As agressões à jornalista Vera Magalhães no debate da eleição presidencial de 2022 : análise discursiva das reações no Twitter

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacques, Guilherme Augusto
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/272414
Resumo: Este estudo tem como objetivo geral compreender o discurso de deslegitimação de jornalistas mulheres, construído no Twitter no caso do ataque de Jair Bolsonaro a Vera Magalhães no primeiro debate presidencial de 2022. Os objetivos específicos são: 1) identificar os sentidos que sustentam a deslegitimação do jornalismo; 2) analisar os sentidos que sustentam a deslegitimação das mulheres como profissionais; 3) compreender o acionamento dos conceitos de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e misoginia nesse discurso de deslegitimação. Analisamos 324 tweets, desdobrados em 445 sequências discursivas. O método usado foi Análise de Discurso francesa. Identificamos cinco formações discursivas, apresentadas por ordem de incidência. A primeira é “A jornalista militante”, que representa 40,2% das sequências analisadas e se concentra nos ataques que miram a atuação profissional de Vera. A segunda é “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”, que inclui 31,2% do material examinado e expõe uma ideia de que Bolsonaro apenas reagiu à jornalista. Na terceira, “O mimimi das mulheres”, com 23,8% das sequências, tem-se uma noção de que Vera é vitimista e maliciosa. A quarta formação é “A mulher obcecada por Bolsonaro” e contempla 3,6% dos textos, acionando sentidos de perseguição e passionalidade. Já a última formação, residual, com 1,1%, demonstra a ideia de que Vera é “A jornalista que contribuiu para eleger Bolsonaro”.
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