A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Angheben, Melissa Zamberlan
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/69806
Resumo: O presente estudo versa sobre a responsabilidade civil havida pela quebra dos deveres conexos ao contrato na fase das tratativas preliminares. O fundamento do presente trabalho é demonstrar a importância da fase formativa dos contratos no direito brasileiro, a aplicação do Princípio da Boa-fé objetiva, a fim de que haja confiança negocial entre os contratantes. As partes envolvidas nas tratativas negociais submetem-se ao Princípio da Boa-fé objetiva, enquanto regra de conduta balizadora das relações, e, sua violação, constitui ilícito contratual, passível de reparação, vez que os danos advindos da quebra do dever conexo de confiança acarreta a ruptura das negociações preliminares. Nesta fase, não há conexão contratual, somente subsiste um liame obrigacional estabelecido derivado do surgimento de deveres emanados do Princípio da Boa-fé objetiva, a qual assegura a confiança negocial. Este contexto, exibe-se relevante e atual, uma vez que nas negociações preliminares, o vínculo dos contraentes ainda não se firmou. Apenas existe a conduta das partes, o interesse cogente e a vontade mútua de contratar. Tem-se apenas uma forma de expectativa de celebrar o contrato. O termo inicial das negociações preliminares é de difícil averiguação, haja vista que o início das negociações se dá não necessariamente quando da aproximação das partes, mas sim no avançar das negociações e na abertura de informações sigilosas de um futuro contraente ao outro. No entanto, o dever de ressarcir nasce quando da ruptura abrupta dos deveres conexos ao contrato ou diante da quebra dos deveres de conduta balizados através do Princípio da Boa-fé objetiva. Havendo este rompimento nas tratativas, há também a quebra na confiança estabelecida entre as partes envolvidas. O dano advindo desta ação deverá ser reparado pelo contratante que agiu de forma diversa ao esperado nesta fase negocial e de encontro com os princípios que a regem, uma vez que a legislação não regula os pormenores desta relação a ser travada, apenas delimita as regras gerais, sob o manto de cláusula geral.
id UFRGS-2_590013ff1db13a59c5d60b58e89996df
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/69806
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Angheben, Melissa ZamberlanMarques, Cláudia LimaMiragem, Bruno Nubens Barbosa2013-03-27T01:43:02Z2011http://hdl.handle.net/10183/69806000873924O presente estudo versa sobre a responsabilidade civil havida pela quebra dos deveres conexos ao contrato na fase das tratativas preliminares. O fundamento do presente trabalho é demonstrar a importância da fase formativa dos contratos no direito brasileiro, a aplicação do Princípio da Boa-fé objetiva, a fim de que haja confiança negocial entre os contratantes. As partes envolvidas nas tratativas negociais submetem-se ao Princípio da Boa-fé objetiva, enquanto regra de conduta balizadora das relações, e, sua violação, constitui ilícito contratual, passível de reparação, vez que os danos advindos da quebra do dever conexo de confiança acarreta a ruptura das negociações preliminares. Nesta fase, não há conexão contratual, somente subsiste um liame obrigacional estabelecido derivado do surgimento de deveres emanados do Princípio da Boa-fé objetiva, a qual assegura a confiança negocial. Este contexto, exibe-se relevante e atual, uma vez que nas negociações preliminares, o vínculo dos contraentes ainda não se firmou. Apenas existe a conduta das partes, o interesse cogente e a vontade mútua de contratar. Tem-se apenas uma forma de expectativa de celebrar o contrato. O termo inicial das negociações preliminares é de difícil averiguação, haja vista que o início das negociações se dá não necessariamente quando da aproximação das partes, mas sim no avançar das negociações e na abertura de informações sigilosas de um futuro contraente ao outro. No entanto, o dever de ressarcir nasce quando da ruptura abrupta dos deveres conexos ao contrato ou diante da quebra dos deveres de conduta balizados através do Princípio da Boa-fé objetiva. Havendo este rompimento nas tratativas, há também a quebra na confiança estabelecida entre as partes envolvidas. O dano advindo desta ação deverá ser reparado pelo contratante que agiu de forma diversa ao esperado nesta fase negocial e de encontro com os princípios que a regem, uma vez que a legislação não regula os pormenores desta relação a ser travada, apenas delimita as regras gerais, sob o manto de cláusula geral.The present study deals with the liability for breach of duties that took place related to the contract in the preliminary phase of negotiations. The foundation of this work is to demonstrate the importance of the formative phase of the contract under Brazilian law, the application of the principle of objective good faith, so that there is trust negotiation between the contractors. The parties involved in the talks negotiating submit to the principle of objective good faith, as a rule of conduct delineating relationships, and their violation constitutes illegal contract, subject to repair, since the damages arising from breach of duty of trust related leads to the breakdown of preliminary negotiations. At this stage there is no connection contract, only one bond remains obligatory set derived from the emergence of duties emanating from the principle of objective good faith, that ensures the trust negotiation. This context is relevant and current displays, since in preliminary negotiations, the relationship of the parties does not stand still. There is only the conduct of the parties, interest cogent and mutual willingness to hire. There is only one way forward to conclude the contract. The initial term of the preliminary negotiations is difficult to investigate, given that the start of negotiations takes place not necessarily when bringing the parties together, but in advance of negotiations and opening up a future of sensitive information to another contractor. However, the duty to indemnify arises when the sudden rupture of duties related to the contract or before the breaking of the rules of conduct marked out by the principle of good faith objective. Having this break in the talks, there is also the break in trust and confidence between the parties. The damage arising from this action should be repaired by the contractor who acted differently than expected at this stage and against negotiating with the principles that govern it, since the law does not regulate the details of this relationship to be fought, it merely sets the general rules under the cloak of a general clause.application/pdfporResponsabilidade civilResponsabilidade pré-contratualBoa-fé objetivaLiabilityPre-contractual liabilityGood faithTrust negotiationA responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2011especializaçãoCurso de Especialização em Direito Civil Aplicadoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000873924.pdf000873924.pdfTexto completoapplication/pdf587884http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/1/000873924.pdf057c4441d0e2f17fe5f46e64b6dc0e06MD51TEXT000873924.pdf.txt000873924.pdf.txtExtracted Texttext/plain242360http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/2/000873924.pdf.txt808d9e9768293d1b33d952e714898ec7MD52THUMBNAIL000873924.pdf.jpg000873924.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg998http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/3/000873924.pdf.jpga676ae6bf5670ae01ab258896c096041MD5310183/698062018-10-15 08:04:33.929oai:www.lume.ufrgs.br:10183/69806Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T11:04:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
title A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
spellingShingle A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
Angheben, Melissa Zamberlan
Responsabilidade civil
Responsabilidade pré-contratual
Boa-fé objetiva
Liability
Pre-contractual liability
Good faith
Trust negotiation
title_short A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
title_full A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
title_fullStr A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
title_full_unstemmed A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
title_sort A responsabilidade civil nas negociações preliminares e a confiança negocial
author Angheben, Melissa Zamberlan
author_facet Angheben, Melissa Zamberlan
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Angheben, Melissa Zamberlan
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marques, Cláudia Lima
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Miragem, Bruno Nubens Barbosa
contributor_str_mv Marques, Cláudia Lima
Miragem, Bruno Nubens Barbosa
dc.subject.por.fl_str_mv Responsabilidade civil
Responsabilidade pré-contratual
Boa-fé objetiva
topic Responsabilidade civil
Responsabilidade pré-contratual
Boa-fé objetiva
Liability
Pre-contractual liability
Good faith
Trust negotiation
dc.subject.eng.fl_str_mv Liability
Pre-contractual liability
Good faith
Trust negotiation
description O presente estudo versa sobre a responsabilidade civil havida pela quebra dos deveres conexos ao contrato na fase das tratativas preliminares. O fundamento do presente trabalho é demonstrar a importância da fase formativa dos contratos no direito brasileiro, a aplicação do Princípio da Boa-fé objetiva, a fim de que haja confiança negocial entre os contratantes. As partes envolvidas nas tratativas negociais submetem-se ao Princípio da Boa-fé objetiva, enquanto regra de conduta balizadora das relações, e, sua violação, constitui ilícito contratual, passível de reparação, vez que os danos advindos da quebra do dever conexo de confiança acarreta a ruptura das negociações preliminares. Nesta fase, não há conexão contratual, somente subsiste um liame obrigacional estabelecido derivado do surgimento de deveres emanados do Princípio da Boa-fé objetiva, a qual assegura a confiança negocial. Este contexto, exibe-se relevante e atual, uma vez que nas negociações preliminares, o vínculo dos contraentes ainda não se firmou. Apenas existe a conduta das partes, o interesse cogente e a vontade mútua de contratar. Tem-se apenas uma forma de expectativa de celebrar o contrato. O termo inicial das negociações preliminares é de difícil averiguação, haja vista que o início das negociações se dá não necessariamente quando da aproximação das partes, mas sim no avançar das negociações e na abertura de informações sigilosas de um futuro contraente ao outro. No entanto, o dever de ressarcir nasce quando da ruptura abrupta dos deveres conexos ao contrato ou diante da quebra dos deveres de conduta balizados através do Princípio da Boa-fé objetiva. Havendo este rompimento nas tratativas, há também a quebra na confiança estabelecida entre as partes envolvidas. O dano advindo desta ação deverá ser reparado pelo contratante que agiu de forma diversa ao esperado nesta fase negocial e de encontro com os princípios que a regem, uma vez que a legislação não regula os pormenores desta relação a ser travada, apenas delimita as regras gerais, sob o manto de cláusula geral.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-03-27T01:43:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/69806
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000873924
url http://hdl.handle.net/10183/69806
identifier_str_mv 000873924
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/1/000873924.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/2/000873924.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69806/3/000873924.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 057c4441d0e2f17fe5f46e64b6dc0e06
808d9e9768293d1b33d952e714898ec7
a676ae6bf5670ae01ab258896c096041
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224442857127936