/1393922018-10-25 09:11:54.698oai:www.lume.ufrgs.br:10183/139392Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T12:11:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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