Aprender e ensinar a autogestão : espaços/tempos do trabalho de produzir a vida associativamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tiriba, Lia Vargas
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Fischer, Maria Clara Bueno
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/177608
Resumo: O objetivo do artigo é apresentar questões teórico-metodológicas do campo de pesquisa Trabalho e Educação e, particularmente, sobre produção associada, autogestão e saberes do trabalho associado. Depois de considerar as formas que tem assumido o trabalho no regime de acumulação fl exível, especial atenção é dada aos espaços/tempos do trabalho de produzir a vida associativamente: a) Espaços/tempos revolucionários – quando são produzidas mudanças estruturais na sociedade, verifi case a dualidade de poderes ou o confronto entre capital e trabalho se manifesta por meio de revoltas e rebeliões; b) Espaços/tempos da atual crise do capital e do trabalho assalariado, nos quais as estratégias associativas de trabalho se confi guram como parte integrante da economia popular solidária; c) Espaços/tempos das culturas milenares das comunidades e povos tradicionais. A partir de produção científi ca anterior e dos resultados de uma pesquisa em andamento, nos dedicamos ao terceiro espaço/tempo para argumentar que a produção associada é, possivelmente, a principal escola para o aprendizado da autogestão do trabalho e da vida social. Enfatiza-se que, emergindo ou se mantendo em sociedades hegemonizadas pelo capital, essas experiências implicam no formar-se, individual e coletivamente, em meio à contradição vital entre a sociabilidade do capital e outras formas econômico-culturais marcadas pela valorização do trabalho. A perspectiva do materialismo histórico de E. P. Th ompson, as mediações de primeira e segunda ordem de István Mézsáros e os conceitos de produção associada, autogestão e saberes do trabalho associado, das autoras, sustentam as refl exões apresentadas.
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A partir de produção científi ca anterior e dos resultados de uma pesquisa em andamento, nos dedicamos ao terceiro espaço/tempo para argumentar que a produção associada é, possivelmente, a principal escola para o aprendizado da autogestão do trabalho e da vida social. Enfatiza-se que, emergindo ou se mantendo em sociedades hegemonizadas pelo capital, essas experiências implicam no formar-se, individual e coletivamente, em meio à contradição vital entre a sociabilidade do capital e outras formas econômico-culturais marcadas pela valorização do trabalho. A perspectiva do materialismo histórico de E. P. Th ompson, as mediações de primeira e segunda ordem de István Mézsáros e os conceitos de produção associada, autogestão e saberes do trabalho associado, das autoras, sustentam as refl exões apresentadas.Th e aim of the paper is to present theoretical and methodological issues of the research fi eld Work and Education, and particularly on associated production , self-management and knowledge of associated labor. After considering the shapes that have taken up the work in the regime of fl exible accumulation, special attention is given to the spaces and times of work to produce life in an associative way: a) spaces / revolutionary times - when structural changes are produced in society, there is the duality of powers or the confrontation between labour and capital is manifested through revolts and rebellions; b) spaces / times of the current crisis of capital and of wage labor, in which associative strategies work are confi gured as part of the popular solidarity economy; c) spaces / times of ancient cultures of traditional communities and people. From the preliminary results of an ongoing research and previous scientifi c studies, the third space / time is approached to argue that the associated production is, possibly. the main school for learning self-management of work and social life. It is important to highlight that these experiments, emerging or staying in homogenized societies by the capital, imply in socialize, individually and collectively, through the vital contradiction between the sociability of capital and other economic-cultural ways which are marked by the appreciation of work. EP Th ompson`s perspective of historical materialism, Ivan Mézsáros´s mediation of fi rst and second order and the author´s concepts of production, selfmanagement and associated knowledge support the academic analysis made.El objetivo del artículo es presentar cuestiones teórico-metodológicas del campo de investigación Trabajo y Educación y, en particular sobre producción asociada, autogestión y saberes del trabajo asociado. Tras considerar la precarización del trabajo en el régimen de acumulación fl exible, se da una atención especial a los espacios/ tiempos del trabajo para producir la vida asociativamente. a) Espacios/ tiempos revolucionarios – cuando son producidos cambios estructurales en la sociedad, se verifi ca la dualidad de poderes o la confrontación entre capital y trabajo, se manifi esta con revueltas y rebeliones. b) Espacios/tiempos de la actual crisis del capital y del trabajo asalariado, en los cuales las estrategias asociativas de trabajo se confi guran como parte integrante de la economía popular solidaria; c) Espacios/tiempos de las culturas milenarias de las comunidades y pueblos tradicionales. A partir de la anterior producción científi ca y de los resultados de una investigación en curso, es el tercer punto sobre el espacio/tiempo que nos dedicamos en este texto para argumentar que la producción asociada es, posiblemente, la principal escuela para el aprendizaje de la autogestión del trabajo y de la vida social. Se enfatiza que, emergiendo o sosteniéndose en sociedades hegemonizadas por el capital, estas experiencias implican una formación individual y colectiva, en medio de la contradicción vital entre la sociabilidad del capital y otras formas económico-culturales marcadas por la valoración del trabajo. La perspectiva del materialismo histórico de E. P. Th ompson, las mediaciones de primera y segunda orden de Ivan Mézsáros y los conceptos de producción asociada, autogestión y saberes del trabajo asociado sostienen las refl exiones presentadas.application/pdfporPerspectiva (Florianópolis). Florianópolis, SC. Vol. 31, n.2 (maio/ago. 2013), p. 527-551TrabalhoGestão da educaçãoPolítica educacionalWork and educationAssociated production and self-managementWork associated knowledgeTrabajo y educaciónProducción asociada y autogestiónSaberes del trabajo asociadoAprender e ensinar a autogestão : espaços/tempos do trabalho de produzir a vida associativamenteinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000922675.pdf000922675.pdfTexto completoapplication/pdf127041http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177608/1/000922675.pdf470d887db56478ff475ed1a915e465a2MD51TEXT000922675.pdf.txt000922675.pdf.txtExtracted Texttext/plain62587http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/177608/2/000922675.pdf.txte83bf2b1ebf7816aa0b218746c29a85dMD5210183/1776082018-05-06 02:27:02.255566oai:www.lume.ufrgs.br:10183/177608Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-05-06T05:27:02Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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