Critérios para liberação de neutrófilos bastonados e alterações qualitativas do leucograma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sebotaio, Matheus Coimbra
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/250122
Resumo: Introdução: mesmo sendo considerada inespecífica para infecção, a presença de neutrófilos bastonados (NB) é destacada em diferentes estudos que avaliam a relação do seu aumento no sangue periférico com a infecção bacteriana. Sua identificação, assim como outros parâmetros qualitativos do leucograma, ainda é realizada manualmente na rotina laboratorial. Esta prática tem se tornado um problema, pois a falta de definição de padrões morfológicos e precisão tem proporcionado não uniformidade entre os laboratórios clínicos. Objetivos: considerando este cenário, o objetivo deste trabalho é avaliar os critérios de liberação de NB e outros parâmetros qualitativos do leucograma relacionados aos processos infecciosos bacterianos na rotina de diferentes laboratórios de análises clínicas. Além disso, verificar a variabilidade na contagem de NB, identificar quais são as principais causas de erro e dificuldades para a liberação dos laudos com contagens de NB elevadas, comparando-os aos principais consensos da área. Métodos: foram selecionados 6 laboratórios de análises clínicas onde cada um disponibilizou 3 analistas para participação. Um questionário qualitativo relacionado aos critérios de liberação foi elaborado além de três lâminas de leucograma com quantificações conhecidas e variadas de NB para serem revisadas pelos analistas. Resultados: observou-se que os laboratórios possuem critérios quantitativos relacionados à contagem global de leucócitos bastante distintos para a revisão microscópica. Já os critérios qualitativos como granulação tóxica, vacuolização e presença de Corpúsculo de Döhle se mostraram mais homogêneos na liberação no laudo. Foi observada uma variação significativa entre o %NB observado intra e interlaboratorial para todas as lâminas analisadas. Como principais causas de erro para esta variação são apontadas a ausência de alarmes sugestivos dos equipamentos, falta de padronização na definição de critérios morfológicos do NB e subjetividade na diferenciação para o neutrófilo segmentado, além da falta de informações clínicas do paciente para análise microscópica. A presença de granulócitos mais jovens que NB foi reportada por todos os laboratórios em qualquer quantidade quando presentes na revisão microscópica. Conclusão: neste trabalho evidenciamos a subjetividade da classificação do NB e a variabilidade das padronizações laboratoriais relacionada aos parâmetros normalmente associados ao leucograma infeccioso. Portanto, é imprescindível que profissionais da área da saúde que atuam na interpretação do leucograma se mantenham sempre atentos e atualizados em relação aos consensos, relevância clínica e aspectos técnicos deste exame.
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