Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/56275 |
Resumo: | Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado. |
id |
UFRGS-2_5eee0b34b7f56eb491620cf1485eb7e0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56275 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Carvalho, Paulo Roberto AntonacciFeldens, LetíciaSeitz, Elizabeth EckertRocha, Tais Sica daSoledade, Maria Antonia MendoncaTrotta, Eliana de Andrade2012-10-10T01:36:02Z20050021-7557http://hdl.handle.net/10183/56275000578250Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado.Objective: To assess the prevalence of systemic inflammatory syndromes on admission to a tertiary-care university pediatric intensive care unit (ICU), and relate this to length of hospital stay, risk of death and mortality rate. Methods: Cross-sectional, prospective, observational study, including all patients admitted to the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) ICU between August 1st 1999 and July 31st 2000. Patient demographic variables were considered together with the risk of mortality on admission, co-morbidities, length of hospital stay and ICU outcome, in addition to variables that characterize the systemic inflammatory syndromes (systemic inflammatory response syndrome, sepsis, severe sepsis and septic shock). Results: We studied 447 admissions of 388 patients; 54% were male, with a median age of 20 months. The prevalence of systemic inflammatory response syndrome (SIRS) was 68%: 2/3 infectious (sepsis, severe sepsis or septic shock) and 1/3 non-infectious. Risk of mortality scores for patients with infectious SIRS were higher than for those with non-infectious SIRS (6.75% [P25=2.25 - P75=21.3] vs. 2.35% [P25=1.1 - P75=6.7]; p=0) and increased according to SIRS severity (2.9; 10.85, 43.9%; p<0.05). The observed mortality was 12% for patients with SIRS and 5.8% for those without SIRS (p=0.057); the observed mortality for infectious SIRS was 14.9% and for non-infectious 6.3% (p=0.041). The period spent in ICU for infectious SIRS was longer than for non-infectious cases: 3 days (P25=2 - P75=7) vs. 2 days (P25=1.5 - P75=4); p=0.006. Conclusions: The prevalence rate of patients with systemic inflammatory response syndrome upon admission to HCPA pediatric intensive care unit was elevated, with a predominance of infectious syndromes, responsible for longer stays, increased risk of mortality and increased mortality of patients during the period evaluated.application/pdfporJornal de pediatria. Porto Alegre. Vol. 81, n. 2 (mar./abr. 2005), p. 143-148InflamaçãoCriançaCuidados críticosSystemic inflammatory response syndromeSepsisSevere sepsisSeptic shockPrevalenceMortalityIntensive careChildrenPrevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciáriaPrevalence of systemic inflammatory syndromes at a tertiary pediatric intensive care unit info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000578250.pdf000578250.pdfTexto completoapplication/pdf164253http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/1/000578250.pdfa97863e8323d7487a1fedf2a72beb352MD51000578250-02.pdf000578250-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf131736http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/2/000578250-02.pdf6cfb3637503c1fdd90a1413e21eb93b8MD52TEXT000578250-02.pdf.txt000578250-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain25118http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/3/000578250-02.pdf.txteb352b2304f014a958fc6710f0c4634fMD53000578250.pdf.txt000578250.pdf.txtExtracted Texttext/plain28809http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/4/000578250.pdf.txteea117d64bc08f3414664a760ea3c716MD54THUMBNAIL000578250.pdf.jpg000578250.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1996http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/5/000578250.pdf.jpg4e705f2cd3d36a4556efe99c933a9b14MD55000578250-02.pdf.jpg000578250-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1651http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/6/000578250-02.pdf.jpgc9ce9311dffa17a4aa970d667b0531eeMD5610183/562752024-01-24 05:21:25.290684oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56275Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-24T07:21:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Prevalence of systemic inflammatory syndromes at a tertiary pediatric intensive care unit |
title |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
spellingShingle |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária Carvalho, Paulo Roberto Antonacci Inflamação Criança Cuidados críticos Systemic inflammatory response syndrome Sepsis Severe sepsis Septic shock Prevalence Mortality Intensive care Children |
title_short |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
title_full |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
title_fullStr |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
title_full_unstemmed |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
title_sort |
Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária |
author |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci |
author_facet |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci Feldens, Letícia Seitz, Elizabeth Eckert Rocha, Tais Sica da Soledade, Maria Antonia Mendonca Trotta, Eliana de Andrade |
author_role |
author |
author2 |
Feldens, Letícia Seitz, Elizabeth Eckert Rocha, Tais Sica da Soledade, Maria Antonia Mendonca Trotta, Eliana de Andrade |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci Feldens, Letícia Seitz, Elizabeth Eckert Rocha, Tais Sica da Soledade, Maria Antonia Mendonca Trotta, Eliana de Andrade |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Inflamação Criança Cuidados críticos |
topic |
Inflamação Criança Cuidados críticos Systemic inflammatory response syndrome Sepsis Severe sepsis Septic shock Prevalence Mortality Intensive care Children |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Systemic inflammatory response syndrome Sepsis Severe sepsis Septic shock Prevalence Mortality Intensive care Children |
description |
Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado. |
publishDate |
2005 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2005 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-10-10T01:36:02Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/56275 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0021-7557 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000578250 |
identifier_str_mv |
0021-7557 000578250 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/56275 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Jornal de pediatria. Porto Alegre. Vol. 81, n. 2 (mar./abr. 2005), p. 143-148 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/1/000578250.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/2/000578250-02.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/3/000578250-02.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/4/000578250.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/5/000578250.pdf.jpg http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/6/000578250-02.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a97863e8323d7487a1fedf2a72beb352 6cfb3637503c1fdd90a1413e21eb93b8 eb352b2304f014a958fc6710f0c4634f eea117d64bc08f3414664a760ea3c716 4e705f2cd3d36a4556efe99c933a9b14 c9ce9311dffa17a4aa970d667b0531ee |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224774136889344 |