Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Feldens, Letícia, Seitz, Elizabeth Eckert, Rocha, Tais Sica da, Soledade, Maria Antonia Mendonca, Trotta, Eliana de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/56275
Resumo: Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado.
id UFRGS-2_5eee0b34b7f56eb491620cf1485eb7e0
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56275
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Carvalho, Paulo Roberto AntonacciFeldens, LetíciaSeitz, Elizabeth EckertRocha, Tais Sica daSoledade, Maria Antonia MendoncaTrotta, Eliana de Andrade2012-10-10T01:36:02Z20050021-7557http://hdl.handle.net/10183/56275000578250Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado.Objective: To assess the prevalence of systemic inflammatory syndromes on admission to a tertiary-care university pediatric intensive care unit (ICU), and relate this to length of hospital stay, risk of death and mortality rate. Methods: Cross-sectional, prospective, observational study, including all patients admitted to the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) ICU between August 1st 1999 and July 31st 2000. Patient demographic variables were considered together with the risk of mortality on admission, co-morbidities, length of hospital stay and ICU outcome, in addition to variables that characterize the systemic inflammatory syndromes (systemic inflammatory response syndrome, sepsis, severe sepsis and septic shock). Results: We studied 447 admissions of 388 patients; 54% were male, with a median age of 20 months. The prevalence of systemic inflammatory response syndrome (SIRS) was 68%: 2/3 infectious (sepsis, severe sepsis or septic shock) and 1/3 non-infectious. Risk of mortality scores for patients with infectious SIRS were higher than for those with non-infectious SIRS (6.75% [P25=2.25 - P75=21.3] vs. 2.35% [P25=1.1 - P75=6.7]; p=0) and increased according to SIRS severity (2.9; 10.85, 43.9%; p<0.05). The observed mortality was 12% for patients with SIRS and 5.8% for those without SIRS (p=0.057); the observed mortality for infectious SIRS was 14.9% and for non-infectious 6.3% (p=0.041). The period spent in ICU for infectious SIRS was longer than for non-infectious cases: 3 days (P25=2 - P75=7) vs. 2 days (P25=1.5 - P75=4); p=0.006. Conclusions: The prevalence rate of patients with systemic inflammatory response syndrome upon admission to HCPA pediatric intensive care unit was elevated, with a predominance of infectious syndromes, responsible for longer stays, increased risk of mortality and increased mortality of patients during the period evaluated.application/pdfporJornal de pediatria. Porto Alegre. Vol. 81, n. 2 (mar./abr. 2005), p. 143-148InflamaçãoCriançaCuidados críticosSystemic inflammatory response syndromeSepsisSevere sepsisSeptic shockPrevalenceMortalityIntensive careChildrenPrevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciáriaPrevalence of systemic inflammatory syndromes at a tertiary pediatric intensive care unit info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000578250.pdf000578250.pdfTexto completoapplication/pdf164253http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/1/000578250.pdfa97863e8323d7487a1fedf2a72beb352MD51000578250-02.pdf000578250-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf131736http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/2/000578250-02.pdf6cfb3637503c1fdd90a1413e21eb93b8MD52TEXT000578250-02.pdf.txt000578250-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain25118http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/3/000578250-02.pdf.txteb352b2304f014a958fc6710f0c4634fMD53000578250.pdf.txt000578250.pdf.txtExtracted Texttext/plain28809http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/4/000578250.pdf.txteea117d64bc08f3414664a760ea3c716MD54THUMBNAIL000578250.pdf.jpg000578250.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1996http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/5/000578250.pdf.jpg4e705f2cd3d36a4556efe99c933a9b14MD55000578250-02.pdf.jpg000578250-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1651http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/6/000578250-02.pdf.jpgc9ce9311dffa17a4aa970d667b0531eeMD5610183/562752024-01-24 05:21:25.290684oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56275Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-24T07:21:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Prevalence of systemic inflammatory syndromes at a tertiary pediatric intensive care unit
title Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
spellingShingle Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Inflamação
Criança
Cuidados críticos
Systemic inflammatory response syndrome
Sepsis
Severe sepsis
Septic shock
Prevalence
Mortality
Intensive care
Children
title_short Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
title_full Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
title_fullStr Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
title_full_unstemmed Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
title_sort Prevalência das síndromes inflamatórias sistêmicas em uma unidade de tratamento intensivo pediátrica terciária
author Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
author_facet Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Feldens, Letícia
Seitz, Elizabeth Eckert
Rocha, Tais Sica da
Soledade, Maria Antonia Mendonca
Trotta, Eliana de Andrade
author_role author
author2 Feldens, Letícia
Seitz, Elizabeth Eckert
Rocha, Tais Sica da
Soledade, Maria Antonia Mendonca
Trotta, Eliana de Andrade
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Feldens, Letícia
Seitz, Elizabeth Eckert
Rocha, Tais Sica da
Soledade, Maria Antonia Mendonca
Trotta, Eliana de Andrade
dc.subject.por.fl_str_mv Inflamação
Criança
Cuidados críticos
topic Inflamação
Criança
Cuidados críticos
Systemic inflammatory response syndrome
Sepsis
Severe sepsis
Septic shock
Prevalence
Mortality
Intensive care
Children
dc.subject.eng.fl_str_mv Systemic inflammatory response syndrome
Sepsis
Severe sepsis
Septic shock
Prevalence
Mortality
Intensive care
Children
description Objetivo: Avaliar a prevalência das síndromes inflamatórias sistê- micas na admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTI) pediá- trica universitária terciária e os respectivos tempo de permanência, probabilidade de morte e taxa de mortalidade. Métodos: Estudo transversal prospectivo observacional, com todos os pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1º de agosto de 1999 e 31 de julho de 2000. Foram estudadas as variáveis demográficas dos pacientes, o risco de morte na admissão, co-morbidades, tempo de permanência e desfecho na UTI, além das variáveis que caracterizam as síndromes inflamatórias sistê- micas (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico). Resultados: Foram estudadas 447 admissões de 388 pacientes; 54% deles eram do sexo masculino, com mediana de idade de 20 meses. A prevalência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) foi 68%: 2/3 infecciosas (sepse, sepse grave ou choque séptico) e 1/3 não-infecciosas. O risco de morte dos pacientes com SRIS infecciosa foi maior do que naqueles com SRIS não-infecciosa (6,75% [P25 = 2,25 e P75 = 21,3] versus 2,35% [P25 = 1,1 e P75 = 6,7]; p = 0) e crescente de acordo com a sua gravidade (2,9; 10,85 e 43,9%; p < 0,05). A mortalidade observada foi 12% nos pacientes com SRIS e 5,8% sem SRIS (p = 0,057); na SRIS infecciosa, a mortalidade observada foi 14,9% e, na não-infecciosa, foi de 6,3% (p = 0,041). A permanência na UTI na SRIS infecciosa foi significativamente superior à não-infecciosa: 3,0 dias (P25 = 2 e P75 = 7) versus 2 dias (P25=1,5 e P75=4), com p=0,006. Conclusões: A taxa de prevalência de pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica na admissão da unidade de terapia intensiva pediátrica do HCPA foi elevada, com predomínio das síndromes infecciosas, associadas à maior permanência, risco de morte e mortalidade dos pacientes no período avaliado.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-10-10T01:36:02Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/56275
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000578250
identifier_str_mv 0021-7557
000578250
url http://hdl.handle.net/10183/56275
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Jornal de pediatria. Porto Alegre. Vol. 81, n. 2 (mar./abr. 2005), p. 143-148
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/1/000578250.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/2/000578250-02.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/3/000578250-02.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/4/000578250.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/5/000578250.pdf.jpg
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56275/6/000578250-02.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv a97863e8323d7487a1fedf2a72beb352
6cfb3637503c1fdd90a1413e21eb93b8
eb352b2304f014a958fc6710f0c4634f
eea117d64bc08f3414664a760ea3c716
4e705f2cd3d36a4556efe99c933a9b14
c9ce9311dffa17a4aa970d667b0531ee
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224774136889344