Consumo alimentar e perfil inflamatório de pacientes transplantados renais : um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carpes, Larissa Salomoni
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188668
Resumo: Introdução: O transplante renal é considerado a melhor escolha de tratamento para pacientes com doença renal crônica em estágio avançado. Embora possua uma série de benefícios quando comparado à diálise, apresenta ainda algumas complicações metabólicas. Esses pacientes possuem um aumento dos parâmetros inflamatórios, que pode estar relacionado com o aumento do tecido adiposo. Sabe-se ainda que, após o transplante, os pacientes possuem menores restrições alimentares e adequação do apetite, o que pode modificar o consumo alimentar. Objetivos: Avaliar o consumo alimentar nos momentos pré-transplante renal, três e doze meses pós-transplante renal. Além disso, avaliar a associação de dados do consumo alimentar com parâmetros inflamatórios, medidas antropométricas e com os demais exames laboratoriais de função renal, perfil lipídico e glicemia de jejum. Metodologia: Estudo longitudinal, onde foram incluídos 40 pacientes que realizaram transplante renal entre dezembro de 2014 e agosto de 2015. Os momentos de avaliação foram no pré-transplante, três e doze meses pós-transplante. Em todos os momentos foram coletados dados antropométricos, de composição corporal (bioimpedância elétrica e densitometria óssea) e bioquímicos, além do consumo alimentar pelo Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Resultados: Houve redução do consumo energético ao longo do tempo (p overtime <0,001), com menor consumo de carboidrato e proteína. Além de redução do consumo de minerais como sódio, potássio, ferro e magnésio. No pós-transplante tardio (12 meses), obteve-se aumento do índice de massa corporal (IMC) (p = 0,002) e circunferência de cintura (CC) (p = 0,016). Perfil inflamatório não obteve diferença significativa entre os momentos. Ocorreu aumento da glicemia de jejum, colesterol total e colesterol HDL no pós-transplante imediato. Obteve-se correlação positiva entre carboidrato e colesterol HDL e glicemia de jejum com colesterol dietético. Houve correlação negativa entre carboidrato e IMC e CC, fibra e LDL e CT e consumo proteico e PCR. Conclusão: Embora não seja possível estimar o consumo alimentar em sua totalidade, é importante a realização do inquérito alimentar em transplantados renais. O estudo avaliou mudanças alimentares no primeiro ano pós-transplante renal. Foi encontrada uma redução da ingestão total em três meses, com seu respectivo o aumento no momento tardio pós-transplante. O perfil inflamatório não obteve alterações, porém os pacientes obtiveram piora do perfil lipídico, glicêmico e ganho ponderal. É necessário realizar uma observação contínua dessa população para melhor manejo terapêutico.
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Além disso, avaliar a associação de dados do consumo alimentar com parâmetros inflamatórios, medidas antropométricas e com os demais exames laboratoriais de função renal, perfil lipídico e glicemia de jejum. Metodologia: Estudo longitudinal, onde foram incluídos 40 pacientes que realizaram transplante renal entre dezembro de 2014 e agosto de 2015. Os momentos de avaliação foram no pré-transplante, três e doze meses pós-transplante. Em todos os momentos foram coletados dados antropométricos, de composição corporal (bioimpedância elétrica e densitometria óssea) e bioquímicos, além do consumo alimentar pelo Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Resultados: Houve redução do consumo energético ao longo do tempo (p overtime <0,001), com menor consumo de carboidrato e proteína. Além de redução do consumo de minerais como sódio, potássio, ferro e magnésio. No pós-transplante tardio (12 meses), obteve-se aumento do índice de massa corporal (IMC) (p = 0,002) e circunferência de cintura (CC) (p = 0,016). Perfil inflamatório não obteve diferença significativa entre os momentos. Ocorreu aumento da glicemia de jejum, colesterol total e colesterol HDL no pós-transplante imediato. Obteve-se correlação positiva entre carboidrato e colesterol HDL e glicemia de jejum com colesterol dietético. Houve correlação negativa entre carboidrato e IMC e CC, fibra e LDL e CT e consumo proteico e PCR. Conclusão: Embora não seja possível estimar o consumo alimentar em sua totalidade, é importante a realização do inquérito alimentar em transplantados renais. O estudo avaliou mudanças alimentares no primeiro ano pós-transplante renal. Foi encontrada uma redução da ingestão total em três meses, com seu respectivo o aumento no momento tardio pós-transplante. O perfil inflamatório não obteve alterações, porém os pacientes obtiveram piora do perfil lipídico, glicêmico e ganho ponderal. É necessário realizar uma observação contínua dessa população para melhor manejo terapêutico.Introduction: Kidney transplantation is considered the best choice of treatment for patients with chronic kidney disease in end stage. Although there is a series of benefits when compared with dialysis, it shows some metabolic outcomes. These patients have an increase of inflammatory parameters, which may be linked with an adipose tissue increase. It is known that, after transplant, patients have less food restrictions and appetite restoration, which may modify dietary intake. Objectives: To evaluate food intake before transplant, three and twelve months after kidney transplant. Evaluate association of food intake data with inflammatory parameters, anthropometric measures and further kidney function laboratory tests, lipid profile and fasting glucose. Methods: Longitudinal study that enrolled forty patients who made kidney transplantation between December 2014 and August 2015. In every moment were collected anthropometric and biochemical data, aside from the food intake by Food Frequency Questionnaire (FFQ). Results: We found a reduction on energy intake over time (p over time < 0,001), with less carbohydrate and protein intake. Besides, there was a reduction on minerals intake, like sodium, potassium, iron and magnesium. At twelve months post-transplant, body mass index (BMI) (p = 0,002) and waist circumference (WC) (p = 0,016) have had an increase. Inflammatory profile had no significant difference between intervals. There was an increase on fasting glucose, total cholesterol and HDL-cholesterol at immediate post-transplant. Also, the study got a positive correlation between carbohydrate and HDL-cholesterol, and fasting glucose and cholesterol intake. There was a negative correlation between carbohydrate and BMI and WC. Another negative correlation was found between fiber with LDLcholesterol and total cholesterol, even, protein intake and C-reactive protein. Conclusion: Although it isn’t possible to estimate food intake in its totality, is important to do a dietary evaluation. The study evaluated food changes in the first year of kidney transplantation. There was found a decrease in total intake at three months after transplantation, with a respective increase at twelve months post-transplant. Inflammatory profile had no changes, but patients had a worse lipid and glycemic profile, with weight gain. It is necessary to make a continuous observation in this population, in behalf of better treatment.application/pdfporIngestão de alimentosTransplante de rimAntropometriaInflamaçãoGlicemiaColesterolFood intakeInflammationFood Frequency QuestionnaireRenal TransplantationConsumo alimentar e perfil inflamatório de pacientes transplantados renais : um estudo longitudinalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2017Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001084067.pdf.txt001084067.pdf.txtExtracted Texttext/plain77895http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188668/2/001084067.pdf.txt809f6c14341cfbec4f1e7c01c36a7b71MD52ORIGINAL001084067.pdfTexto completoapplication/pdf3573859http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188668/1/001084067.pdf360079f6d751f40dc79bbd01c3707aacMD5110183/1886682023-08-02 03:31:21.038948oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188668Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-02T06:31:21Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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