Aplicação da biologia de sistemas para a compreensão de fenótipos de adrenoleucodistrofia ligada ao X

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flores, Natália Cardoso
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/257951
Resumo: A Adrenoleucodistrofia ligada ao X (ALD) é um erro inato do metabolismo causado por variantes no gene ABCD1 que codifica a proteína peroxissomal ALDP. Existem diferentes fenótipos relacionados a essa doença, os quais podem ser classificados de acordo com suas manifestações. O mais severo deles, chamado de adrenoleucodistrofia cerebral (CALD), causa desmielinização da matéria branca do cérebro e apresenta-se ainda na infância em muitos pacientes do sexo masculino, porém, também pode ser desenvolvida mais tardiamente. Curiosamente, pacientes com o mesmo genótipo podem apresentar diferentes fenótipos e não há marcadores genéticos ou metabólicos de prognóstico bem estabelecidos para CALD, bem como também não se conhecem os mecanismos pelos quais é causada. Dessa forma, supõe-se que as lesões à matéria branca do cérebro tenham outras causas que não as puramente genéticas. Nesses casos, tornam-se interessantes abordagens mais amplas, como a biologia de sistemas, pois essa análise pode conectar um grande número de fatores modificadores em potencial e torna possível visualizar as informações mais relevantes para maiores investigações. Esse estudo teve como foco a análise do perfil de expressão de CALD e outro fenótipo de ALD, adrenomieloneuropatia (AMN) em comparação com grupos controle. Os conjuntos de dados foram obtidos de bancos de dados públicos e processados somente com ferramentas de bioinformática para observar-se os genes diferencialmente expressos, sua presença em vias metabólicas e anotações sobre seus processos biológicos além de sua visualização em uma rede de interações. Os resultados mostram alterações na sinalização celular e na expressão de proteínas ribossômicas, confirmando consequências já observadas em outras doenças neurodegenerativas. É sugerido que alguns genes, tais como RPS2, RPS21, SRP14 e FUS, sejam considerados alvos em potencial para maiores investigações em pesquisas experimentais sobre ALD.
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